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Pressão política derruba Ibovespa e dólar; veja os destaques da quarta

Pré-candidatura de Flávio Bolsonaro pressiona Ibovespa e dólar

  • A confirmação da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência em 2026 provocou forte reação negativa no mercado financeiro. Ontem (16), o Ibovespa caiu 2,42%, fechando em 158.557,57 pontos, com giro de R$ 31,4 bilhões. O dólar subiu 0,73%, a R$ 5,463, e os juros futuros também avançaram.
  • A pesquisa Genial/Quaest divulgada ontem reforçou as preocupações do mercado. Realizada entre 11 e 14 de dezembro com 2.004 eleitores, mostra Flávio com 23% das intenções de voto no primeiro turno contra 41% de Lula, mas com chances mínimas de vitória no segundo turno.
  • Entre os nomes da direita, Flávio teve o melhor desempenho no primeiro turno, superando Tarcísio de Freitas (10%). No segundo turno, porém, ambos perdem para Lula por 10 pontos percentuais.
  • A alta rejeição de Flávio Bolsonaro, 60% do eleitorado, igual à de Jair Bolsonaro e superior à de Lula (54%), limita sua viabilidade eleitoral. Apesar disso, sua candidatura fortalece o PL no Congresso e bloqueia Tarcísio de Freitas, visto pelo mercado como opção moderada.

Petróleo cai aos menores valores desde 2021, mas Trump reverte parte da queda

  • O preço do petróleo caiu quase 3% ontem, atingindo os menores valores desde 2021. O Brent fechou a US$ 58,92 (queda de 2,7%) e o WTI a US$ 55,27 (baixa de 2,8%). A queda foi motivada por expectativas de um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, o que liberaria mais oferta russa no mercado. Além disso, a demanda fraca da China e a percepção de excesso de oferta da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) agravaram o movimento.
  • Na noite do mesmo dia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou o bloqueio total a petroleiros sancionados entrando e saindo da Venezuela. Trump classificou o regime de Maduro como organização terrorista estrangeira, intensificando a pressão sobre as exportações venezuelanas, especialmente para a China. A medida elevou o prêmio de risco geopolítico no mercado, revertendo parte da queda anterior: o petróleo subiu mais de 1% no aftermarket e no início das negociações asiáticas de 17 de dezembro, com o Brent a US$ 59,71 (alta de 1,3%) e o WTI a US$ 55,78 (alta de 1,2%).
  • As ações da Petrobras acompanharam a queda do petróleo durante o pregão de ontem: as ordinárias (ON) recuaram 2,74%, a R$ 32,31, e as preferenciais (PN) caíram 3,03%, a R$ 30,74. Como a Petrobras depende dos preços internacionais do petróleo, seus papéis são sensíveis às oscilações da commodity. A alta noturna do petróleo pode impulsionar recuperação das ações no pregão de hoje, aliviando parte da pressão sobre os papéis.

Veja o fechamento de dólar e Bolsa na terça (16):

  • Dólar: +0,73%, a R$ 5,462
  • B3 (Ibovespa): -2,42%, aos 158.557,56 pontos.
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