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Xerox de novembro, Copom de dezembro continua mais duro do que o mercado

É possível localizar alterações significativas no ambiente econômico, de novembro para cá. A atividade econômica acumulou mais indicações de que está esfriando, o que é o objetivo de manter taxas básicas nas alturas atuais. Também a marcha da inflação continuou apontando para baixo, mostrando composição benigna. Até as pressões e incertezas causadas pelo tarifaço do presidente americano, Donald Trump, refluíram com a retirada de sobretaxas sobre exportações de diversos países para os Estados Unidos, inclusive o Brasil.

Mais do que tudo, o Fed (Federal Reserve, banco central americano), também na quarta-feira, reduziu pela terceira vez seguida a taxa de juros de referência no mercado americano, agora para o intervalo entre 3,5% e 3,75%, o menor desde novembro de 2022. Mais um ponto, inexistente em novembro, com potencial para alterar a conjuntura favoravelmente ao corte de juros.

A abertura de mais espaço entre a taxa Selic e a do Fed é um chamariz para ingresso de dólares no mercado brasileiro. Com isso, a tendência é de descompressão nas taxas de câmbio. Moderação na cotação do dólar costuma colaborar para conter pressões inflacionárias, principal em bens industriais, mas não. Preços de outros itens, inclusive alimentos, são igualmente afetados pelo câmbio.

Para não dizer que não mudou nada, o comunicado de quarta-feira melhorou a projeção da inflação para o segundo trimestre de 2027 — o "horizonte relevante" atual para as decisões do Copom — de 3,3%, novembro, para 3,2%, em dezembro, apenas 0,2 ponto percentual abaixo do centro da meta de 3%.

Sem sinais

A lenta marcha em direção à meta não foi, porém, suficiente para sensibilizar os membros do Copom a dar pelo menos algum sinal sobre os próximos passos da política de juros. Pareceu que eles saíram de férias em novembro e ainda não tinham voltado ao batente.

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