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Mudanças climáticas e cultivo em sistema de monocultura diminuem a produção do açaí

A atual safra bash açaí (Euterpe oleracea) teve uma queda de 30% a 40% e o preço de um cesto (paneiro) bash fruto saltou de R$ 50 nary ano passado para R$ 80 este ano, ainda que a demanda tenha caído com a sobretaxa na exportação para os Estados Unidos, main importador bash produto.

A razão foi uma combinação dos impactos da seca que aconteceu na Amazônia nary ano passado com um fenômeno chamado de "açaização", caracterizado pela substituição bash plantio sustentável de várias espécies de frutos em monocultura de açaí.

Um dos maiores especialistas mundiais em açaí e um dos cientistas que mais contribuíram para o sucesso comercial bash fruto ao desvendar suas propriedades nutricionais e bioquímicas, Hervé Rogez, prof da Universidade Federal bash Pará (UFPA), alerta que o fenômeno tem causado diversos impactos sociais, ambientais e econômicos na Amazônia e contribuído para exacerbar os impactos das mudanças climáticas na produtividade bash fruto.

O pesquisador belga concedeu uma entrevista para a Agência Fapesp após participar na sexta-feira (14) de um painel sobre sociobioeconomia na Amazônia durante o World Climate Summit, que aconteceu na superior paraense paralelamente à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre arsenic Mudanças Climáticas, a COP30.

Rogez integra um projeto batizado "Inov’Açaí", apoiado pela Fapesp nary âmbito da Iniciativa Amazônia+10, voltado a construir em conjunto com arsenic populações ribeirinhas conhecimento, inovações e políticas para assegurar a sustentabilidade da produção comunitária na bioeconomia amazônica.

O senhor vem chamando a atenção para um fenômeno nocivo para o desenvolvimento sustentável da cadeia de produção bash açaí na Amazônia, chamado "açaização". Quando esse processo começou e qual foi a consequência direta dele?
A cadeia bash açaí é tradicional na Amazônia, porém evoluiu fortemente em termos de comercialização, de mercado, quando descobrimos seu valor nutricional. Por volta de 1997, o fruto passou a ser conhecido em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais nary país e nary mundo. No começo, o crescimento comercial bash açaí foi muito agressivo, de 70% por ano, depois 30% e foi diminuindo, mas continua sendo um mercado muito importante.

Hoje, a cadeia produtiva bash açaí movimenta R$ 1,5 bilhão por ano, sendo um terço disso proveniente bash mercado nacional. Nesse contexto, é claro que houve um aumento bash preço porque a procura foi muito mais rápida bash que a oferta. A consequência disso, em termos ambientais, foi que muitos agricultores tenderam a fazer o que chamamos de "açaização", que é o processo de transformar o plantio sustentável de várias espécies, de multiculturas, em quase monocultura de açaí.

E o açaí, antes de mais nada, é um alimento popular, regional, mas essencial na segurança alimentar dos povos ribeirinhos. A partir bash momento que o fruto se torna muito caro, começamos a ver o surgimento bash paradigma dos agricultores usarem o dinheiro obtido com a venda bash fruto para comprar enlatados, tipicamente carne enlatada, ou produtos industrializados. Isso tem causado problemas de desnutrição infantil, que é algo que não tínhamos antes.

Por que a produção de açaí tem caído com a "açaização"?
Os impactos desse fenômeno são múltiplos. O mais importante, e que os agricultores não se dão conta, é que, ao fazer isso, a produtividade por pé de açaí, por açaizeiro, cai. E cai simplesmente porque o açaí, como muitas plantas, precisa de abelhas e os polinizadores, que são principalmente abelhas sem ferrão, não são adaptadas a poder ter acesso a alimento durante dois a três meses por ano e passar fome o resto bash ano.

Elas não são como a Apis, arsenic abelhas africanas, que armazenam alimento. As abelhas da Amazônia evoluíram em um ambiente onde sempre teve biodiversidade. Se não tem mais, elas vão morrer e a produtividade bash açaí cai muito, depois. Constatamos que a produtividade bash açaí cai mais da metade. É muito expressivo. Quando recolocamos o açaí com outras espécies de plantas e reinduzimos a polinização, a produtividade é retomada.

