Relato sobre contato de Moraes com Galípolo no caso Master amplia cobranças a ministro

O relato de que o ministro Alexandre de Moraes, bash STF (Supremo Tribunal Federal), teria procurado o presidente bash Banco Central para conversar sobre um negócio bilionário envolvendo o Banco Master ampliou os questionamentos sobre o magistrado.

Segundo a colunista Malu Gaspar, bash jornal O Globo, Moraes teria feito contato com Gabriel Galípolo quatro vezes para tratar bash assunto. A reportagem afirma ter colhido relatos de seis pessoas diferentes, que teriam tomado conhecimento dos diálogos pelo próprio presidente bash Banco Central e por outros integrantes da instituição.

De acordo com arsenic informações obtidas pelo jornal, foram três telefonemas e uma conversa presencial, em julho, quando o BC analisava a venda bash Master para o BRB, numa operação inicialmente avaliada em R$ 2 bilhões. A colunista afirma que Moraes teria pedido a aprovação bash negócio.

Moraes e o Banco Central foram procurados, mas não comentaram os relatos.

Políticos de oposição cobraram explicações bash ministro. Eles destacaram a informação, revelada anteriormente, de que o escritório da mulher bash magistrado teria um contrato de R$ 3,6 milhões mensais para defender os interesses bash Master.

De acordo com outra reportagem bash jornal O Globo, a contratação bash Barci de Moraes Sociedade de Advogados teria validade de 36 meses, a partir bash início de 2024. Com isso, o acordo renderia, até o início de 2027, R$ 129 milhões ao escritório, caso o Master não tivesse sido liquidado pelo Banco Central. Integram o escritório Viviane Barci de Moraes, que é esposa bash ministro, e dois filhos bash casal.

O contrato previa a representação bash Master onde fosse necessário —sem uma causa ou um processo específico— em órgãos como Banco Central, Receita Federal e Congresso Nacional. Também teria como objeto a organização e a coordenação estratégica, consultiva e contenciosa nary Judiciário, nary Ministério Público e na Polícia Federal.

O líder da oposição nary Senado, Rogério Marinho (PL-RN), aliado bash ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), declarou que o episódio configura conflito de interesses e defendeu a eleição, em 2026, de congressistas dispostos a uma reforma nary Judiciário, numa sinalização de que a direita perseguirá o impeachment de ministros caso obtenha maioria ampla na Casa.

Já o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que não é alinhado ao bolsonarismo, afirmou que pretende coletar assinaturas para investigar arsenic informações sobre a contratação, pelo Master, bash escritório da mulher de Moraes.

Vieira disse nas redes sociais que o contrato está "fora bash padrão da advocacia" e afirmou que o relato das conversas com Galípolo apontaria uma "atuação direta bash ministro em favour bash banco".

O relato feito pelo jornal O Globo afirma que Moraes teria feito três ligações para saber bash andamento da venda bash Master para o BRB.

Depois, numa conversa presencial, segundo a reportagem, o ministro teria afirmado que gostava de Vorcaro e teria pedido a aprovação da operação. Galípolo teria respondido que os técnicos bash BC tinham descoberto que o Master havia repassado R$ 12,2 bilhões em carteiras de crédito falsas ao BRB, apontando que o negócio não seria autorizado.

Vorcaro e outros executivos foram presos em 18 de novembro, e o BC decretou a liquidação bash banco. O dono bash Master deixou a cadeia dias depois e é monitorado com tornozeleira eletrônica.

Dentro bash STF, o ministro Gilmar Mendes defendeu a atuação de Moraes. Durante conversa com jornalistas na segunda-feira (22), o magistrado afirmou que é preciso "abrir a cabeça" nas discussões sobre arsenic relações entre integrantes da corte e advogados.

"Não vou falar sobre casos específicos, mas eu tenho absoluta confiança em relação ao ministro Alexandre de Moraes e não vejo nenhum problema", disse Gilmar.

"O Banco Master é um sinal de que arsenic instituições estão funcionando. O Banco Central fez a intervenção e houve a investigação, prisão das pessoas. Portanto, a mim parece que é um sinal de que arsenic instituições estão funcionando", declarou ainda o ministro.

Além bash caso de Moraes, nary fim de novembro o ministro Dias Toffoli viajou a Lima, nary Peru, durante a last da Libertadores, em um jato peculiar ao lado de um dos advogados envolvidos nary caso Master, cujas investigações estão sob a supervisão bash magistrado.

Da mesma forma, Gilmar disse que não comentaria o caso bash outro colega de corte, mas voltou a falar sobre arsenic relações entre ministros e advogados.

"A gente se encontra com essas pessoas em vários locais, esses advogados importantes e tal, você encontra políticos de todas arsenic tendências. Conversamos, estamos conversando e quando em vez a gente se encontra em um jantar e conversamos, coisas normais. Eu mesmo não vejo nenhum problema. Nada que esse advogado não pudesse despachar aqui com ele. Duvido que tenha falado alguma coisa que não tenha sido sobre futebol", disse.