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Liquidez volta a ditar o jogo dos investimentos em startups

Por Wana Schulze*

Durante anos, o ecossistema de inovação viveu sob a lógica de crescimento a qualquer custo. Rodadas sucessivas, valuations crescentes e métricas de vaidade pareciam ser o combustível inesgotável das startups

Mas o tempo da liquidez fácil passou e com ele, a régua de sucesso se reposicionou. Em 2025, o olhar dos investidores volta-se menos para a rodada seguinte e mais para a possibilidade existent de saída.

No mercado de venture capital, o exit – a saída de um investimento via M&A, IPO ou secundário – deixou de ser um tema de fim de jornada para se tornar parte cardinal da tese desde o início. 

A lógica mudou: não basta crescer rápido, é preciso construir um negócio que alguém queira comprar, integrar ou listar.

Um novo cenário planetary (e latino)

De acordo com a KPMG Global Venture Pulse Q3 2025, o valor planetary das saídas de VC subiu para US$ 149,9 bilhões, impulsionado por um tímido retorno dos IPOs nos Estados Unidos e na Ásia. 

Ainda assim, estamos longe bash pico de 2021, quando o measurement planetary ultrapassava US$ 600 bilhões.

Na América Latina, o movimento é ainda mais comedido. Segundo o Latin America Venture Capital Report 2025, houve apenas 79 exits em 2024, somando cerca de US$ 1,9 bilhão – a menor marca recente. 

Capital voltou a ser seletivo, e a liquidez passou a ser a nova métrica de confiança

Investidores institucionais, CVCs e fundos de pensão estão ajustando suas teses. O que se busca agora são empresas capazes de gerar caixa, sustentar margens e, sobretudo, destravar liquidez em horizontes previsíveis. O tempo de segurar startups indefinidamente nary portfólio acabou.

Com menos saídas, há um efeito cascata: os fundos de estágios avançados (growth e precocious stage) reduzem o ritmo de investimento, o que pressiona os fundos aboriginal stage, e assim por diante. O pipeline de liquidez se alonga, o superior recicla mais lentamente e os múltiplos encolhem.

Esse movimento força uma redefinição da relação risco-retorno. Startups que antes buscavam valuations agressivos estão revendo estratégias. Hoje, um M&A estratégico a múltiplos sustentáveis vale mais bash que uma Série C inflada sem perspectiva de saída.

E o cenário brasileiro?

Enquanto o mercado planetary começa a ensaiar o retorno dos IPOs, nary Brasil a liquidez vem principalmente das operações de M&A

Grupos estratégicos seguem ativos em setores como saúde, fintech e energia, adquirindo startups que oferecem tecnologia validada, eficiência e sinergia operacional.

À medida que o país se aproxima das eleições de 2026, o apetite por risco tende a oscilar, e investidores institucionais e estratégicos adotam uma postura mais seletiva, priorizando negócios com geração de caixa e governança sólida. 

As empresas estão focadas em aquisições que tragam tecnologia, canais e eficiência operacional, em vez de promessas de crescimento futuro.

A nova régua de investimento: previsibilidade e liquidez

O investidor em 2025 está olhando para três dimensões de saída antes mesmo de aportar:

  1. Liquidez potencial – quem são os players estratégicos ou financeiros que podem comprar a startup nary futuro?
  2. Estrutura de governança – o headdress array e os direitos de preferência permitem uma saída ordenada?
  3. Eficiência de capital – o crescimento está sendo financiado de forma sustentável ou depende de rodadas sucessivas?

A startup que demonstra ter clareza sobre esses pontos conquista vantagem. O empreendedor que sabe explicar como e para quem sua empresa pode sair inspira mais confiança bash que aquele que promete “ser o próximo unicórnio”.

O mercado planetary de venture capital ainda está longe da exuberância de 2021, mas avança para um ciclo mais racional. A nova régua de sucesso não é o valuation de entrada, e sim a capacidade de gerar liquidez com propósito e consistência.

Na América Latina, onde o ecossistema amadurece rapidamente, a próxima onda de valor virá das startups que entendem desde cedo como construir um negócio adquirível. Isso significa:

  • Governança desde o dia 1
  • Modelos de receita sustentáveis,
  • Cultura de eficiência e transparência, e
  • Relações estratégicas com potenciais compradores.

O ciclo de exits está apenas recomeçando e quem compreender essa dinâmica agora estará mais preparado para surfar a próxima onda bash task capital.

*Wana Schulze é tem experiência nary mercado financeiro e consultoria estratégica, com passagens pelo Itaú BBA, Societé Générale, PIMCO e McKinsey. Atualmente, é Head de Investimentos e Portfólio da Wayra e Vivo Ventures.

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