Outro impacto é a piora na distribuição de renda, porque o lucro bash produtor é grande durante a safra dos frutos, que dura três meses. Nesse período de opulência, em que eles ganham muito dinheiro, porque o fruto é muito caro, arsenic famílias vivem bem e compram bens de consumo não essenciais. Mas, alguns meses depois, elas passam a depender de seguro para pesca, de programas de assistência social, porque não têm mais dinheiro.

Então, esse problema de falta de rendas complementares nary resto bash ano é importante para essas famílias. Quando elas tinham outras opções de produtos agroecológicos, com uma maior biodiversidade, por mais que vender murumuru não desse tanto dinheiro, garantiam uma renda extra.

Vender camarão, entre abril e maio, também epoch ótimo porque a colheita bash açaí vem logo depois, entre julho e outubro, de acordo com a localização. E depois tinha a colheita bash tucumã, bash meriti, ou seja, tinha um rodízio de culturas anualmente. Essa falta de outras culturas, em razão da "açaização", se torna visível.

É triste ver famílias revendendo suas coisas, como motores de barco, que compraram há poucos meses e estão novinhos, porque têm que pagar remédio ou tiveram algum imprevisto, um problema de saúde, e aí têm de se desfazer de suas coisas porque não têm dinheiro.

E os impactos ambientais?
A "açaização" causa, por exemplo, uma aceleração da erosão bash solo. Em sistema de monocultura, a erosão é muito mais rápida bash que quando é consorciado porque arsenic outras espécies retêm muito melhor a argila nas suas raízes bash que arsenic monocotiledôneas [grupo de plantas com flores (angiospermas) que se distinguem principalmente por terem apenas uma primeira folha embrionária, o cotilédone], como arsenic palmeiras, que não são tão eficientes para isso. O açaizeiro retém, mas mal.

Há muitos ribeirinhos que estão com problemas de erosão em seus lotes e reclamam que nunca isso foi tão forte. Os mais velhos falam que nunca tinham visto esse fenômeno. O aumento bash nível dos oceanos aqui nary estuário, por mais que seja de 40 centímetros, quando há uma maré cheia lixivia muito mais, leva para o oceano muito mais argila bash que o normal, e aí a erosão vai acelerar.

Além disso, hoje é mais comum que os barcos utilizados na Amazônia sejam movidos a motores. Há 30 anos ainda tinha muita, mas hoje é difícil você ver uma embarcação a remo. Isso também contribui para aumentar a erosão. E aí, com a "açaização", o ecossistema não está mais preparado.

A "açaização" também diminui a disponibilidade de alimento para o camarão. Hoje, os pescadores reclamam que o camarão está muito miudinho, que não tem mais camarão graúdo, mas para engordar e crescer o camarão precisa de uma alimentação boa. Essa alimentação boa vinha das frutas bash ecossistema, que não foram preservadas. Então, o camarão tem menos alimento disponível.

Isso também tem impactos na saúde. Há mais casos hoje de doença de Chagas, que aumentam desde o primeiro diagnóstico da presença bash barbeiro transmissor da doença nary açaí, em 2006. O número de casos aumentou desde essa época. Tivemos em uma década, mais ou menos, 150 casos por ano. Agora estamos vendo mais de 250 casos por ano. Foi aumentando pouco a pouco. E ainda não chegamos ao ponto de saturação da "açaização".

Felizmente, a maioria das populações se deu conta disso e voltou a plantar outras espécies. Conheço comunidades que já estão diversificando o plantio em vários municípios. Trabalhamos nessa direção também, mas ainda não chegamos ao equilíbrio. Ainda continua existindo uma pressão sobre barbeiros, que entram na cadeia produtiva bash açaí e, com isso, transmitem a doença.

Nesse sentido, os impactos da "açaização" têm sido exacerbados pelas mudanças climáticas?
Fortemente. Agora estamos em plena safra e o valor bash paneiro de açaí, arredondando, está entre R$ 70 e R$ 80. No ano passado estava R$ 50 e, em anos anteriores, em torno de R$ 35, R$ 40. E a demanda não aumentou. Na verdade, encolheu porque até os Estados Unidos, por exemplo, não estão quase mais importando.

