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Mercado de trabalho continua a desacelerar, mas se mantém aquecido

Mas a verdade é que a ocupação de vagas no mercado de trabalho está desacelerando. Quando é feito o ajuste sazonal — ou seja, são retirados os acontecimentos inesperados ou específicos da época em que é feito o levantamento —, a taxa de desemprego está em 5,8%, ainda assim baixa, mas estabilizada neste nível desde julho.

O economista Imaizumi prevê alguma reversão nos índices de desemprego, com aumento da desocupação, no primeiro trimestre de 2026. Mas adverte que se trata de movimento típico do período, no qual as empresas devolvem com demissões contratações feitas nos meses finais do ano, para absorver o aumento da produção e das vendas no Natal. "Mas, mesmo subindo um pouco, a taxa de desemprego, no primeiro trimestre do ano que vem, deve continuar abaixo da registrada no mesmo período deste ano de 2025", antecipa.

Essa desaceleração da absorção de emprego no mercado de trabalho ficou mais clara nos números de outubro do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), organizado pelo Ministério do Trabalho com base nas informações de contratações e demissões enviadas pelas empresas, e que, portanto, indicam os movimentos no mercado com carteira assinada.

Segundo os dados do Caged de outubro, divulgados na quinta-feira (27), foram abertos 85 mil empregos no mês, queda de 35% em relação à abertura de vagas em outubro de 2024, e o pior resultado para o mês desde o início da nova série do indicador, há cinco anos.

Para os especialistas, a aparente contradição entre taxas de desemprego muito baixas e ainda em queda, em meio à estabilidade ou mesmo desaceleração da absorção de mão de obra se deve, principalmente, à taxa de participação, que se mantém abaixo da média histórica, depois da pandemia. A taxa de participação relaciona o número de pessoas que estão efetivamente trabalhando ou procurando trabalho com as em idade de trabalhar.

Menos trabalhadores disponíveis

No trimestre encerrado em outubro, nas estatísticas da PNAD Contínua, a taxa de participação teve uma ligeira queda, caindo de 62,5%, no trimestre encerrado em setembro, para 62%. Assim, continua um ponto percentual abaixo da média registrada entre 2012, início da série, e 2019.

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