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Primeiro emprego: veja como organizar as finanças desde já

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O primeiro salário é motivo de orgulho e empolgação. Muitas vezes, antes mesmo de cair na conta, o dinheiro já está comprometido —seja com o presente que você prometeu a si mesmo há tempos, seja para quitar dívidas familiares.

É justamente nessa fase, quando as contas começam a aparecer e as responsabilidades aumentam, que muitos jovens cometem erros financeiros que podem se arrastar por anos. Por isso, aprender a se planejar desde cedo é fundamental para organizar o orçamento e dar os primeiros passos rumo à independência financeira.

A planejadora financeira e professora de finanças da FGV Myrian Lund explica que desde o primeiro pagamento é necessário poupar uma parcela. "O salário não deve entrar na sua conta para fazer vários pagamentos, o segredo é ter objetivos."

O ideal é guardar sempre 30% do salário. Mas, para quem está começando agora, o recomendável é separar pelo menos 10%, para seus sonhos e objetivos de vida. Myrian Lund, professora de finanças da FGV

Quanto mais cedo o hábito de guardar uma porcentagem dos ganhos mensais fizer parte do planejamento mensal das contas pessoais ou da família, menos dificuldades o jovem terá para se adaptar ao planejamento financeiro. "Isso vai fazer muita diferença lá na frente", diz Carlos Castro, planejador financeiro certificado pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro.

Reserva de emergência

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No começo da vida financeira, a prioridade é montar uma reserva de emergência. "Para quem está começando, a primeira recomendação é: aprenda a guardar primeiro antes de gastar", indica Castro.

O ideal é que a reserva seja suficiente para cobrir de três a seis meses de despesas. Para descobrir quanto precisa guardar, vale anotar detalhadamente cada saída de dinheiro —das contas essenciais ao carro por aplicativo do fim de semana.

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Dessa forma, é possível entender de quanto você precisa para manter o seu padrão de vida por um mês e depois multiplicar os valores para compor a reserva.

Todo mundo acha que sabe quanto gasta, mas quando coloca tudo no papel, descobre que não é bem assim. Aí está o grande erro. Carlos Castro, planejador financeiro certificado pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro

Depois de investir em uma reserva de emergência, também é preciso pensar no futuro. Myrian indica ter em mente três tipos de reserva quando se trata de dinheiro: a de emergência, o plano de aposentadoria e os investimentos para realização de sonhos.

Comece um plano de previdência, com o que você puder. Se você já se habitua a fazer pequenos aportes mensalmente, isso vai trazer liberdade, que é o que todo mundo quer. Myrian Lund, professora de finanças da FGV

Como investir

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No início da vida financeira o importante na hora de investir é não correr riscos e ter a garantia que o dinheiro possa ser sacado imediatamente, em casos de emergência. Para isso, os melhores investimentos são os de renda fixa e com liquidez diária.

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CDB: os certificados de depósito bancários funcionam como um empréstimo de dinheiro ao banco que, em troca, devolve o valor investido com juros. O rendimento dessa aplicação geralmente está atrelado ao CDI, taxa que espelha a Selic.

Tesouro Selic: Título público que acompanha a Taxa Selic, considerado um dos investimentos mais seguros do país.

Hoje em dia, é possível começar a investir com pouco, sem a necessidade de aplicar grandes quantias em uma única ação, possibilitando que investir já se torne uma opção desde o primeiro salário. "Em títulos do tesouro, por exemplo, j´é possível investir investir com um pouquinho mais de R$ 30", diz o planejador financeiro.

Cuidado com o crédito

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O cartão de crédito pode ser um bom aliado no dia a dia e, atualmente, oferece vários benefícios, como troca de pontos por bens de consumos ou acúmulo de milhas aéreas. Mas atenção, ele não pode ser considerado uma renda extra.

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"Se você ganha mil reais e tem no cartão de crédito um limite de mil, você assume que você ganha, por mês, dois mil reais. É assim que os brasileiros fazem", diz Castro. São nesses casos que o cartão se torna um problema: com o acúmulo de dívidas e o aumento dos juros surgem os endividamentos.

Desde cedo a gente tem que aprender a viver um pouquinho mais abaixo daquilo que gostaria. Porque temos inúmeros sonhos e desejos, e a gente não vai conseguir realizar tudo isso ao mesmo tempo. Normalmente, os nossos desejos são ilimitados, mas o salário tem limite. Carlos Castro, planejador financeiro certificado pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro

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