Xiaomi Mi Band 5 ainda vale a pena? Veja prós e contras da pulseira

Já na época de seu lançamento a Xiaomi Mi Band 5 almejava ser uma pulseira inteligente com bom custo-benefício. Cinco anos depois, passado o lançamento de diversas pulseiras, incluindo a recente Xiaomi Mi Band 9, o preço da Mi Band 5 caiu consideravelmente. Portanto, ela é uma das opções mais baratas para quem busca uma wearable com recursos básicos, mas ainda funcionais.

Em comparação com modelos atuais, a Xiaomi Mi Band 5 é, de fato, um dispositivo mais limitado. No entanto, o valor reduzido a torna uma escolha interessante para quem deseja apenas monitorar atividades físicas e receber notificações no pulso, por exemplo.

Porém, é válido ressaltar que a Xiaomi não vende mais a smartband oficialmente por aqui. Dessa forma, o ideal é ter cuidado extra em relação à procedência da Xiaomi Mi Band 5, já que muitos produtos disponíveis hoje podem ser importados, recondicionados ou mesmo falsificados.

A autonomia é um dos pontos fortes da Xiaomi Mi Band 5. Segundo a marca chinesa, a bateria de 125 mAh pode durar até 14 dias, dependendo do uso. Logo, para quem busca um acessório sem a necessidade de carregamento diário, o modelo ainda é uma alternativa interessante. O tempo necessário para uma recarga completa (de 0 a 100%), por sua vez, é de cerca de duas horas.

Mesmo quando comparada a smartbands mais modernas, a bateria da Mi Band 5 ainda garante um tempo interessante longe da tomada. Modelos concorrentes, como o Fitbit Charge 6 e o Galaxy Fit 3, oferecem sete e 14 dias, respectivamente, o que faz com que a pulseira da Xiaomi leve vantagem nesse quesito. Isso ocorre, principalmente, pela maior simplicidade do dispositivo, que demanda menos energia para o seu funcionamento.

Por outro lado, é importante lembrar que, para atingir essa duração máxima prometida pela Xiaomi, é preciso desativar alguns recursos, como o monitoramento contínuo de batimentos cardíacos e o brilho automático da tela. Caso contrário, a bateria tende a durar um pouco menos.

Outro grande diferencial da Mi Band 5 é a sua tela. Temos aqui um display AMOLED de 1,1 polegada — um avanço em relação à Mi Band 4. O painel tem boa resolução e permite a visualização das informações de forma clara, mesmo sob a luz do sol.

A tela colorida e sensível ao toque foi um grande diferencial no segmento de pulseiras inteligentes na época. Embora hoje existam modelos com displays maiores e taxa de atualização superiores, o painel da Xiaomi Mi Band 5 ainda entrega uma boa experiência para quem busca uma interface simples e funcional.

Além disso, a possibilidade de personalizar a watchface com dezenas de opções disponíveis no aplicativo Mi Fit ajuda a tornar o uso mais dinâmico. No entanto, diferente de dispositivos mais avançados, como o Apple Watch, não é possível modificar os elementos exibidos na tela.

Um dos pontos que podem incomodar os usuários é a limitação na interação da Xiaomi Mi Band 5 com o smartphone. Embora seja possível visualizar notificações de mensagens e chamadas, a pulseira não permite respondê-las diretamente.

Outro fator a ser considerado é que o sistema da Mi Band 5 não permite a instalação de aplicativos de terceiros. Dessa forma, o usuário fica restrito aos recursos nativos, o que pode ser um ponto negativo para quem busca diversidade de apps.

A versão global da Xiaomi Mi Band 5 chegou ao mercado com suporte a NFC para pagamentos por aproximação, mas essa funcionalidade nunca esteve disponível oficialmente no Brasil. Portanto, mesmo que o usuário importe a versão global do wearable, o recurso tende a não funcionar corretamente no país, já que depende da compatibilidade com bancos e serviços financeiros locais.

Além disso, a Mi Band 5 não tem GPS embutido. Isso significa que, para monitorar percursos de corrida ou caminhada com precisão, o usuário precisa carregar o celular consigo. Essa limitação pode ser um problema para quem busca um acessório mais independente para atividades ao ar livre. A ausência do GPS também pode impactar na precisão dos dados de deslocamento.

Apesar de ter um preço baixo, em termos absolutos, o preço relativo da Mi Band 5 não é tão interessante. Isso porque modelos mais recentes, como a Mi Band 9, lançada no ano passado, estão apenas algumas dezenas de reais mais caros. A pulseira de 2024, por exemplo, custa R$ 279 no Mercado Livre. Por uma diferença tão pequena, faz mais sentido investir no modelo mais novo.

A Mi Band 5 ainda pode ser uma boa escolha para quem busca uma pulseira fitness básica e acessível. As funções de saúde, a tela AMOLED e a bateria de longa duração são características relevantes, mesmo após cinco anos de lançamento. No entanto, quem deseja uma smartband com mais recursos pode encontrar alternativas mais completas no mercado. Além disso, o preço do wearable, em comparação com lançamentos mais recentes da Xiaomi, acaba sendo um elemento desencorajador da compra.

Nota de transparência: o TechTudo mantém uma parceria comercial com lojas parceiras. Ao clicar no link da varejista, o TechTudo pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação. Os preços mencionados podem sofrer variação e a disponibilidade dos produtos está sujeita aos estoques. Os valores indicados no texto são referentes ao mês de fevereiro de 2025.