A fuga de Corina Machado da Venezuela, em que a opositora foi a Oslo receber o Prêmio Nobel da Paz, foi meticulosamente planejada por uma empresa privada dos EUA e teve elementos cinematográficos, como um disfarce com peruca, passagens tensas por postos policiais, e trechos de barco e de avião. (Leia mais abaixo)
Em reportagem publicada nesta segunda-feira (15), o "Aftenposten" afirmou que Corina Machado recebeu atendimento médico no Hospital Universitário Ullevål assim que chegou a Oslo, na noite de quinta-feira. Após exames, os médicos identificaram vários ferimentos, incluindo uma fratura em uma vértebra.
Segundo afirmaram fontes médicas ao jornal, a fratura teria ocorrido por conta da viagem em um pequeno barco de pesca que Corina Machado fez entre a costa venezuelana e Curaçao, onde ela foi extraída por uma empresa privada americana.
Durante a fuga de Corina Machado, o mar "não estava em condições desejáveis para navegar", estava agitado e com ondas altas, segundo Bryan Stern, veterano do Exército dos EUA que liderou a empreitada.
O jornal norueguês não especificou quais outros ferimentos Corina Machado teve além da vértebra fraturada. O Hospital Universitário de Ullevål não confirmou de forma oficial o atendimento a Corina Machado e disse ao jornal ter normas rigorosas de privacidade.
Foto de arquivo: Maria Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, discursa para apoiadores em protesto contra posse de Maduro para um terceiro mandato, em Caracas, em 9 de janeiro de 2025. — Foto: Reuters/Leonardo Fernandez Viloria/Foto de arquivo
A fuga durou um total de 15 horas e foi extremamente perigosa e complexa, segundo Bryan Stern, veterano das Forças Especiais dos EUA e chefe de uma organização americana de resgate sem fins lucrativos, que executou a operação.
Como Corina Machado vivia escondida desde agosto de 2024 por desafiar Maduro nas eleições presidenciais, a fuga envolveu diversos elementos que parecem ter saído de um filme:
- Ela usou um disfarce com peruca, boné e um casaco grande;
- Passou por 10 postos militares do Exército chavista entre seu esconderijo e o porto de pescadores;
- Viajou até Curaçao a bordo de um barco de pesca pequeno e antigo e em meio a grandes ondas no mar do Caribe;
- Avisou ao Exército dos EUA que faria a viagem pelo mar para não ser bombardeada;
- Exército americano ajudou equipe privada a localizar barco de Corina Machado após o GPS da embarcação da opositora cair na água.
Segundo o "WSJ", Corina Machado utilizou um disfarce com peruca, boné e um casaco grande para não ser detectada por agentes de Maduro nos 10 postos militares entre seu esconderijo e um pacato porto de pescadores na costa venezuelana, por onde faria a fuga marítima. Segundo a opositora, o regime venezuelano "faria todo o possível" para impedir sua viagem.
"Foi muito perigoso. Deu medo", disse Stern à "CBS News". O diretor da operação lembrou que foi necessário enfrentar a escuridão e do mar agitado para deixar o país. Stern disse ter se encontrado com Corina Machado no mar no escuro e encharcada.

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"As condições do mar eram ideais para nós", porque as ondas altas interferem nos radares. "Mas, claro, não eram condições desejáveis para navegar", explicou Stern. "Era noite fechada, havia pouca luz da Lua, alguma nebulosidade, pouca visibilidade, as lanchas não tinham luzes", descreveu.
Stern afirmou que cerca de 20 pessoas participaram da operação marítima e que o governo dos EUA não esteve envolvido no financiamento da empreitada, que veio de doadores privados. No entanto, autoridades americanas da Casa Branca até oficiais militares de alto escalão e diplomatas acompanharam a viagem em tempo real por meio de mensagens de WhatsApp, segundo o "WSJ".
Nesse momento, Stern pediu ajuda para o Exército americano para localizar Corina Machado. Quando a encontrou, o chefe da operação a colocou a bordo de um barco maior e lhe deu lanches, bebida isotônica e um casaco seco.
A opositora afirmou que pretende voltar à Venezuela, sem esclarecer como ou quando. Stern disse que seu grupo não participará desse retorno, pois realiza apenas operações para extrair pessoas de países, não para levá-las de volta.

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15 horas atrás
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