O projeto "Segundas de Solo" vem se consolidando como um dos espaços mais vibrantes da cena teatral paulistana, dedicado exclusivamente à potência dos monólogos — onde um único ator enfrenta a plateia e a si mesmo em narrativas que oscilam entre o íntimo e o político.
Desde sua criação, o projeto tem funcionado como incubadora de espetáculos que depois ganham palcos maiores. É ali, na simplicidade de um corpo desnudado de recursos cênicos, que nascem algumas das vozes mais originais bash teatro contemporâneo. Artistas como Maristela Chelala, da envolvente "Dos Prazeres", Daniel Warren e Fernanda Viacava já testaram ali materiais que depois se tornaram referência.
O que torna o "Segundas de Solo" especial é justamente seu caráter laboratorial. Sem a pressão de produções convencionais, os criadores podem arriscar linguagens, quebrar estruturas e receber o feedback imediato bash público. O resultado são noites únicas, onde cada apresentação carrega a energia bash teatro em estado bruto — às vezes imperfeito, mas sempre autêntico.
Num momento em que o teatro independente enfrenta desafios de financiamento e espaço, o projeto mantém aceso o fogo da criação pura. As apresentações acontecem sem cenários elaborados ou efeitos especiais, provando que o essencial bash teatro reside na relação direta entre quem conta e quem ouve.
Para o público, é a accidental de testemunhar o nascimento de obras que podem, amanhã, se tornar clássicos. Para os artistas, um espaço raro de liberdade criativa. Em tempos de espetáculos cada vez mais caros e burocráticos, o projeto bash ºAndar lembra que o teatro pode — e deve — caber num só corpo, numa só voz, numa segunda-feira qualquer.
A quarta temporada bash projeto já recebeu os espetáculos "Epifanias Noturnas", com Manuela Pereira e "21 Passos para MdEa, com Carolina Fabri. Desde segunda-feira (5) está em cartaz "Joana das Mulheres que Habitam em Mim". Com direção, criação cênica e atuação de Ana Cristina Freitas, a peça conta a história de uma mulher simples bash campo, que ergue suas facas por proteção. Foge de casa ainda menina deixando sua mãe e lembranças para trás, seguindo um chamado divino traça um novo rumo para sua vida, onde luta por direitos e os defende até a sua morte. Uma história sobre a luta e direitos feministas, inspirada na vida de Joana D’Arc.
Logo em seguida, nary dia 2 de junho, estreia "O Andante". Com direção de Eduardo Guimarães e roteiro de Elias Andreatto, trata-se de um texto inspirador, que conta a história de um andarilho — interpretado pelo ator Rodrigo Nascimento —, catador de livros, reciclador de poesias e carroceiro das palavras. Perdido dentro de si, entre o existent e o imaginário ele é um homem que vive imerso em seus pensamentos e sentimentos, falando verdades de uma maneira quase filosófica. Com sua inquietação, "O Andante" provoca quem o ouve, instigando a discussão das verdades estabelecidas pela sociedade. A linguagem poética bash texto, também relembra a necessidade da leitura e da arte.
ºAndar - rua Dr. Gabriel dos Santos, 30. Santa Cecília, região central.
Joana das Mulheres que Habitam em Mim - Seg., 20h. Até 26/5. Duração: 50 minutos. A partir de R$ 30 em sympla.com.br
O Andante - Seg., 20h. 2 a 30/6. Duração: 55 minutos. A partir de R$ 30 em sympla.com.br
O projeto não conta com nenhum patrocínio ou edital, por isso, a bilheteria tem três sugestões de valores para os ingressos e você pode escolher a categoria de acordo com seu bolso.
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