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Nubank se alia a Itaú em movimento para limitar concorrência no consignado

Segundo fontes, o Nubank, que nasceu desafiando os bancões, teria se unido ao Itaú na defesa de uma trava para impedir que outras instituições tenham acesso à informação sobre as dívidas dos clientes e que possam fazer ofertas de substituição de dívidas - trocando um crédito pessoal com taxas da ordem de 8% ao mês por um consignado mais barato, em torno de 3% a 4%.

Lançado há uma semana, o consignado privado já soma cerca de R$ 1,5 bilhão em crédito contratado. Todas as linhas são novas. Apesar de ter sido anunciado como um programa para aliviar o bolso do trabalhador com a substituição de uma dívida cara por uma mais barata, nesta fase do programa as instituições estão proibidas de ofertar crédito para quem já tem linhas ativas de crédito pessoal ou de consignado privado (pelo programa antigo, restrito à trabalhadores de grandes empresas). A instituição até pode oferecer uma simulação para esse cliente no aplicativo, mas não pode efetivamente ofertar uma proposta neste momento.

A disputa que divide incumbentes e Nubank e os bancos digitais é pela segunda fase do programa, quando seria liberada a oferta para quem já tem crédito. As instituições têm quatro meses para enviar para a Dataprev — empresa pública de dados responsável pelo clearing do programa de consignado — a base de clientes com os quais possui linhas de crédito. Hoje a Dataprev consegue saber se a pessoa tem crédito ativo, mas não com qual instituição.

Itaú e Nubank lideram na concessão de crédito pessoal no país. O Itaú também lidera no consignado privado. Na reunião da Febraban, segundo apurou a coluna, as duas instituições defenderam mudanças no programa para que haja uma trava para impedir a portabilidade, impedindo que outros bancos possam fazer ofertas de substituição de dívida. Pela proposta, apenas a instituição que concedeu o crédito poderia fazer ofertas.

Mais de 35 instituições financeiras estão homologadas na plataforma, mas poucas estão efetivamente ativas: entre elas, Agibank, Caixa, Safra, Banco do Brasil, PAN, Sicredi e algumas financeiras como Facta, Parati e Upp e QI Tech.

O consignado privado oferece juros menores por contar com garantia de 10% do saldo do FGTS do trabalhador. E o dinheiro da multa rescisória em caso de demissão. Se a garantia não for suficiente, o saldo a pagar fica atrelado ao e-social e, quando arrumar um novo emprego, o desconto entra automaticamente no salário.

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