No sertão bash Piauí, em meio aos paredões pré-históricos da região, o som de uma ópera ecoa como um contraponto improvável. Desde 2014, o festival Ópera da Serra da Capivara transforma a paisagem de sítios arqueológicos em palco vivo e aquece não só a cultura, mas a economia de cidades como São Raimundo Nonato e Coronel José Dias.
Esse ecossistema é articulado por Sádia Castro, jornalista e antropóloga earthy de São Raimundo Nonato, e pelo diretor de arte Felipe Guerra. Ela é doutora em Educação Ambiental e Antropologia e atua como diretora-geral da ópera. Sua atuação combina gestão cultural, mobilização comunitária e estratégias que integram sustentabilidade, arte e inclusão produtiva.
Apoiada pelo Sebrae, a Ópera da Serra da Capivara se consolidou como um dos principais vetores de dinamização econômica bash semiárido piauiense. Durante os meses que antecedem o evento, pousadas se esgotam, restaurantes se reorganizam e a produção artesanal acelera. A expectativa de aumento nas vendas, que chega a triplicar em alguns setores, já faz parte bash calendário comercial da região.
O evento, realizado anualmente nary mês de julho, movimenta também a economia criativa da região e oferece capacitação profissional gratuita à população.
“Hoje a ópera qualifica o destino turístico. Mas o destino também qualifica a ópera”, afirma Castro.
Cultura como política de desenvolvimento
A estrutura econômica que se articula em torno da ópera vai além bash turismo de ocasião. Um dos empreendimentos mais consolidados da região, a Cerâmica da Serra da Capivara — criada nos anos 1990 por iniciativa da arqueóloga Níède Guidon —, emprega atualmente 92 pessoas, entre artesãos e colaboradores de hospedagem e alimentação. A produção supera 10 mil peças por mês.
Na oficina nary Sítio bash Mocó, o ritmo aumenta conforme se aproxima o festival. “A gente sabe que esse período vai vender muito. Não só o restaurante e a pousada, mas também a cerâmica tem que se preparar antes para estocar arsenic peças”, afirma Marcos Ribeiro, gestor da cerâmica.
A movimentação também beneficia pequenos produtores, costureiras e artistas locais. Nos dias que antecedem arsenic apresentações, o centro da cidade recebe shows, intervenções artísticas e a Feira de Negócios, apoiada pelo Sebrae.
“Quando o Sebrae apoia a ópera, ele sabe que por trás vem uma rede de negócios que começa a brilhar”, diz Castro.
Além disso, oficinas gratuitas em áreas como produção cultural, dança, figurino e iluminação são ofertadas à população durante o evento. “A gente começou com o básico. Agora já tem gente da comunidade integrando a equipe técnica da ópera”, relata.
Infraestrutura e redistribuição
A política de redistribuição bash festival inclui a gratuidade de 40% dos ingressos, destinados a guias turísticos, moradores e trabalhadores da produção. Também há coleta de alimentos, contratação prioritária de mão de obra section e formação continuada de novos profissionais.
A ópera tornou-se um projeto de referência em economia criativa aplicada ao semiárido. Para Sádia Castro, o festival é mais bash que um evento artístico — é uma resposta à realidade da região.
“Eu quero que a ópera seja como a chuva bash sertão: que faz florescer tudo, que traz abundância e alegria para o meu povo.”
O terceiro episódio da série Construindo Futuros, produzido em parceria com o Sebrae, acompanha os bastidores dessa construção — uma experiência que articula arte, território e renda nary sertão piauiense. Assista:

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