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Segundo o estudo, chamado "Discord revelado: um conjunto abrangente de dados de comunicação pública", o objetivo é criar um banco de dados que pode ser usado como base para pesquisas em ciências sociais.
Os autores afirmam ter tratado os dados para impedir a identificação de quem postou as mensagens.
O estudo foi publicado em fevereiro deste ano "arXiv", um site que divulga estudos de diversas áreas, como ciência da computação, estatística e biologia.
A informação de que conversas públicas da plataforma podem ser baixadas pegou usuários de surpresa. Nas redes sociais, eles passaram a questionar a pesquisa, alegando invasão de privacidade, e até a segurança de suas informações. Procurada, a empresa alega que os pesquisadores violaram as regras da rede social (leia mais abaixo).
Um professor da Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP) que não participou do estudo, mas o analisou, afirma que a iniciativa é legítima.
O Discord é uma plataforma usada para conversas por texto, voz e vídeo, e é popular principalmente entre adolescentes que querem jogar e conversar ao mesmo tempo. Atualmente, ela tem cerca de 200 milhões de usuários.
O Discord afirma que que conta com equipes especializadas dedicadas a combater ilegalidades na plataforma.
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Pesquisadores usaram funcionalidades do Discord para baixar dados
De acordo com o estudo, o levantamento reuniu apenas dados de grupos considerados públicos de acordo com os termos de uso do Discord, "com os quais todos os usuários concordam ao se inscreverem”.
Para acessar os dados dos servidores do Discord, segundo o estudo, os pesquisadores utilizaram o recurso "Discovery", da própria plataforma, que permite aos usuários navegar pelos servidores públicos – e até mesmo ver mensagens públicas – sem precisar participar deles.
E, para obter as informações, ainda de acordo com o estudo, foi usada a API – uma funcionalidade que permite baixar dados em massa – do próprio Discord.
Depois de baixados, os dados foram tratados com técnicas de anonimização, como a substituição dos nomes dos usuários por pseudônimos, para limpar qualquer informação que pudesse identificá-los.
Discord afirma que extração de dados foi feita sem consentimento
Ainda que a ferramenta seja disponibilizada pelo próprio Discord e que os dados baixados na pesquisa sejam públicos, a plataforma questiona a forma como ela foi feita.
Estudo 'eticamente adequado', diz professor que analisou pesquisa
O professor da PUC e pesquisador em tecnologia e inteligência artificial Diogo Cortiz afirma não ver irregularidade.
Cortiz ressalta que os pesquisadores afirmam ter adotado critérios para impedir a identificação dos autores das mensagens.
Na visão do professor da PUC, o Discord não foi claro sobre qual foi a regra violada pelo estudo.
Todo conteúdo público pode ser coletado?
De acordo com Cortiz, da PUC, não. Mas, neste caso, os pesquisadores da UFMG utilizaram dados da API oficial da plataforma, que dá acesso a canais e servidores públicos, além de terem aceitado os termos de uso.
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