Em meio às pressões de Donald Trump sobre o Canal do Panamá, a demolição de um monumento chinês na entrada da via interoceânica transformou-se em um grave impasse político. A derrubada da estrutura, ocorrida na noite de sábado (27), expõe a crescente tensão entre os interesses de Washington e Pequim na região.
A estrutura do tipo “paifang” ficava no mirante da Ponte das Américas e era acompanhada por um obelisco e duas estátuas de leão. — Foto: Reprodução Redes X/@ChEmbPa
A Prefeitura da cidade de Arraiján ordenou a demolição de um 'paifang’ (um tipo de arco ou “portal” ornamentado tradicional da arquitetura chinesa) construído em 2004 para simbolizar a amizade entre Panamá e China. A estrutura ficava no mirante da Ponte das Américas. O governo chinês e a presidência panamenha reagiram com indignação à medida.
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, classificou a ação como uma "barbaridade" e um "ato de irracionalidade imperdoável". Ele afirmou que não houve justificativa para a destruição e ordenou a investigação imediata do caso. Mulino também determinou que o Ministério da Cultura coordene a restauração do monumento no mesmo local.

Veja os vídeos que estão em alta no g1
A prefeita de Arraiján, Stefany Peñalba, defendeu a decisão alegando "critérios técnicos". Segundo a prefeitura, o monumento apresentava danos estruturais e bases corroídas que ofereciam risco aos turistas. Peñalba afirmou que a remoção faz parte de um projeto de modernização do mirante e negou motivações políticas.
Tensões geopolíticas no Canal
Atualmente, a empresa Hutchison Holdings, de Hong Kong, opera portos nas duas extremidades do canal e, sob pressão americana, aceitou vender seus terminais para um conglomerado liderado pela empresa BlackRock, dos EUA.
A embaixadora da China no Panamá, Xu Xueyuan, declarou que este é um "dia sombrio" para a comunidade sino-panamenha. Ela afirmou que a história lembrará da dor causada à amizade binacional.
O impasse em torno do monumento simboliza a disputa por influência em uma das rotas comerciais mais estratégicas do mundo, hoje dividida entre a herança histórica americana e a expansão econômica chinesa.

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU)
2 horas atrás
2
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/x/Z/BAOdZARTehOAvfVACAWA/ap25362690120311.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/u/4/VwE67iQQe6JSvpGwjIEw/ap25362667453295.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/m/i/Hz1VNZRjqkWWa4rPBHpQ/g9rc0abxqaapfdq.png)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/p/U/NQo77ZQaOKcQ5j2QFVeQ/img-facebook.jpg)

:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro