Inteligência artificial, ou apenas IA, são tecnologias programadas para simular a inteligência humana e, assim, ter algum nível de autonomia para tomar decisões e resolver problemas lógicos. Isso significa a capacidade de traduzir idiomas, dar sugestões e recomendações, entre outras funções que facilitam o dia a dia dos usuários. É possível dizer que a inteligência artificial foi criada em 1950 pelo matemático e criptógrafo Alan Turing, que criou uma máquina que "pensa”, e só evoluiu desde então.
Hoje, a IA já faz parte do nosso dia a dia, presente em algoritmos de redes sociais, assistentes virtuais, como a Siri e a Alexa, e até mesmo no reconhecimento facial do celular. Além disso, as inteligências artificiais vêm conquistando bastante o interesse do público — basta observar a ascensão de ferramentas como ChatGPT e DeepSeek. Nas linhas a seguir o que é inteligência artificial, como essa tecnologia surgiu, como ela funciona, quem a criou e mais.
Guia completo explica o que é inteligência artificial, como a tecnologia surgiu, exemplos e polêmicas — Foto: Reprodução/Pexels Inteligência artificial: veja o guia completo sobre a IA
O TechTudo reuniu abaixo os pontos mais relevantes que você precisa saber sobre a inteligência artificial (IA). No índice a seguir, confira todos os assuntos que serão abordados ao longo deste guia:
- O que é inteligência artificial? (Definição e prática)
- Como surgiu e quem criou a inteligência artificial?
- Como a inteligência artificial funciona?
- Tipos de inteligência artificial
- Exemplos de inteligência artificial no dia a dia
- Benefícios de usar a inteligência artificial
- Polêmicas, limitações e questões éticas da IA
- Qual o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho?
1. O que é inteligência artificial? (Definição e prática)
A Inteligência artificial é uma tecnologia que permite criar máquinas e sistemas computacionais cujo funcionamento tem alguma autonomia, já que simula o comportamento humano. Em geral, a IA é treinada por meio da absorção de uma grande quantidade de dados, a partir dos quais ela busca por padrões e associações. Essas informações são processadas para que consigam "prever" eventos futuros e, assim, possam tomar decisões.
A vantagem da inteligência artificial sobre um trabalhador comum é o volume de dados que ela consegue avaliar e processar em um curto espaço de tempo. Softwares com IA conseguem absorver informações 365 dias por ano, 24 horas por dia, sem pausas para comer ou dormir – o que, obviamente, supera a capacidade humana de aprendizado.
ChatGPT é sucesso na Internet por suas habilidades de criação de texto e resolução de problemas — Foto: Flávia Fernandes/TechTudo Vale ressaltar que a inteligência artificial já está presente em diversos segmentos da sociedade, como medicina, transporte, economia, educação e mais. Alguns exemplos de softwares que usam a tecnologia são o DeepSeek e o ChatGPT, chatbots que usam IA para realizar tarefas por escrito, fazer recomendações e mais. As assistentes virtuais, como a Siri e a Alexa, e os algoritmos de recomendações de conteúdos, vistos em redes sociais e plataformas de streamings, também estão entre os exemplos de uso de IAs no dia a dia.
2. Como surgiu e quem criou a inteligência artificial?
A ideia de uma máquina que "pensa” nasceu com o matemático e criptógrafo Alan Turing, mas a linha do tempo das inteligências artificiais é um tanto complexa. O estudioso ficou conhecido pelo Teste de Turing, um exame desenvolvido em 1950 que pretendia descobrir se um computador conseguiria demonstrar a mesma inteligência de uma pessoa.
No entanto, o termo “Inteligência Artificial” apareceu apenas em 1956, com John McCarthy, quando o cientista estadunidense inventou a linguagem de programação Lisp — que abriria as portas para o desenvolvimento da IA. No mesmo ano, os pesquisadores Allen Newell, JC Shaw e Herbert Simon criaram o Logic Theorist, considerado por muitos o primeiro software de inteligência artificial em execução. Ele foi desenvolvido para imitar os processos cerebrais de matemáticos humanos para provar teoremas da matemática.
Inteligência artificial pode fornecer informações sobre sinais vitais — Foto: Reprodução/CES Em 1967, Frank Rosenblatt construiu o Mark 1 Perceptron, o primeiro computador baseado em uma rede neural e com aprendizado por tentativa e erro. Mais tarde, na década de 1980, outros softwares foram desenvolvidos para a área corporativa, com algoritmos auxiliando o mercado de ações e negociações. Poucos depois, na metade dos anos 90, a Internet comercial se expandiu, e as empresas começaram a criar sistemas de navegação e indexação com IA, como o protótipo do Google.
