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World App é confiável? Saiba se é seguro usar app da 'venda de íris'

O World App se popularizou no Brasil após a venda de íris viralizar no TikTok. O aplicativo, que pertence ao projeto da World ID, permite que usuários localizem regiões próximas à sua localização para realizar o agendamento do escaneamento do olho. A plataforma funciona ainda como uma carteira digital, e dá acesso à comercialização de criptomoedas e outros dados pessoais. O serviço, no entanto, está no centro de uma polêmica envolvendo a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD). A autarquia proibiu a recompensação financeira pela aquisição da imagem da região do olho.

O entendimento do órgão regulador é de que usuários estariam realizando o escaneamento da íris apenas pelo dinheiro, e não por entenderem de fato sobre o que é o projeto e como as informações seriam usadas. Vale destacar, contudo, que mesmo com a proibição, a World ID estaria ainda prometendo compensação financeira a consumidores, segundo o g1. Pensando nisso, o TechTudo montou um guia completo sobre o serviço para esclarecer todas as dúvidas em relação ao procedimento. Confira como o World App funciona, se ele é confiável e quais recursos disponibiliza.

 Reprodução/World Fundation World App é a plataforma oficial do projeto World ID para "venda" de íris — Foto: Reprodução/World Fundation

O World App é o aplicativo oficial do World ID, projeto que viralizou no TikTok com a “venda de íris” no Brasil. A ferramenta está disponível para celulares Android e iPhone (iOS) e permite que usuários realizem o agendamento do escaneamento do olho. Além disso, é possível gerenciar as criptomoedas obtidas após o procedimento. Desse modo, investidores podem comprar dólares pelo serviço, além de adquirirem as Worldcoins, moeda virtual negociada pela empresa, Bitcoin e Ethereum.

Na tela inicial da plataforma do app, é exibido o valor em tempo real, em Worldcoins, que usuários recebem ao realizar a verificação de íris na plataforma. No dia 28 de janeiro, o montante girava em algo em torno de R$ 450, e era prometido mesmo após a proibição da remuneração da ANPD.

 Reprodução/Gisele Souza World App informa como encontrar uma Orb mais próximo do usuário para escaneamento de íris — Foto: Reprodução/Gisele Souza

É possível vender a íris pelo app? Entenda como funciona a captura de íris

Não é possível vender a íris pelo World App. A ferramenta apenas permite o agendamento da captura da íris. Para isso, usuários podem localizar uma Orb e marcar o horário de preferência para realizar a verificação. O escaneamento funciona a partir dos olhos do usuário. Os dados coletados, segundo o World ID, são posteriormente criptografados e salvos em um código único. Segundo a empresa, imagens e outros dados são armazenados em bancos de dados externos, mas podem ser apagados no próprio app em qualquer momento.

No entanto, a instituição destaca no site oficial que, por se tratar de uma transação envolvendo criptomoedas, "não é possível, do ponto de vista técnico, apagar esses dados e também não somos legalmente obrigados a apagá-los" caso sejam negociados em uma blockchain pública

 Reprodução/TikTok World App pertence ao World ID, projeto que viralizou no TikTok por retribuir em criptomoedas — Foto: Reprodução/TikTok

O que é e como localizar uma Orb pelo app?

A Orb é o dispositivo eletrônico responsável por fazer a verificação da identidade de uma pessoa a partir da íris. O app permite localizar o mecanismo mais próximo de usuários, informando o endereço exato. Para encontrar, busque pelo ícone de engrenagem no app, localizado no canto superior direito e depois clique na opção “Encontrar uma Orb”. Após isso, toque em “Veja todos os locais” para encontrar o ponto de verificação mais próximo.

Vale destacar que, no momento, só é possível realizar a verificação na cidade de São Paulo–SP. Contudo, a World ID destaca que interessados no projeto poderão adquirir a própria Orb no futuro, a partir do pagamento de US$ 100 ou aluguel do mecanismo.

O World App pode ser considerado confiável. No entanto, o que gera polêmicas é o projeto da World ID. A principal questão envolve como dados de usuários que “venderam” a íris podem ser ou estão sendo utilizados e preservados. No momento, não é possível saber se os mecanismos utilizados pela empresa garantem realmente a privacidade dos dados coletados.

Na última sexta-feira (24), a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) proibiu o pagamento de criptomoedas ou qualquer tipo de compensação financeira pelo cadastro da íris dos brasileiros na World ID. A medida se deu após a autarquia do governo entender que o crescimento do projeto foi impulsionado quase exclusivamente pela compensação em Worldcoins, e não pelo interesse ou conhecimento sobre a plataforma. Desse modo, a World ID não está proibida de realizar novos cadastros, mas apenas de recompensar usuários por isso.

Em resposta, a Tools For Humanity, responsável pela empresa, afirma que está atuando conforme as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), por apresentar aos usuários a proposta do projeto antes da coleta, e por disponibilizar todo o site do programa em Português Brasileiro. Contudo, segundo informações trazidas pelo g1, a empresa segue prometendo compensação financeira a usuários. O portal de notícias ouviu de 12 pessoas que realizaram a verificação no último dia 27 de janeiro que a iniciativa seguia indicando o pagamento pela captura do olho. A instituição tem até o dia 3 de fevereiro para apresentar um recurso junto à Coordenação-Geral de Fiscalização da ANPD.

Com informações de World (1,2) e ANPD

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