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Starlink vale a pena? Veja se a Internet via satélite compensa para você

Saber se a Starlink vale a pena para você é fundamental para evitar decepções ao contratar o serviço de Internet via satélite da SpaceX, empresa de Elon Musk. Diferente da fibra ótica, que depende de infraestrutura terrestre, a Starlink utiliza uma constelação de satélites de órbita baixa (LEO) para fornecer Internet, garantindo conexão de alta velocidade mesmo em locais mais isolados. O serviço, portanto, é uma alternativa interessante para moradores de zonas rurais, viajantes e empresas em regiões afastadas.

Apesar da proposta inovadora, a Starlink não é uma solução ideal para todos os perfis de usuários. Em áreas urbanas, onde a fibra ótica é amplamente disponível, a conexão via satélite pode apresentar desvantagens, como custo elevado, menor velocidade e maior latência. Para ajudar quem considera a contratação do serviço, o TechTudo explica, nas linhas a seguir, em que situações e para quais pessoas a Starlink vale a pena. Entenda também como funciona o serviço de Internet via satélite da SpaceX e quais são seus planos e preços no Brasil.

 Divulgação/Starlink Antena Starlink no telhado — Foto: Divulgação/Starlink

O que é e como funciona a Starlink

A Starlink é um serviço de Internet via satélite desenvolvido pela SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk. O sistema opera por meio de uma rede de satélites de baixa órbita, que ficam a cerca de 550 quilômetros da Terra. Essa proximidade reduz a latência em comparação com tecnologias tradicionais de satélite, o que torna a conexão mais rápida e confiável.

Para utilizar a Starlink, o usuário precisa adquirir um kit que inclui uma antena parabólica, um roteador Wi-Fi e cabos de conexão. A antena deve ser instalada em um local com visão desobstruída do céu, para garantir o melhor desempenho. Após a instalação, o sistema se conecta automaticamente à rede de satélites, permitindo acesso à Internet sem necessidade de infraestrutura terrestre.

 Divulgação/Starlink Satélite da Starlink em órbita — Foto: Divulgação/Starlink

As velocidades da Starlink variam entre 50 Mbps e 220 Mbps, dependendo do plano e da localização. A latência, por sua vez, fica entre 25 e 50 ms, o que permite jogar online e fazer chamadas de vídeo com uma qualidade razoável.

Preços da Starlink no Brasil

Atualmente, a Starlink oferece cinco planos no Brasil, com preços que variam conforme o perfil do usuário. O plano mais acessível é o Residencial, com mensalidades de R$ 184, enquanto planos empresariais e marítimos podem custar mais de R$ 5 mil por mês.

 Reprodução/Starlink (Editada por Daniel Trefilio) Kit básico Starlink e primeiros passos de instalação — Foto: Reprodução/Starlink (Editada por Daniel Trefilio)

Além de arcar com a assinatura, o cliente precisa adquirir o kit de instalação, que custa R$ 2.400 no plano Residencial e pode ultrapassar R$ 12 mil em pacotes empresariais. Isso faz com que o investimento inicial seja significativamente superior em comparação aos serviços de fibra óptica, que normalmente exigem apenas a mensalidade e, em alguns casos, a instalação. Veja os planos da Starlink na tabela abaixo.

Starlink: quanto custa? Veja planos e preços

Plano Mensalidade Valor do kit
Residencial (Ilimitado) R$ 184 R$ 2.400
Comercial (50 GB) R$ 1.283 R$ 12.830
Comercial (1 TB) R$ 5.132 R$ 12.830
Comercial (5 TB) R$ 25.659 R$ 12.830
Viagem (Ilimitado) R$ 450 R$ 2.400
Marítima (50 GB) R$ 1.283 R$ 12.830
Marítima (1 TB) R$ 5.132 R$ 12.830
Aviação Não informado Não informado

A instalação é feita pelo próprio usuário e pode ser acompanhada pelo aplicativo da Starlink. A empresa ainda oferece um período de testes de 30 dias, de forma que o consumidor pode solicitar reembolso caso não fique satisfeito com o serviço.