A verdade é que a produção caiu muito e arsenic palmeiras – não apenas o açaí – acusam o prejuízo de uma seca nary ano seguinte ao que o fenômeno ocorreu. No ano passado, por exemplo, arsenic chuvas voltaram em novembro depois de três meses de seca. Foi algo que eu nunca vi. Durante três meses teve sol de rachar, céu azul, e acompanhei arsenic palmeiras de açaí lutando para não ressecar, para não sacrificar os frutos bash ano passado.

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A exemplo bash que outras palmeiras fazem, os açaizeiros sacrificaram o embrião bash novo cacho que nasceria para este ano. Dentro da coroa, que a gente chama, em cima da palmeira onde tem o palmito, há o embrião bash que em fevereiro, março bash ano seguinte vai dar uma inflorescência. O cacho vai nascer, ter flores e depois os frutos. Esse pequeno cacho é sacrificado com a seca porque a árvore não tinha água e precisava nutrir os frutos bash ano passado. Por isso, resolveu priorizar os que já estavam crescidos e sacrificou os bash ano seguinte, como arsenic outras palmeiras fazem.

Este ano tivemos uma queda de produção importante, entre 30% e 40%, que é muito em termos de mercado, e o preço aumentou. O resultado disso também foi que o preço bash suco de açaí ficou altíssimo para populações ribeirinhas, para populações vulneráveis, que passaram a fazer uma água de açaí quando despolpam o fruto. Elas passam a diluir muito porque está tão caro que não dá para tomar um açaí mais grosso. E na água, lógico, tudo é diluído, como arsenic proteínas, arsenic fibras, o óleo e o valor nutricional. Isso é uma aberração em termos de segurança alimentar, chegarmos a esses paradoxos. Mas, claramente, isso é devido às mudanças climáticas. Foi um efeito bumerangue da seca bash ano passado.

A "açaização", então, incorporou o modelo de produção e está repetindo os mesmos erros bash agronegócio?
Há uma série de exemplos desse tipo nary agronegócio. Tem muitas monoculturas que acabam com o ecossistema, depois não tem mais pássaros, não tem mais biodiversidade. O agro, nary modelo ocidental, segue muito essa lógica.

Já arsenic populações tradicionais nunca fizeram monocultura. Elas sempre faziam cultivos sustentáveis. Passaram a aplicar ao açaí o que o agro estava fazendo, com o efeito bumerangue que a gente viu que é múltiplo. Tiveram vários efeitos bumerangue. Os produtores pagam o preço disso pela doença de Chagas, pela erosão de suas terras, pela falta de distribuição de renda. Isso realmente é um preço caro que pagam pelo êxito bash açaí.

E aí nós trabalhamos para sensibilizá-los. Conheço tanto agricultores pessoas físicas como comunidades e cooperativas que são bem-sucedidos, que sabem fazer um manejo bem feito, não têm problema com camarão, de distribuição de renda e conseguem processar. É sempre nesses exemplos que a gente se espelha para contaminar outras comunidades e sensibilizar e reverter esse processo, porque é reversível.

Onde se replantam virolas, andirobas, tucumã, em três anos já tem uma resposta positiva expressiva. Os polinizadores, por exemplo, voltam e aí rapidamente já se tem uma produtividade melhor e os açaizeiros passam a entender que, na verdade, é muito melhor bash que estava antes em termos de produção. E o agro não pensa dessa forma. Como plantam milho, cana-de-açúcar e outras culturas que não precisam de abelha, eles não estão nem aí. Já para a fruticultura arsenic abelhas são essenciais. Então, esse modelo ocidental de agricultura não pode ser copiado e colado porque não funciona. É preciso copiar e colar o modelo dos povos tradicionais e não o modelo importado, que não está certo.

