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ONU retira funcionários da agência de energia nuclear do Irã

Legislação foi aprovada pelo Parlamento do país um dia após o cessar-fogo entre Israel e Irã, após 12 dias de ataques. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) é responsável por inspecionar programas nucleares pelo mundo.


França, Alemanha e Reino Unido cobram cooperação do Irã com agência atômica internacional

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A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU anunciou que retirou toda a sua equipe do Irã nesta sexta-feira (4). A saída da agência ocorre dois dias depois de o governo iraniano suspender oficialmente a cooperação do país com a AEIA.

A AIEA é a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que monitora a produção de energia nuclear no mundo, para garantir que nenhum país associado produza uma bomba atômica. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, promulgou na quarta-feira (2) a lei que retira o Irã da lista de países associados à AIEA.

Embora a suspensão não signifique, necessariamente, que a AIEA tenha de deixar o país, a agência da ONU disse ter retirado nesta sexta seus últimos inspetores que ainda estavam no Irã. Segundo o jornal "Financial Times", a saída ocorreu por conta de questões de segurança.

Após os ataques, Teerã criticou a postura da AEIA, que chamou de influenciada pelo Ocidente. Nesta semana, o Parlamento do Irã a semana passda, um dia após o cessar-fogo com Israel.

Na segunda-feira (30), o Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou aque não podia manter a cooperação de rotina com a AIEA sob a alegação de que a segurança dos inspetores está em risco.

"Não é razoável esperar uma colaboração normal com a AIEA enquanto a segurança dos seus inspetores está em risco", disse o porta-voz do ministério, Esmaeil Baghaei.

Vídeos em alta no g1

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No sábado (28), o chefe da AIEA, Rafael Grossi, afirmou que os ataques às instalações nucleares iranianas causaram danos graves, mas "não totais", o que contradiz afirmação do presidente dos EUA, Donald Trump.

"Francamente, não se pode afirmar que tudo desapareceu e que não há nada lá", disse Grossi. Segundo ele, o Irã tem capacidade para retomar o enriquecimento de urânio em "questão de meses".

Imagem de satélite mostra a instalação nuclear de Natanz, no Irã, em 24 de janeiro de 2025 — Foto: Maxar Technologies/Handout via REUTERS

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