Para quem a Starlink vale a pena?

1. Moradores de áreas rurais e remotas

A principal vantagem da Starlink é sua capacidade de levar Internet a locais onde as operadoras tradicionais não costumam chegar. Por isso, para quem vive em zonas rurais, fazendas ou comunidades afastadas, a tecnologia via satélite pode ser a única opção de conexão de alta velocidade. Diferente da Internet via rádio ou 4G rural, que podem ser instáveis e têm franquias de dados, a Starlink oferece uma alternativa com dados ilimitados e velocidades que podem chegar a 220 Mbps.

 Reprodução/fauxels Mulher usando celular na mata — Foto: Reprodução/fauxels

Além disso, a instalação não requer infraestrutura terrestre, como cabeamento ou torres de sinal. Isso significa que moradores dessas regiões podem acessar serviços de streaming, fazer chamadas de vídeo e até jogar online com menor latência do que outros serviços via satélite. Para esses usuários, a Starlink representa um avanço significativo na inclusão digital.

2. Viajantes e nômades digitais

Além de moradores de áreas remotas, a Starlink também é uma solução interessante para viajantes e nômades digitais que precisam de Internet em diferentes locais durante as suas jornadas. Com o plano Viagem, por exemplo, os usuários podem levar a antena consigo e acessar a rede em qualquer lugar com visibilidade para o céu. Isso permite trabalhar remotamente, assistir a vídeos e manter a conectividade mesmo em deslocamento constante.

 drobotdean/Reprodução Mulher viajante usando o celular — Foto: drobotdean/Reprodução

No entanto, o custo do serviço pode ser um fator limitante para alguém que já está investindo um valor na sua própria viagem. Além da mensalidade de R$ 450, o usuário precisa pagar pelo kit de instalação. Mesmo assim, para quem passa longos períodos viajando, a Starlink pode ser a única forma de garantir uma conexão estável e confiável.

3. Empresas e negócios em locais isolados

Negócios localizados em regiões afastadas também podem se beneficiar da Starlink. Isso inclui hotéis, pousadas, fazendas e outras empresas que dependem da conectividade para atender clientes e operar sistemas. Além disso, setores como mineração, agropecuária e pesquisa científica, que muitas vezes operam em locais sem acesso a redes convencionais, podem utilizar a Starlink para garantir comunicação e acesso a dados. Neste sentido, o plano comercial oferece velocidades maiores e prioridade de rede.

Para quem a Starlink não vale a pena?

1. Moradores de grandes cidades

Já em áreas urbanas, a Starlink não é a melhor opção. Isso porque a internet de fibra óptica, amplamente disponível nas cidades, oferece velocidades muito superiores por um custo menor. Para fins de comparação, a Starlink oferece velocidades médias de 77,55 Mbps no Brasil, enquanto planos de fibra óptica de operadoras como a Vivo, a Claro Brasil e a Vtal apresentam velocidades médias de 228,22, 217,25 e 210,86 Mbps, respectivamente, segundo o ranking Minha Conexão.

 v.ivash/Freepik Starlink não é tão recomendada para moradores de áreas urbanas — Foto: v.ivash/Freepik

O preço da fibra óptica também é mais acessível. Enquanto a Starlink cobra R$ 184 mensais e exige um alto investimento inicial para o kit, serviços de fibra óptica oferecem planos de 300 a 500 Mbps por cerca de R$ 100 mensais, com instalações que geralmente são gratuitas.

Por fim, para quem mora em áreas urbanas ou tem acesso à infraestrutura de fibra, essa é a melhor escolha, pois oferece maior velocidade, menor latência e preços mais acessíveis. Já para quem vive em locais remotos ou precisa de mobilidade, a Starlink é uma opção mais interessante. Muitas vezes, o serviço é a única opção viável, uma vez que, apesar do custo elevado, a tecnologia permite conexão confiável onde outras redes convencionais não chegam.

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