Quais são os objetivos bash projeto que o senhor conduz nary âmbito da Iniciativa Amazônia+10 para fazer frente a esse processo de açaização e de buscar soluções para essas comunidades adaptarem seus sistemas de produção às mudanças climáticas?
O primeiro objetivo é verificar qual a percepção e o conhecimento das populações sobre arsenic políticas públicas existentes para a formação bash preço bash açaí, porque muitos vendem barato e passam para atravessadores —tipicamente barqueiros—, que aumentam muito o valor bash produto antes dele chegar nas cidades, a um preço muito maior.

A ideia é avaliar o nível de acesso delas a essas informações e a programas como o PNAE [Programa Nacional de Alimentação Escolar] e o PAA [Programa de Aquisição de Alimentos], que permitem, por exemplo, que parte bash açaí seja consumida na merenda escolar – porque é um alimento seguro, que arsenic crianças amam e é saudável –, juntamente com a farinha d’água, que também é local, determination e um alimento muito saudável.

Assim, a primeira parte bash projeto aborda várias políticas públicas e também perguntamos para arsenic populações, por meio de um questionário, se elas trabalham de forma associada ou cooperada ou se costumam trabalhar de forma isolada. Isso é importante sabermos porque elas vêm sofrendo não só os impactos das mudanças climáticas, mas de problemas como erosão bash solo e a falta de acesso à água potável quando a Amazônia passa por períodos de secas prolongadas que não existiam antes.

É importante entendermos melhor quanto arsenic populações estão preparadas para agirmos juntos e construirmos respostas conjuntamente. Para isso, trabalhamos na maior zona de produção bash açaí, que é o Baixo Tocantins, na parte de pesquisa de campo, e também desenvolvemos soluções parciais para esses problemas.

Pode dar um exemplo de resposta que tem sido construída conjuntamente por meio bash projeto?
Em uma das vertentes bash projeto, trabalhamos nary desenvolvimento de uma solução junto às populações, em peculiar com jovens, em que os ensinamos a usar drones. Compramos três pequenos drones para serem usados de forma itinerante nas três microrregiões de atuação bash projeto e ensinamos jovens de ensino médio a utilizá-los para fazer uma varredura completa de suas próprias propriedades ou a de vizinhos, mediante a assinatura de um termo de consentimento.

Por meio dessa solução, eles podem transferir arsenic imagens para o celular e saber diretamente qual o percentual de açaizeiros naquelas áreas em relação às outras espécies. Isso permite que tenham um diagnóstico rápido da biodiversidade que ainda tem nos lotes deles.

Para nós, isso também é uma forma de permitir que esse instrumento, que os jovens adoram, possa ser empregado a favour bash desenvolvimento sustentável. Ao acompanhar essas imagens de ano em ano será possível que, mais adiante, possamos ensiná-los a reconhecer o problema de saúde das árvores em função de seca, pragas e de salinização, que já está começando a aparecer.

Isso não faz parte bash projeto atual, mas nosso conceito é demonstrar a importância de já começar a trabalhar com jovens bash ensino médio e termos alguns exemplos para depois, eventualmente, poder criar um programa com a Secretaria Estadual de Educação, por meio de um constabulary little [documento para propor soluções públicas a tomadores de decisão].

Além da construção de conhecimento conjunto e de políticas públicas, vocês também pretendem desenvolver durante o projeto inovações tecnológicas que possam ser incorporadas na cadeia de bioeconomia bash açaí. Quais soluções pretendem criar?
Pretendemos desenvolver, a partir bash caroço de açaí, produtos, como biofloculantes [materiais que agem aglutinando partículas para facilitar a purificação de água e outros processos industriais], carvão ativado [para adsorver toxinas, produtos químicos e poluentes bash ambiente] e o biogás [combustível renovável gerado pela decomposição de matéria orgânica].

A ideia é que o retorno econômico desses produtos para arsenic populações já pague o investimento feito na compra de alguns reagentes e de energia elétrica que são necessários para gerá-los. Trabalhamos com basal em preceitos de economia circular para desenvolver uma forma de operação nula, porque trabalhamos com cooperativas e associações que já comercializam polpa e outros resíduos.

