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Venezuela acusa EUA de 'extorsão' na ONU; Rússia e China apoiam e criticam 'intimidação' e 'comportamento de caubói'

A fala foi do embaixador do governo de Nicolás Maduro nas Nações Unidas, Samuel Moncada, que apresentou as queixas do país em relação à pressão exercida pelo governo americano ao Conselho de Segurança, que se reuniu para debater o tema.

"Estamos diante de uma potência que atua à margem do direito internacional, exigindo que nós venezuelanos abandonemos nosso país e o entreguemos [...] Trata-se da maior extorsão de que se tem notícia em nossa história", afirmou.

O governo de Nicolás Maduro descreveu a ação como um grave ato de pirataria internacional e garantiu em um comunicado: "Esses atos não ficarão impunes".

Samuel Reinaldo Moncada Acosta, representante permanente da Venezuela junto às Nações Unidas — Foto: REUTERS/Eduardo Munoz

Na reunião do conselho nesta terça, Rússia e China, que vem demonstrando apoio constante a Maduro em meio à pressão americana, reafirmaram suas críticas a Washington.

"A China se opõe a todos os atos de unilateralismo e intimidação, e apoia todos os países na defesa da sua soberania e da dignidade nacional", declarou o representante chinês, Sun Lei.
"Os atos cometidos pelos Estados Unidos violam todas as normas fundamentais do direito internacional. A responsabilidade de Washington também se evidencia nas consequências catastróficas dessa atitude de caubói", apontou o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, que descreveu o bloqueio como "uma agressão flagrante".

EUA falou em sanções para tirar Maduro do poder

Segundo o embaixador dos EUA nas Nações Unidas, Mike Waltz, o objetivo de Washington é privar o governo venezuelano de recursos financeiros, vindos do lucro do petróleo, que estariam permitindo que Maduro siga em sua "apropriação fraudulenta do poder e suas atividades narcoterrorismo".

“A capacidade de Maduro de vender o petróleo da Venezuela permite sua reivindicação fraudulenta de poder e suas atividades narcoterroristas. O povo da Venezuela, francamente, merece algo melhor, afirmou.

O embaixador dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Mike Waltz — Foto: REUTERS/Eduardo Munoz

Parlamentares da Venezuela aprovaram lei contra ações dos EUA

A proposta, nomeada como projeto "Para Garantir a Liberdade de Navegação e Comércio contra a Pirataria, Bloqueios e Outros Atos Ilícitos Internacionais", foi votada na Assembleia Nacional da Venezuela, controlada pelo partido do governo Nicolás Maduro, e aprovada por unanimidade.

Agora, ela será encaminhada ao Executivo para aprovação e entrará em vigor assim que for publicada no Diário Oficial.

A lei, que inclui "outros crimes internacionais", surge em meio às operações realizadas pelos Estados Unidos contra carregamentos de petróleo venezuelano.

Governo Trump mostra ação que apreendeu segundo petroleiro vindo da Venezuela

Governo Trump mostra ação que apreendeu segundo petroleiro vindo da Venezuela

"Eles roubaram, saquearam e se curvaram ao imperialismo americano. Estão satisfeitos com as ações agressivas que estão ocorrendo atualmente no Mar do Caribe".

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela , Jorge Rodríguez — Foto: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria

Troca de farpas entre Trump e Maduro

"Isso depende dele, do que ele queira fazer. Acho que seria inteligente de sua parte fazer isso [renunciar]. Se ele quiser bancar o durão, será a última vez".

Maduro, durante uma feira de produtores venezuelanos, alfinetou o presidente americano e disse que ele "estaria melhor" se focasse mais em seu país, e não na Venezuela.

"Penso que o presidente Trump poderia fazer melhor em seu país e no mundo. Ele estaria melhor no mundo se focasse nos problemas do seu próprio país. Não é possível que 70% dos seus discursos e declarações sejam [sobre] a Venezuela. E os Estados Unidos?", questionou ele.

Maduro e Trump em fotos de arquivo — Foto: Reuters

"Não estamos apenas interceptando navios, mas também enviando uma mensagem ao mundo de que a atividade ilegal da qual Maduro participa não pode ser tolerada; ele tem que sair".

Kristi Noem, secretária de Segurança Interna dos EUA — Foto: Reprodução

Ainda nesta segunda, as operações americanas foram alvo de críticas da Rússia e da China.

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