O ministro Celso Sabino (sem partido) afirmou, nesta quarta-feira (17), que deixará o Ministério do Turismo porque seu cargo foi requisitado ao presidente Lula (PT) pelo partido do qual foi expulso, o União Brasil. Sabino disse entender a decisão, feita em nome da governabilidade e dos esforços do governo para melhorar a relação com o Congresso.
"Houve essa demanda do União Brasil para indicar um ministro para o Ministério do Turismo, e eu compreendo perfeitamente. [...] Agradeço muito ao presidente Lula por ter confiado no nosso trabalho", disse à imprensa. Sabino retorna ao seu mandato de deputado federal na Câmara.
A saída de Sabino foi anunciada por Lula durante esta tarde. De acordo com o ministro, a demissão vinha sendo conversada há alguns dias e foi sacramentada em uma reunião da ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) com membros do União Brasil nesta terça (16).
Sabino deve ser substituído por Gustavo Feliciano, filho do deputado federal Damião Feliciano (União Brasil-PB). Gustavo foi secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba. Como mostrou a Folha, a indicação partiu da ala governista da bancada do União Brasil na Câmara e teve o aval do presidente da legenda, Antonio Rueda.
Na avaliação do ministro, a indicação ao cargo demonstra que o União Brasil, que havia anunciado o desembarque e o rompimento com o governo Lula, agora está de volta à base. Sabino evitou comentar se vê incoerência no movimento da sua antiga legenda e disse que deixava essa leitura para os comentaristas.
"Foi [uma indicação do União Brasil]. Eu acho que essa indicação mostra que já voltou", respondeu Sabino ao ser questionado sobre haver um movimento de volta do partido à base governista.
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"Eu imagino que o partido deva ter tido suas razões para se afastar do governo e, agora, para se aproximar de novo. O que importa é que o governo tenha governabilidade", completou.
Ele mantém sua fidelidade a Lula e diz ter o apoio do presidente para concorrer ao Senado em 2026. Sabino está em busca de um novo partido e descarta somente a filiação ao PL.
O ministro, que se tornou um desafeto de Rueda, foi expulso do União Brasil no último dia 8, depois que o partido anunciou o desembarque da base, em setembro, e exigiu que ele entregasse o cargo, o que ele não fez em razão da realização da COP30 em novembro.
"Tomei a decisão de permanecer no governo, ao lado do presidente Lula, e concluir projetos importantes da COP30. Eu não poderia ter abandonado o posto em 24 horas", disse Sabino, acrescentando ter sido coerente e responsável com o país.
O União Brasil pretendia apoiar a candidatura presidencial do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) junto com o PP, mas a possibilidade esfriou com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se lançando ao Planalto. Agora, o cenário para a federação está em aberto, e parte de seus líderes passaram a defender a neutralidade.
Na entrevista à imprensa, porém, Sabino disse que a reaproximação do partido com Lula não tem relação com a candidatura de Flávio.
"Não vejo relação, porque, qualquer que seja o oponente do presidente Lula nas eleições do ano que vem, ele vai sofrer uma derrota. Nós vamos vencer essa eleição, e eu aposto que será no primeiro turno. Então não vejo qualquer relação com a escolha do candidato da oposição esse retorno, vamos dizer assim, do União Brasil à base do governo", disse.
Sabino ressaltou ainda que o governo e o Ministério do Turismo vivem um bom momento e que ele deixa a pasta com geração de empregos e faturamento recorde.

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