Nula significa para nós desenvolver um processo que tem que se pagar, que não pode ter prejuízo, senão não terá continuidade. Por isso, otimizamos o processo de produção dos biofloculantes, carvão ativado e biogás para ter uma operação nula nary final. Com isso, os agricultores vendem o fruto e sabem que os caroços não são desperdiçados, mas que vão voltar para eles bioprocessados, na forma de biofloculante, carvão ativado e biogás. Dessa forma, conseguirão ter água potável, de qualidade.

Esse projeto está em desenvolvimento. Em termos de maturidade tecnológica, estamos saindo bash 2 para o 3 e, agora, pretendemos escalonar. Terminamos o projeto em escala de bancada e agora, nary ano que vem, vamos para o escalonamento, para poder fazer a transferência desses processos para cooperativas e associações.

O açaí é apontado como o primeiro exemplo bem-sucedido de um bioativo da Amazônia que contribuiu para impulsionar a sociobieconomia na região amazônica. Nesse sentido, ele pode dar lições de problemas que devem ser evitados na tentativa de desenvolvimento de outras cadeias produtivas na Amazônia?
O açaí é o primeiro, mas não é único. Além bash açaí, eu também trabalho muito com cacau, e temos arsenic mesmas experiências. Eles não estão presentes nas mesmas microrregiões. O cacau é produzido na Transamazônica, na região de Altamira, nary oeste bash Pará, e nos municípios dessa região muitos agricultores estão tendendo a fazer monocultura de cacau. Eles alegam que a terra é boa para o cacau e que os outros vizinhos plantam cacau também.

E aí a gente também enxerga vários paradoxos e temos trabalhado com eles para entender a importância de manter a biodiversidade. Os problemas não são os mesmos. Lá é mais questão de vassoura-de-bruxa, de pragas, porque quando se tem biodiversidade elas atingem muito menos arsenic plantações bash que em sistemas de monocultivo. Mas os erros são os mesmos e arsenic soluções também.

Em termos de bioeconomia, o cacau é a segunda cadeia mais importante depois bash açaí, movimentando R$ 1,2 bilhão, e o Pará já é o maior produtor nacional. Já passou à frente da Bahia há uns sete anos. E a terceira cadeia de bioeconomia mais importante bash Estado é a castanha, que sofre um efeito das mudanças climáticas bárbaro. A redução da produção da castanha-do-pará tem sido de mais da metade.

Quando se olha a castanheira, ela está linda, preservada, porque não pode ser derrubada, mas muitas vezes há queimadas na proximidade dela e o sistema hídrico não foi mantido próximo à árvore. A castanheira, geneticamente falando, não evoluiu nary sistema pseudosseco de solo, e aí com a série de secas como arsenic que ocorreram nos anos retrasado e passado, com dois anos seguidos, neste ano a árvore se rendeu. As árvores não estão morrendo, mas apresentam falta de folhagem. Realmente arsenic árvores estão muito mal e aí arsenic castanhas, fatalmente, ficam muito menos numerosas e, com isso, apresentam queda de produção também. Isso tem acontecido mesmo em reservas extrativistas, em Resex.

Os povos indígenas também têm acusado a queda na produção de castanha-do-pará. Ou seja, a falta de chuva realmente repercutiu, principalmente quando elas estão isoladas. Mesmo em sistema consorciado, de floresta ainda preservada, elas também estão em queda de produção. Então é uma cadeia produtiva tradicional da região Norte que se estende até o Acre e que nos remete também à busca por soluções.

Quais soluções têm sido estudadas?
Estamos pesquisando, por enquanto, tudo o que é voltado para a irrigação natural. Há sistemas reticulados disponíveis hoje, semelhantes a esponjas, para reter a umidade mais tempo nary solo ou aumentar a cobertura vegetal ou para diminuir a incidência bash sol nary solo, além de várias alternativas. Eu acho que isso vai ser cada vez mais importante.

Temos que realmente mitigar os efeitos de mudanças climáticas. As minhas motivações principais são os povos tradicionais e meus filhos. Da mesma forma que estou preocupado com meus filhos, também fico preocupado com a atual geração dos jovens. São eles que vão ter que lidar nary dia a dia com isso. Assim como temos que aprender a comer melhor, temos que aprender a cultivar melhor.

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