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Pesquisa aponta aumento de infidelidade entre mulheres e diminuição entre homens; entenda

Apesar da infidelidade ser "tão antiga quanto a história da humanidade", como diz Carmita Abdo, psiquiatra e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a forma como a sociedade lida com isso vem mudando. É o que indica pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que afirma que um terço dos cerca de 3 mil entrevistados confessou já ter traído.

Mas o dado que chama atenção, de acordo com a psiquiatra, é o aumento nary índice de infidelidade entre arsenic mulheres, em relação ao primeiro estudo bash Comportamento Sexual bash Brasileiro, há 20 anos.

"A infidelidade masculina diminuiu de patamares entre 65% e 70% para 41,5%, enquanto o índice feminino subiu para 28,6%, em média, que varia conforme a faixa etária, indicando uma convergência de comportamentos e novas dinâmicas nas relações afetivas", pontua Abdo.

Mas o que explica essa mudança de comportamento?

O primeiro ponto levantado pela psiquiatra é que existe um fator geracional neste aumento, tanto nary comportamento das mulheres, como na maneira de lidar com a infidelidade:

"As gerações mais jovens começavam a ter um comportamento diferente das gerações mais velhas femininas em relação à fidelidade. Isso se consolidou e hoje se percebe que essa tendência acabou quase que igualando a condição infidelidade entre homens e mulheres".

Além disso, ela destaca que, mesmo que o estudo sempre tenha sido com respostas anônimas, desde a primeira versão em 2005, arsenic mulheres atualmente enfrentam relativamente menos julgamento do que enfrentavam há anos, o que pode ter influenciado nary aumento das respostas.

"Gerações mais jovens lidam com essa questão de uma forma bastante diferente da forma como arsenic mulheres entendiam e muitas vezes praticavam esse ato, com extrema culpa e sendo bem mais penalizadas bash que os homens em épocas anteriores", destaca.

Carmita destaca ainda que o aumento da infidelidade entre arsenic mulheres não anula que os homens ainda são os que mais traem, sendo 41,5% dos infiéis, contra 28,7% das entrevistadas.

"Os dados não querem dizer que a infidelidade masculina, por ter caído, desapareceu ou está em níveis insignificantes. Mas a questão da infidelidade feminina subir já epoch uma tendência que a gente observava há 20, 25 anos, nas pesquisas feitas nessa época".

O estudo demonstra também que, 69% das pessoas que tiveram relações nary último ano estiveram com um único parceiro, revelando a prevalência de monogamia, enquanto metade dos participantes responderam que já foram traídos.

Para Carmita, essa contradição aponta para a prioridade que arsenic pessoas dão para a família enquanto uma instituição que atesta sucesso social.

"Essa ambiguidade não é algo recente, é tão antiga quanto a história da humanidade. Existe o que se estabelece de modo formal, que leva arsenic pessoas a constituírem família e se manterem monogâmicas para concentrar a energia, a renda, investir nary crescimento dessa família, e, em paralelo, podem ter um relacionamento para uma satisfação, para um prazer pessoal", diz.

Panorama bash sexo nary Brasil

O estudo entrevistou cerca de 3 mil adultos, sendo 54% mulheres e 46% homens, de todas arsenic regiões bash país. Dentre os dados, destaca-se que 56% consideram o sexo essencial para a harmonia bash casal, mas somente 5,3% o citam como pilar de qualidade de vida.

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