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PLP 128/25, inflação nos EUA, relatório do BC: os destaques da quinta

Senado aprova corte de 10% em benefícios fiscais para garantir meta de 2026

  • O Senado aprovou ontem o PLP 128/2025, que reduz em 10% os benefícios fiscais federais de diversos setores. O texto teve 62 votos favoráveis e 6 contrários, após acordo entre governistas e oposição que também liberou a votação do Orçamento de 2026.
  • O corte atinge incentivos de PIS/Cofins, IPI, IRPJ e CSLL, mas preserva benefícios constitucionais como os da Zona Franca de Manaus, da cesta básica e do Simples Nacional. A medida deve gerar R$ 17,5 bilhões em receita adicional para o governo federal no próximo ano.
  • No total, o projeto prevê arrecadação bruta de R$ 22,45 bilhões em 2026, somando também R$ 2,5 bilhões com aumento da tributação sobre JCP (Juros sobre Capital Próprio), R$ 1,6 bilhão de fintechs e R$ 850 milhões de sites de apostas. Os recursos são essenciais para a meta fiscal de superávit primário de R$ 34,3 bilhões, equivalente a 0,25% do PIB.
  • A aprovação veio após o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), articular um acordo que incluiu a votação do PL da Dosimetria (PL 2.162/2023), aprovado por 48 a 25 votos sob críticas do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que chamou o texto de "infame". Lula sinalizou que deve vetar a Dosimetria

Inflação de novembro nos EUA sai após shutdown

  • O BLS (Escritório de Estatísticas do Trabalho) divulga hoje às 10h30 (hora de Brasília) o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) de novembro nos Estados Unidos. A expectativa do mercado é de que a inflação em 12 meses fique em 3,1%, acima dos 3,0% registrados em setembro e ainda distante da meta de 2% do Federal Reserve (banco central).
  • A leitura desta quinta tem uma peculiaridade: o relatório de outubro foi cancelado por conta da paralisação de 43 dias do governo americano, que afetou a coleta de dados e encurtou a janela de levantamento de novembro. Por isso, algumas casas estimam que o núcleo possa vir até 0,15 ponto percentual abaixo do "real" nesta leitura, com eventual correção em dezembro.
  • Com a inflação ainda perto de 3%, o Fed tende a manter postura cautelosa. A curva de juros precifica cortes em 2026, mas em ritmo moderado. Se o dado vier acima do esperado ou mostrar núcleo mais pressionado, as apostas em cortes antecipados perdem força, o que tende a fortalecer o dólar e pressionar Bolsas e ativos de risco; se vier abaixo, reforça a tese de desinflação e abre espaço para alívio nos mercados.

BC publica Relatório de Política Monetária do 4º trimestre

  • O Banco Central publica hoje o Relatório de Política Monetária do quarto trimestre, documento que detalha os cenários e projeções que embasam as decisões do Copom. A Selic está em 15% ao ano, maior patamar em quase uma década, refletindo a dificuldade de trazer a inflação para a meta de 3%.
  • O relatório deve atualizar as projeções de inflação do BC, que provavelmente seguem acima de 4% em 2025, com convergência para algo um pouco acima de 3% só em 2027. O documento também traz a avaliação do comitê sobre os principais riscos: de um lado, pressões de serviços e câmbio; do outro, desaceleração global e queda de commodities.
  • Para o mercado, o foco estará na discussão sobre expectativas de inflação e sobre o cenário fiscal. Qualquer sinal de preocupação maior com expectativas desancoradas tende a reforçar a hipótese de juros altos por mais tempo.
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Veja o fechamento de dólar e Bolsa na quarta (17):

  • Dólar: +1,09%, a R$ 5,522
  • B3 (Ibovespa): -0,79%, aos 157.327,27 pontos.

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