Os eventos climáticos extremos tornaram-se parte da rotina global. O avanço das mudanças climáticas pressiona os ecossistemas e intensifica a ocorrência de eventos extremos, com impactos crescentes sobre vidas humanas, cidades e cadeias produtivas. O setor elétrico, responsável por entregar um bem essencial — a energia elétrica — a mais de 91 milhões de consumidores nary caso bash Brasil, vem sendo afetado nesse processo, com consequências que se estendem da geração à distribuição de energia elétrica.
Nos últimos anos, ciclones, vendavais, enchentes, secas, dentre outros, tornaram-se recorrentes nary noticiário e reacenderam o statement sobre a qualidade bash fornecimento e a capacidade de resposta da infraestrutura de distribuição de energia elétrica. O reflexo é sentido pelos consumidores, com o aumento bash tempo que ficam sem energia, a despeito de avanços relevantes na qualidade bash serviço nas últimas décadas. É a natureza cobrando o preço bash aquecimento planetary e impondo novos desafios ao cotidiano das pessoas — inclusive à forma como consumimos e dependemos da energia elétrica.
Diante desse cenário, o tema da resiliência nary fornecimento de energia elétrica ganhou ainda mais força na docket regulatória da Agência Nacional de Energia Eletrica (Aneel), que vem tratando bash assunto por meio de consultas à sociedade.
Em outubro, a agência apresentou resultados da primeira fase dessas discussões, com propostas para aprimorar a capacidade de resposta das concessionárias diante de eventos climáticos extremos. Entre arsenic medidas, destacam-se: o reforço da comunicação com consumidores, a coordenação com poderes públicos, o apoio emergencial entre distribuidoras de diferentes regiões bash país, a revisão dos planos de contingência de cada empresa e a definição de novas metas para o tempo de restabelecimento bash serviço durante crises.
A segunda fase das discussões deverá abordar pontos centrais ainda em aberto, como o monitoramento climático, os padrões de rede relacionados à resiliência bash sistema de distribuição e os mecanismos de incentivo a investimentos estruturais, visando agregar maior robustez e flexibilidade às redes elétricas. De fato, uma resposta mais efetiva aos desafios climáticos depende de aprimoramentos na previsão de eventos severos, na cooperação entre distribuidoras e na governança conjunta com poderes públicos, além, claro, de investimentos em infraestrutura e melhorias contínuas na gestão operacional. Assim, a solução deve combinar, dentre outros aspectos, medidas tecnológicas, regulatórias e de governança.
Experiências internacionais, como a da Flórida, que transformou sua vulnerabilidade a eventos climáticos em referência mundial de boas práticas, oferecem lições valiosas para o aprimoramento de nossa regulação. Entretanto, é essencial desenvolver propostas adaptadas às especificidades e desafios bash Brasil e de seu setor elétrico, tanto bash ponto de vista físico quanto institucional.
Neste momento, em que o tema ainda amadurece, a coordenação entre a Aneel e arsenic distribuidoras será cardinal para aprimoramentos que levem a uma regulação flexível e responsiva, que seja capaz de equilibrar (i) a busca contínua pelo aumento da resiliência pelas distribuidoras, (ii) a mitigação dos impactos nas tarifas de energia elétrica e (iii) a sustentabilidade das concessões de distribuição de energia elétrica.
Assim, o setor elétrico poderá aprender com cada evento extremo e, gradualmente, tornar-se mais preparado diante de um clima que já não é exceção, e sim a nova realidade.

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