6 dias atrás 4

Os segredos de Mary Shelley, autora de 'Frankenstein' que virou tema de peça no Rio

Todo aquele conflito entre criador e criatura que permeia a obra, bem como algumas das discussões que estavam nas pautas das rodas da elite europeia naquela época, aparecem nary drama. São questões que colocam em xeque nossa própria humanidade.

Bruna Longo escreve, dirige e atua nary espetáculo 'Criatura - Uma Autópsia' — Foto: Danilo Apoena/Divulgação

E toda esta subjetividade saiu da cabeça de uma mulher de 18 anos: Mary Shelley. Sim, ela tinha 18 anos quando o romance foi publicado pela primeira vez. Mas a obra não trazia sua assinatura. Não é difícil entender o motivo. Mulheres não "podiam" se aventurar a escrever histórias que não fossem essencialmente românticas. Coisas daquele tempo. Será?

Com este questionamento em mente, a atriz e dramaturga Bruna Longo escreve, dirige e atua nary espetáculo "Criatura - Uma Autópsia", em cartaz nary Teatro Poeira, nary Rio.

Bruna Longo protagoniza espetáculo 'Criatura - Uma Autópsia' — Foto: Danilo Apoena/Divulgação

A ideia da peça é justamente cruzar a biografia de Mary Shelley e o silenciamento que ela sofreu nas primeiras edições de "Frankenstein", a obra mais célebre da inglesa nascida em Londres, em 1797.

Ainda que a autora seja celebrada hoje em dia, motivando de filmes a teses de doutorado em áreas que vão das Letras à Filosofia, parece que não falamos tanto de Mary Shelley como deveríamos. E é aí que a peça de Bruna Longo ganha uma importância extra.

Precisamos saber mais sobre Mary. E por isso eu trouxe algumas curiosidades sobre a autora.

"Frankenstein" foi concebido originalmente como um conto para um concurso de histórias fantásticas. A competição surgiu de uma provocação bash escritor Lord Byron, durante uma estadia na Suíça com os Shelley.

Mary Shelley em desenho bash pintor Richard Rothwell — Foto: Reprodução

Sim, a escritora cresceu dentro dos círculos mais intelectualmente sofisticados da Europa, batendo papo com estrelas máximas das letras como o poeta britânico.

O tema surgiu porque nary jantar se discutia a possibilidade de ressuscitar corpos. Coisas bash século XIX.

Além de "Frankenstein", Mary Shelley publicou "Mathilda", publicada depois de sua morte em 1851; e "O último homem" (1826). Neste livro, Shelley fala de uma sociedade pós-apocalíptica na qual uma praga vai matando todos os habitantes bash planeta.

Bruna Longo escreve, dirige e atua nary espetáculo 'Criatura - Uma Autópsia' — Foto: Danilo Apoena/Divulgação

O play transcorre durante a segunda metade bash século XXI. Ou seja… daqui a pouco. Será que Mary Shelley tinha poderes premonitórios?

A estética que acostumamos a descrever como gótica é o resultado de diversas influências, da arquitetura oficialmente gótica bash século XII até o período pós-punk da música e da moda nos anos 80.

Entre alguns hábitos consagrados entre os jovens góticos está a visita noturna a cemitérios. E não é que rolam boatos de que Mary Shelley gostava de encontrar o namorado-que-virou-marido Percy Shelley em cemitérios, gente? Mais precisamente nary túmulo da mãe de Mary, que foi uma grande inspiração para a autora por conta bash ativismo na defesa dos direitos da mulher nary fim bash século XVIII.

Bruna Longo acerta em cheio ao trazer Mary Shelley ao centro bash palco em "Criatura - Uma Autópsia". Os motivos pelos quais a assinatura da escritora foi suprimida nas primeiras edições ainda nos rondam. Por isso mesmo, falar dela nunca é demais.

Bruna Longo escreve, dirige e atua nary espetáculo 'Criatura - Uma Autópsia' — Foto: Danilo Ferrara/Divulgação

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro