O pleno emprego é uma conquista para o país, mas, para o empresário atacadista, tornou-se também uma batalha diária encontrar e reter bons profissionais. O capital humano virou o grande diferencial competitivo.
Ronaldo Taboada, presidente do CCA
Profissionais procuram atividades com maior flexibilidade. A percepção é levantada por Rubens Batista, CEO do grupo atacadista Martins. Ele avalia que o cenário é relatado por todo o segmento. "Essa mudança de perfil profissional aumenta a concorrência pelos mesmos recursos e torna a atração e retenção mais desafiadora", afirma. Ele diz atuar para ajustar os horários para "atrair, engajar e reter talentos".
Escala 6x1 afasta os profissionais de determinadas funções. Tema amplamente debatido no Congresso nos últimos meses, a escala de trabalho com somente uma folga semanal é determinante para a fuga de cargos que exigem o trabalho aos finais de semana. Lucia Garcia, economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), afirma que o modelo de jornada representa o sacrifício em troca da perda de qualidade de vida. "São exigências que levam o trabalhador à exaustão", lamenta ela.
Mentalidade dos profissionais mais jovens rejeita o regime CLT. A questão também é citada como uma das motivações para a escassez de mão de obra, principalmente para os que ingressam no mercado profissional. Lucia Garcia afirma que a situação é originada pelas reformas que flexibilizaram o vínculo celetista desde a década de 1990. "A CLT virou um guarda-chuva furado, porque não garante a aposentadoria dessa juventude, estende a jornada de trabalho, reduz remuneração e expõe o trabalhador a riscos físicos e psicossociais."
Mudança de mentalidade atinge principalmente a população mais jovem. Os segmentos que mais sofrem com a escassez de mão de obra representam o início da carreira de muitos trabalhadores no Brasil. "Esse público hoje não se sente atraído pelo mercado de trabalho formal. Eles buscam mais flexibilidade de horário e o caminho do empreendedorismo", reconhece Souza.
Os empresários estão perdendo margem e capacidade de manobra sobre a produção. Por isso, não conseguem remunerar bem e nem investir em adequação, treinamento e motivação para fixar os profissionais.
Lucia Garcia, economista do Dieese

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1 mês atrás
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