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Vai dar match? Já tem gente usando ChatGPT para turbinar o flerte no Tinder

A pesquisa ouviu cerca de 5 mil solteiros, com idades entre 18 e 98 anos, nos Estados Unidos. Entre os usos mais comuns da tecnologia estão: deixar o perfil mais atraente, bolar respostas certeiras para puxar papo e até testar a compatibilidade com pretendentes — tudo com a ajuda de ferramentas de IA como o ChatGPT.

As pessoas estão delegando para o ChatGPT a forma como elas vão se vender para o crush e como elas vão decidir ou não por sair com essa pessoa ou outra
Helton Simões Gomes

Em episódio do Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, o pesquisador Diogo Cortiz aponta que essa prática é um sinal claro de que estamos terceirizando a vida.

Não só terceirizam a troca de mensagens, mas também usam o ChatGPT como um grande guru amoroso, como se ele dominasse todas as áreas da minha vida e conseguisse projetar alguma intimidade com aquela pessoa com quem quero construir um laço
Diogo Cortiz

Esse tipo de interação levanta outros questionamentos: é razoável depender de uma máquina para opinar sobre experiências que ela nunca viveu, como se apaixonar ou ter um relacionamento?

Para Cortiz, esse uso da IA pode mudar profundamente a natureza dos vínculos humanos — e transformar a tecnologia em uma espécie de muleta emocional.

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Esse comportamento tem a ver com uma sensação generalizada de sobrecarga — muitas opções e interações levam ao cansaço. Nesse contexto, a IA entra para simplificar a vida.

É um processo de otimização, uma busca por eficiência. Ou seja, a IA está levando a gente a buscar eficiência na forma como vamos construir relacionamentos amorosos. Isso pode levar inclusive a uma erosão das habilidades sociais reais
Diogo Cortiz

SEO está com os dias contados? Começa era dos posts feitos só para a IA ler

A maneira como os usuários buscam informações na internet está mudando. E rápido. Ferramentas como o ChatGPT vêm ganhando espaço como alternativa ao, até então, quase onipresente Google. Essa mudança atinge em cheio uma ferramenta conhecida do marketing digital: o SEO, a otimização de conteúdos para motores de busca.

Se as pessoas estão recorrendo cada vez mais a chatbots para pesquisar online, as empresas estão se mexendo para influenciar ferramentas de inteligência artificial a usarem posts elogiosos a elas na hora de responder perguntas das pessoas. É isso o que mostra o novo episódio do Deu Tilt, o podcast do UOL para humanos por trás das máquinas.

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O cenário é tão novo que não existe, por enquanto, nem uma forma de nomear o sucessor do SEO. Há três concorrentes: GEO (otimização para motores generativos), AEO (otimização para motores de respostas) e AIO (otimização para inteligência artificial).

Veo 3: veja 11 dicas para não ser enganado por vídeo realista feito com IA

Até o Veo 3, já era difícil identificar um vídeo produzido por inteligência artificial. Com a ferramenta de criação de vídeos ultrarrealistas do Google, a situação foi catapultada para outro patamar.

O novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, se debruça sobre as formas de detectar vídeos sintéticos, mas Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz, os apresentadores do programa, já adiantam: a tarefa não é fácil -e, dado o avanço acelerado da qualidade das produções das IAs, as dicas trazidas têm efetividade cada vez mais efêmera.

O próprio Google, dono da ferramenta, criou um sistema para rotular o material feito por IA. A empresa se uniu à C2PA, uma coalizão de empresas de tecnologia unidas para elaborar uma forma de verificar mídias e garantir a autenticidade de materiais que circulam na internet.

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Google, Microsoft e IBM aceleram corrida da computação quântica

O futuro quântico pode estar mais próximo do que se imaginava — mas ainda há um longo caminho até o uso cotidiano.

A Unesco elegeu 2025 como o Ano Internacional da Ciência e Tecnologia Quântica para homenagear os nomes que lançaram as bases da física quântica. Se, há cem anos, Max Planck, Niels Bohr e Werner Heisenberg fizeram história, agora empresas multibilionárias veem ficar muito próximas do dia a dia as promessas dessas teses na computação sugeridas por Richard Feynman.

O novo episódio do Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, conta como Google, Microsoft e IBM anunciaram neste ano novidades que dão contornos ainda mais palpáveis ao que antes eram apenas ideias teóricas.

*colaborou Ruam Oliveira

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