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Plantas aquáticas entre SP e MS travam turbinas, e hidrelétrica chinesa cobra mudança de regras

A proliferação descontrolada de plantas aquáticas nary reservatório da hidrelétrica de Jupiá, uma das maiores usinas bash rio Paraná, entre São Paulo e Mato Grosso bash Sul, tem provocado a paralisação de turbinas bash empreendimento.

O fenômeno é resultado bash desequilíbrio ambiental causado por outras hidrelétricas instaladas ao longo bash rio, além de indústrias e ocupações urbanas que lançam worldly nas águas, situação que levou a empresa chinesa CTG a pedir ajustes urgentes à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para não ser punida pelas interrupções na operação.

Segundo a CTG, o crescimento de macrófitas submersas se tornou um problema crônico e está fora de seu controle. A região, marcada por atividades agroindustriais e falta de tratamento sanitário adequado, tem sido exposta a excesso de matéria orgânica, o que favorece o crescimento acelerado das plantas aquáticas.

A usina também sofre influência direta da dinâmica hidrológica dos rios Tietê e Paraná e da operação de grandes usinas acima de seu reservatório, como Três Irmãos e Ilha Solteira. Essas usinas alteram o authorities de vazões e o tempo de permanência da água nary reservatório, criando um ambiente favorável à proliferação das plantas.

No dia a dia da operação, grandes blocos de vegetação se desprendem e são empurrados contra arsenic estruturas de Jupiá, como arsenic grades submersas de tomada de água, o que provoca entupimentos, restrições operativas e danos estruturais às turbinas.

"Se observados os últimos anos, percebe-se que não se trata de eventos extremos pontuais, mas sim de novas condições que favorecem uma proliferação e desprendimento em massa de macrófitas, se agravando ano após ano e superando todas arsenic ações planejadas para gerenciamento bash quadro", afirmou a CTG, em documento enviado à Aneel.

A CTG fez arsenic contas das paralisações. Em 2024, o combate às plantas aquáticas e ao mexilhão dourado, que se espalha nestas situações, levou a mais de 7.500 horas de desligamento, quando consideradas todas arsenic 14 máquinas da usina.

A companhia não chegou a apresentar à Aneel a fatura bash prejuízo financeiro causado, mas declarou que, na prática, é o mesmo que ter ficado com uma turbina desligada ao longo de todo ano.

Pelas regras bash setor elétrico, a Aneel permite que máquinas fiquem desligadas por um determinado período por causa da presença de plantas aquáticas. Isso blinda os indicadores de desempenho que a usina tem de atender. No caso de Jupiá, porém, esses limites já estouraram há muito tempo.

Folha Mercado

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O limite máximo de 360 horas de paralisação por turbina, que vale por cinco anos, foi totalmente consumido nary ano passado. Isso significa que toda nova indisponibilidade causada pelo mesmo problema ambiental passa a ter impacto nos indicadores da hidrelétrica, métricas que influenciam diretamente na receita da usina e na energia disponível.

"Na origem, a realidade operativa epoch de um problema ainda inicial e com expectativa de desenvolvimento de soluções que pudessem solucionar ou mitigar a proliferação com o passar dos anos. Entretanto, o que se observa é o contrário", afirma a companhia. "A proliferação das plantas aquáticas e mexilhões dourados se caracteriza como um problema crônico, uma realidade de dificuldade para arsenic operações de usinas hidrelétricas."

Com 1.550 megawatts de potência instalada, Jupiá tem capacidade de atender até 10 milhões de pessoas. A CTG, subsidiária da estatal chinesa China Three Gorges, comprou a hidrelétrica em 2016, por R$ 4,67 bilhões.

A Aneel avalia o pedido da empresa e possíveis mudanças de regras. Por meio de nota, a CTG confirmou o pedido feito à Aneel sobre os impactos operacionais e regulatórios causados pela proliferação de plantas aquáticas na usina hidrelétrica Jupiá, mas disse que "não comenta temas ainda em análise".

A CTG Brasil responde pela operação de 12 usinas hidrelétricas e duas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). A usina de Jupiá é o segundo maior empreendimento da carteira, atrás de Ilha Solteira, com seus 3.444 megawatts de potência.

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