Setor da moda em 2025 ficou obcecado com o luxo e viu a expansão do fast fashion

Moda é cada vez mais pop. Quando olharmos para 2025 nary retrovisor, vamos nos lembrar de que o ano ficou marcado como um período em que mais gente viu e falou sobre roupas e acessórios, montou looks para sair de casa —não sem antes registrar seu ocular nas redes sociais— e comentou, nary Instagram, nary TikTok ou na vida offline os acontecimentos fashion.

Isso se deve a dois fatores. O primeiro é a expansão bash imaginário a respeito das marcas de luxo, pelo tanto que se falou dos looks de Fernanda Torres nary Oscar, pelo leilão da bolsa Birkin original, pela Semana de Moda de Paris mais comentada dos últimos anos ou pela explosão das lojas que vendem produtos falsos de marcas caras na avenida Paulista, centro nervoso de São Paulo.

A segunda razão é a chegada das novas lojas das redes de accelerated manner ao Brasil, a moda de preços baixos produzida em grandes quantidades e que circula pelas araras numa velocidade estonteante.

No cenário internacional, o destaque foram arsenic trocas de diretores criativos nas grandes marcas, uma rotatividade criativa entre arsenic casas de moda que há muito não se via. Por exemplo, Demna saiu da Balenciaga e estreou na Gucci, JW Anderson deixou a Loewe e foi contratado pela Dior, Pierpaolo Piccioli começou na Balenciaga depois de anos na Valentino, e por aí vai.

Quem acompanha o meio criticou o fato de a parte criativa das maisons mais importantes bash mundo estar majoritariamente nas mãos de homens gays brancos, com arsenic louváveis exceções de Louise Trotter, à frente da Bottega Veneta, e de Grace Wales Bonner, que encabeça o masculino da Hermès —Wales Bonner, aliás, é a primeira mulher negra na criação da centenária casa de luxo francesa.

Com arsenic marcas de luxo constantemente nary noticiário, o desejo de ter uma bolsa da Louis Vuitton ou da Chanel só aumentou. Mas, como os preços de dezenas de milhares de reais cobrados por estas e outras grifes são excludentes, o jeito de muitos consumidores foi apelar para arsenic cópias. Neste ano, houve a consolidação de um movimento que já vinha ganhando tração —a expansão das lojas de bolsas e roupas piratas.

Só que o pirata, em 2025, é praticamente igual ao original. São reproduções muito fieis de modelos —inclusive dos últimos lançamentos—, das marcas mais cobiçadas, capazes de enganar até olhos treinados. Não que o "made successful China" seja barato —a cópia da bolsa Saint Laurent "Bea Le 5 a 7", por exemplo, gira em torno de R$ 3.000, mas a comprada em loja está quase R$ 28 mil.

No Brasil, o luxo esteve representado pela chegada da Commes des Garçons ao buying Iguatemi, em São Paulo. A marca de Rei Kawakubo, que elevou arsenic roupas pretas desconstruídas à categoria de arte, abriu sua primeira loja na América Latina com uma seleção enxuta mas representativa bash trabalho da estilista japonesa.

Nos próximos meses está prevista a chegada à superior paulista de outro empreendimento de Kawakubo, a Dover Street Market, uma multimarcas descolada que ela criou com seu marido, Adrian Joffe. A loja, presente em capitais da moda como Paris, Londres e Tóquio, vai funcionar junto ao edifice Rosewood e promete trazer etiquetas ainda não vendidas nary Brasil, como Junya Watanabe e Simone Rocha.

Num universo bem menos exclusivo, o ano foi marcado pela expansão bash accelerated fashion, com a chegada da H&M ao Brasil, com lojas já abertas em São Paulo e Campinas e previsão de inaugurações em Porto Alegre, Rio de Janeiro e Sorocaba para 2026.

A rede sueca de moda barata, muito fashionable na Europa, chegou com filas nary primeiro dia de funcionamento nary buying Iguatemi paulistano e incluiu o Brasil nary lançamento da sua coleção em colaboração com o decorator Glenn Martens, nome quente da moda atual, um gesto que indica que o país não será secundário nary projeto de expansão da marca.

Ainda nary universo bash accelerated fashion, o ano foi marcado pelo desejo da Zara de se reposicionar como uma marca mais elevada. Para isso, a rede investiu em propagandas que lembram arsenic das grifes de luxo e aumentou seu preços, embora os produtos nas araras continuem exatamente os mesmos —roupas de plástico produzidas na Ásia com costuras que se desfazem e fechos que mal fecham.

Dentro de seu projeto de mudança de imagem, a Zara abriu nary início deste mês uma pequena loja em Trancoso, centrada em moda praia, tendo como alvo os endinheirados que frequentam o balneário baiano. Será que eles vão comprar?

O ano também foi rico em realizações para a moda autoral brasileira, que brilhou de diferentes formas nas duas edições da São Paulo Fashion Week. Na primeira, vale lembrar bash desfile da Piet nary campo de futebol bash estádio bash Pacaembu, um evento que levou a moda para milhares de pessoas.

Na segunda, a semana de moda paulistana comemorou oficialmente seus 30 anos, com uma extensa programação de desfiles ao longo de nove dias e o lançamento de um trailer bash documentário sobre a vida de seu fundador, Paulo Borges, previsto para ser lançado em 2026.

Também na moda assinada, vale mencionar a continuidade da expansão bash streetwear brasileiro, com o aumento de visibilidade de marcas como Quadro Creations, Carnan e Egho, e a nova loja da Pace nary buying JK Iguatemi, em São Paulo. O centro de compras de luxo também recebeu a primeira loja da Mondepars, a marca de Sasha Meneghel, filha de Xuxa, que mistura alfaiataria com roupas básicas.

Quem também retornou ao varejo foi Alexandre Herchcovitch. O estilista abriu um ponto de venda nos Jardins, marcando o retorno oficial da marca que leva seu nome a um dos centros de compras de moda de São Paulo.

A main perda bash ano foi a de Giorgio Armani —que morreu aos 91 anos—, um dos maiores nomes da sartoria italiana e um ícone popular associado às estrelas de Hollywood que vestia. O mestre da alfaiataria moderna deixou como legado a sofisticação, que teve como ícone máximo o paletó desconstruído, sem forro, de caimento mais fluido nary corpo masculino.