Já em 2011 a IBM lançou o Watson, um supercomputador e plataforma de inteligência artificial com computação cognitiva na nuvem. O dispositivo logo passou a ser utilizado em sistemas de reconhecimento visual, os quais permitem identificar um indivíduo por meio de câmeras de segurança. Na medicina, o software também auxiliou a descobrir a relação entre genes, proteínas e medicamentos por meio da análise rápida de milhões de artigos científicos, livros e patentes.
Chatsonic: uma inteligência artificial concorrente do ChatGPT — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo Hoje, ferramentas com inteligência artificial estão presentes em diversos aspectos de nossas rotinas. A IA está, por exemplo, nos algoritmos do YouTube, do Instagram e do TikTok, que recomendam conteúdos para os usuários, em dispositivos com reconhecimento facial, e até nos mecanismos de busca do Google. Além disso, softwares como ChatGPT, DALL-E 2 e ChatSonic estão em alta, o que deixou o público ainda mais curioso pelas possibilidades das inteligências artificiais.
3. Como a inteligência artificial funciona?
A IA, conforme explicado, é capaz de "aprender" devido às instruções presentes no código do seu programa, ou seja, são os algoritmos que determinam os conhecimentos que ela deve ou não adquirir. Na prática, a inteligência artificial é exposta a milhares de padrões para que consiga reconhecer elementos e, assim, lidar com diferentes situações com autonomia. No caso de uma IA que joga xadrez, por exemplo, ela será exposta a inúmeros dados de partidas, jogadas e resultados para que consiga pensar "como um humano" e decidir qual peça mover.
Códigos de algoritmo são utilizados para determinar o que a IA irá aprender — Foto: Reprodução/Pexels Em outras palavras, a capacidade de "pensar" é definida pela velocidade de análise de dados e pela programação dos algoritmos. Dentro desse processo, há dois tipos de aprendizagem: o machine learning (aprendizado de máquina) e o deep learning (aprendizado profundo). Veja as diferenças:
- Aprendizado de máquina: adquire conhecimentos por meio da coleta, organização e categorização de um conjunto de dados. Com ele, a IA consegue interpretar as informações para tomar decisões e executar tarefas de forma automática e autônoma.
- Aprendizado profundo: é o avanço do aprendizado de máquina, já que essa tecnologia simula as redes neurais em um processo semelhante ao da inteligência humana. Nesse formato, o sistema consegue hierarquizar e compreender as informações de forma mais complexa e aprofundada. Com ele, a IA é capaz de aprender sem a necessidade de tanta interferência humana e reconhecer de forma mais assertiva imagens e falas.
4. Tipos de inteligência artificial
É possível classificar as inteligências artificiais em três tipos: inteligência artificial estreita (ANI), inteligência geral artificial (AGI) e superinteligência artificial (ASI). Além dessa classificação nominal, elas podem ser divididas entre os grupos "IA fraca" e "IA forte". No campo da IA fraca, a representante é a inteligência artificial estreita (ANI). Esse tipo de IA se refere a sistemas treinados para cumprir uma única tarefa específica, como pilotar um veículo, pesquisar na Internet ou jogar xadrez.
Já no que se refere à IA forte, há a inteligência geral artificial (AGI) e a superinteligência artificial (ASI). A AGI é focada em simular a inteligência humana, com capacidade de resolver diversas tarefas diferentes, tomar decisões, resolver problemas e planejar o futuro. Ela também é capaz de adquirir conhecimentos a partir de experiências e entender estímulos diretos e indiretos — ou seja, reconhecer e distinguir elementos mais subjetivos, como a diferença entre um rosto feliz ou triste.
Já a ASI tem como foco superar a capacidade de inteligência do cérebro humano. A superinteligência artificial é uma tecnologia ainda em desenvolvimento no mundo científico e, com ela, seria possível resolver cálculos complexos e humanamente impossíveis.
Tipos de inteligência artificial — Foto: Reprodução/Canva 5. Exemplos de inteligência artificial no dia a dia
Há diversos exemplos de inteligências artificiais em nosso dia a dia. Os mais comuns incluem assistentes de voz, como Alexa e Siri, algoritmos de redes sociais, ferramentas de reconhecimento facial, como Face ID, entre outros. O próprio corretor automático do celular é um tipo de IA, já que ele é capaz de identificar erros, sugerir a grafia correta e prever o que o usuário irá escrever a partir dos dados com os quais foi treinado.
Em relação aos algoritmos de redes sociais e streamings, a tecnologia é desenvolvida com o intuito de fazer recomendações assertivas para consumo de conteúdo. O sistema “aprende” quais são as preferências do usuário por meio das interações que ele faz — quais postagens a pessoa curte, quanto tempo ela passa vendo determinado tipo de conteúdo etc. A partir desse aprendizado, o algoritmo de plataformas como YouTube, Instagram, Facebook, Spotify e Netflix é capaz de recomendar conteúdos que agradam e prendem a atenção do usuário.
