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No vídeo de divulgação desse CMO de IA, o fundador da Icon promete fazer centenas de anúncios em poucos minutos e ainda analisar em toda a internet quais anúncios são matadores e fazer um clone deles. Ou até fazer novos anúncios.
Alô, CEO. Tudo marketing, né? Porque não dá para substituir CMO assim, vamos combinar. (A Icon pode até ter sido a primeira, mas agora já tem a concorrência do próprio Facebook, que na semana passada se lançou com a agência que pode fazer tudo).
Vamos ao que importa
O pessoal lá da Praia do Forte precisa mesmo é dar uma olhada nesse estudo inédito que o Google Brasil fez e passou com exclusividade para esta coluna.
A equipe no Brasil desenvolveu um índice de maturidade de uso de IA no marketing com base em uma pesquisa realizada com os 100 maiores anunciantes (note que são só os 100 maiores, não tem pequena empresa nessa pesquisa). Eles descobriram que míseros 6% desses anunciantes estão nos estágios mais avançados do marketing digital com uso de inteligência artificial generativa.
Na mediana, as empresas brasileiras ou estrangeiras que atuam no Brasil estão apenas no início do segundo estágio de maturidade de uso de IA. O Google considera quatro estágios: exploração, expansão, liderança e transformação.
Entre os setores, os mais atrasados estão na indústria farmacêutica e na de fabricantes de automóveis. Tem montadora que mal começou a explorar a IA para fazer publicidade. A fase de exploração é aquela em que você começa conversando com ChatGPT ou Gemini ou Claude ou qualquer um desses.
Entre os anunciantes que estão em estágios mais avançados, já caminhando para a fase de liderança, estão os setores de moda, varejo, viagens e telecomunicações (nesta ordem).
Mais dois dados interessantes do índice gMat4IA (sim, esse é o nome) feita pela equipe no Brasil. (Índice tipo exportação. Deverá ser usado por outros países.)
1. 80% desses anunciantes alimentam IA com textos descritivos de seus produtos. Menos da metade alimenta com imagens, logos e vídeos.
2. 57% usam IA generativa para vendas e marketing e 34% dessas observam retorno positivo sobre o investimento.
Não sabe por onde começar? O diretor-geral de publicidade do Google, Gustavo Souza, que liderou esse estudo, lembra o básico. Dados e dados. Reúna dados dos seus clientes. Inclusive, dos que compram em lojas físicas.
"Eu uso o mesmo desodorante há 20 anos. Minha esposa diz que a marca deveria ter uma foto minha na parede. E essa marca simplesmente não faz ideia de que eu uso o produto dela há tanto tempo."
Não sou eu que vou contar, né? Vocês que lutem.
FOMO
O Gustavo, que é diretor em uma empresa IA First, me confessou que tem FOMO de IA. Toda semana aparece uma coisa nova.
Momento Shop
Por falar em coisa nova toda hora, dá uma olhada nesse movimento aqui das últimas semanas.
1. Estreou o TikTok Shop no Brasil com a ideia de que podemos comprar o que vemos no vídeo que estamos assistindo.
2. Lá nos Estados Unidos, a Amazon lançou o "Shop the show". Você compra na hora o produto de desejo que apareceu na cena do filme ou série ou eventos esportivos que estiver assistindo (mesmo conceito do TikTok).
3. Lançamento do Perplexity Shop, também nos EUA. Perplexity, para quem não sabe ainda, é uma ferramenta de busca ao estilo Google, mas que entrega as respostas em um único texto usando IA sem deixar de apresentar todos os sites em que fez a busca. Eles fizeram uma parceria com o Paypal que permite a compra diretamente da ferramenta.
4. Visa e Mastercard lançaram sistemas de pagamento para fazer compras diretamente com agentes de IA.
Fora o que eu não vi. Ai, meu Deus, agora fiquei com FOMO também.
Magalu está se mexendo
A Magazine Luiza fez uma campanha de WhatsApp no Dia das Mães (que bateu no coração, viu? Campanha emocionante). As pessoas que finalizavam compras no e-commerce ou que foram impactadas nas redes sociais recebiam o convite para ir no Zap da Lu da Magalu para transformarem suas fotos com as mães em uma versão em filme. A campanha criada pela Ogilvy foi um sucesso.
A Lu, que está ganhando um cérebro de IA, trocou 500 mil mensagens e no pico de audiência a ferramenta criou 427 vídeos por minuto. Mas o Bernardo Leão, o líder de marketing da Magalu, me contou o pulo do gato. Esse foi um teste da ferramenta WhatsApp. Nos próximos meses, a Magalu vai com tudo para vender direto no Zap. (Lembrando que 97% dos celulares no Brasil têm o aplicativo. Alguém já viu uma coisa assim em outro lugar?)
Sobre o TikTok Shop? O Bernardo lembra que a Magalu é uma das empresas mais presentes na plataforma hoje e ele diz que em vez de concorrente, o TikTok Shop será mais um canal de vendas.
Vai ter farmácia no The Town
A Pague Menos vai patrocinar o festival The Town pela primeira vez na sua história. Vai investir uns R$ 2 milhões para abrir uma farmácia de verdade no meio do festival. Nunca antes na história do The Town. Conhecendo o Renato Camargo, o vice-presidente da rede, ele vai dividir esse investimento com as farmacêuticas que quiserem vender seus produtos na lojinha da Pague Menos. Já fez isso no BBB.
Relacionamento é tudo
Os festivais de música que são gerenciados pelo grupo Dreamers viraram um grande ponto de relacionamento da Artplan (agência de publicidade do grupo). Como diz o Antonio Fadiga, todas as marcas do Brasil acabam passando por lá em algum momento.
Esta semana estive batendo um papo com o Oliver Haider, que comanda o marketing do Grupo Porto, e eles também vão estar no The Town. No caso da Porto Seguro, esse tipo de patrocínio serve para fazer relacionamento com os corretores. Se tem um cliente que é rei, esse cliente é o corretor de seguros. Então todos aqueles que batem metas ganham essas experiências em Interlagos, como The Town e o GP de Fórmula 1.
Beijo, me liga
Por hoje, chega. E se você não entendeu a piadinha interna da Praia do Forte é porque você não está na Praia do Forte. Mas, tudo bem, eu também não. (Ah, tá bem, eu conto a piadinha interna. Está tendo um megaevento de CMOs por lá.)
Reportagem
Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
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