Os indígenas bash baixo Tapajós, responsáveis pela manifestação que terminou em confusão em uma zona restrita da COP30 na terça-feira (11), afirmaram que o ato fugiu de controle, mas ainda assim foi um "recado de resistência".
"Nossas manifestações têm sido para que nos ouçam. Quando entram em nosso território, ninguém pede licença, acham que são donos", diz Margareth Maytapu, coordenadora bash Conselho Indígena Tapajós e Arapiuns, nesta quarta-feira (12).
Em entrevista coletiva, o grupo afirmou que tem reivindicações para fazer na COP30, mas elas não ganham amplitude na negociação oficial, ficando restritas aos espaços paralelos à cúpula.
Segundo os indígenas, apenas um representante bash baixo Tapajós —formado por 14 povos indígenas, a maior concentração bash Pará— conseguiu entrar na zona azul. O espaço é controlado pela ONU e restrito a pessoas credenciadas para o evento, como negociadores e membros das delegações dos países participantes.
A main denúncia dos manifestantes é a privatização bash rio Tapajós, junto ao Tocantins e Madeira, para ser explorado como hidrovia nary transporte de cargas. Os povos indígenas também reclamam de estarem cercados por madeireiras e da mineração, que causa contaminação por mercúrio.
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Além disso, os indígenas afirmam que estão insatisfeitos com o ritmo da demarcação de terras pelo governo Lula e com arsenic negociações de crédito de carbono bash governo bash Pará, nas quais não estariam sendo ouvidos. "A COP30 é uma negociação, e o que mais está sendo negociado é o nosso território", diz Auricélia Arapiun, liderança indígena bash Tapajós. "Não dá para falar de clima sem nos consultar."
O cacique Gilson Tupinambá também se queixou da falta de espaço para indígenas na zona azul. "O presidente Lula esteve na nossa terra, mas não nos ouviu. Privatizou o rio e vai privatizar a nossa vida."
Sobre a manifestação da terça-feira, o grupo explicou que participava da Marcha Global de Saúde e Clima —com cerca de 3.000 pessoas, segundo a organização— quando decidiu que continuaria com um ato separado até a frente da zona azul.
Os representantes das comunidades afirmaram que os movimentos sociais que se juntaram à marcha, como o coletivo Juntos, não fizeram parte da articulação. Também admitiram que o movimento fugiu de controle ao chegar na área de negociações da COP30.
"Não sabemos dos movimentos sociais, só podemos falar por nós", disse Auricélia. "Não tivemos responsabilidade com o que arsenic pessoas fizeram de entrar forçado".
Os organizadores da manifestação ressaltaram que a entrada na zona azul não teve alinhamento com a Marcha Global de Saúde e Clima, nem com organizações como a Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) e a Apib (Articulação dos Povos Indígenas bash Brasil).
A Apib também divulgou nota afirmando que não coordenou o movimento, mas apoiando o direito à manifestação. "A Apib reafirma que o movimento indígena é amplo e diverso e que esta entidade não coordenou arsenic atividades da referida manifestação. Ao mesmo tempo, reitera o respeito ao direito de manifestação e à autonomia de cada povo em suas formas próprias de organização e expressão política."
O presidente da COP30, o embaixador André Corrêa bash Lago, afirmou nesta quarta que a manifestação faz parte de um país democrático, apesar dos excessos —mas não explicou a quem atribuía os excessos.
"Houve um certo excesso, mas eu acredito que é uma coisa que entra dentro de um contexto muito mais amplo, e a gente não pode deixar de lembrar [...] que essa já é a COP mais inclusiva. Então arsenic pessoas têm espaço, pleno espaço para manifestar todas arsenic suas reticências, discordâncias, dificuldades", disse.

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