Alexa é um dos exemplos de ferramentas muito utilizadas atualmente que funciona através de inteligência artificial — Foto: Lucas Santos/TechTudo Outro exemplo comum de IA é o reconhecimento facial, que utiliza o rosto do usuário para desbloquear smartphones ou outros aparelhos. O sistema analisa milhares de pontos na imagem e gera um “mapa” em profundidade da face, o que permite a ele se adaptar a diferentes tipos de ambientes. Assim, a IA consegue identificar o rosto mesmo que esteja em locais mais claros ou mais escuros ou se houver acessórios como chapéus ou óculos.
6. Benefícios de usar a inteligência artificial
- Funcionamento ininterrupto, além de pode executar tarefas repetitivas sem intervalos;
- Eficiência e velocidade na tomada de decisões e na execução de tarefas;
- Automação do processo produtivo (fábricas e indústrias);
- Facilitação no processo de compra e venda online, e também de atendimento ao público;
- Avanços na medicina, auxiliando no trabalho dos médicos e enfermeiro;
- Fornecimento rápido de informações e sugestões para responder às buscas dos usuários;
- Realização e auxílio em tarefas simples da rotina.
7. Polêmicas, limitações e questões éticas da IA
Os avanços e a popularização dessa tecnologia, contudo, também trazem algumas questões controversas. Isso porque elas têm potencial, entre outras coisas, para contribuir com a disseminação de preconceitos e de informações enganosas. Existem, por exemplo, inteligências artificiais que criam textos, imagens e vídeos bastante realistas. Além disso, há casos em que ferramentas com IA estão sendo utilizadas para a aplicação de golpes virtuais.
Um outro tipo de uso é na geração de vídeos ou áudios deepfake, quando um rosto é trocado ou uma voz falsa “imita” a voz de alguém. Essa tecnologia pode ser utilizada em sequestros falsos ou na disseminação de fake news, por exemplo.
A reprodução de preconceitos étnicos, de gênero e ou de classe também podem ser repassados para as ferramentas e sistemas desenvolvidos. Um exemplo é o caso do software de recrutamento da Amazon, que discriminava mulheres. A ferramenta criada em 2014 analisava os currículos recebidos pela empresa e gerava uma nota de uma (1) a cinco (5) estrelas para cada um. No entanto, o mecanismo de aprendizado da IA era baseado, em grande parte, em padrões de currículos masculinos, o que fazia com que mulheres fossem desclassificadas com mais facilidade.
Deepfake é uma das formas como a inteligência artificial pode ser usada por criminosos — Foto: Divulgação/Getty Images Um outro debate que surge com o avanço das inteligências artificiais generativas é a desvalorização dos profissionais da indústria criativa. Tecnologias como DALL-E 2, Midjourney e ChatGPT já estão sendo incorporadas ao processo de trabalho de diversos trabalhadores e artistas, que temem uma possível substituição de seus postos pelos softwares.
Há ainda a questão dos direitos autorais. Como as IAs generativas conseguem reproduzir estilos de artistas e autores e recriar variações deles, isso abre margem para questionamentos sobre a autoria dos trabalhos. Afinal, elas pertencem aos autores das obras que foram usadas para treinamento, ao usuário que deu o comando para a geração do conteúdo ou à própria plataforma? Especialistas em Direito Autoral divergem sobre o assunto, já que a lei ainda não contempla essa questão.
8. Qual o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho?
Muito se fala sobre a perda de empregos e do medo de profissionais em serem substituídos por máquinas e robôs, por exemplo. Em algumas áreas, há esse risco. Porém, embora possa haver desafios referentes a essa tecnologia, é importante destacar que ela também pode representar oportunidades. Por exemplo, a IA está ajudando a criar novas oportunidades de emprego em áreas relacionadas a essa tecnologia, como desenvolvimento de software, programação, engenharia e ciência de dados etc.
Além disso, a inteligência artificial no mercado de trabalho pode ser útil à medida que ajuda diferentes profissionais a automatizar e a otimizar determinadas tarefas em suas rotinas de trabalho. Dessa forma, é possível ter uma melhoria em termos de produtividade e focar em outros aspectos relevantes e em funções que exigem habilidades humanas, como criatividade, empatia e inteligência emocional.
Por último, também vale mencionar que a inteligência artificial está gerando um impacto no mercado de trabalho ao passo que, ao ser cada vez mais difundida, muitas empresas estão exigindo novos conhecimentos e habilidades dos trabalhadores. Em razão disso, diversos profissionais estão precisando se requalificar e desenvolver novas competências para se manterem relevantes.
Veja também: assista ao vídeo abaixo e saiba como usar ChatGPT
Como usar ChatGPT? Entenda o que é e como acessar chatbot da OpenAI

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9 meses atrás
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