Ainda usa Chrome no iPhone? Especialista diz por que isso pode ser um erro

A Apple tem feito alertas acerca da privacidade dos usuários, desaconselhando o uso do Chrome no iPhone. Isso porque o navegador do Google conta com práticas de rastreamento que servem para alimentar anúncios personalizados, utilizando cookies de terceiros e até métodos mais avançados, como o fingerprinting digital – um conjunto de informações que gera uma espécie de identidade do usuário na web. Isso significa que a navegação pode ser acompanhada de forma constante.

Já o Safari, por ser o navegador nativo do iOS, bloqueia automaticamente boa parte desses rastreadores e adota recursos como o mascaramento de IP, que ajuda a esconder o endereço virtual. Assim, Arthur da Paz afirma que o Chrome possui “uma ligação natural com o ecossistema do Google, cuja base de negócio envolve a coleta de dados. Então, para quem prioriza privacidade, o Safari é a escolha mais consistente no iPhone”.

Outro ponto a ser considerando é o consumo de energia do iPhone. Como o Chrome não foi desenvolvido de forma integrada ao iOS, o navegador pode exigir mais do dispositivo durante a navegação, o que resulta em maior gasto de bateria. O Safari, por outro lado, é otimizado para o ecossistema da Maçã, usando os recursos internos do iOS de maneira mais inteligente.

Segundo o Engenheiro de Software, isso significa “que ele se beneficia de camadas de eficiência energética que o Chrome não consegue acessar da mesma forma”. Assim, o profissional conclui que usar o Safari resulta em menor consumo de bateria, o que é relevante principalmente em aparelhos mais antigos ou em situações de uso intenso.

Da Paz declara que “o Safari não é só um navegador, ele faz parte da experiência do iOS”. Sendo assim, a cada atualização do sistema, ele recebe melhorias de desempenho e segurança. Além disso, está profundamente conectado a recursos como o iCloud Keychain, para gerenciamento de senhas, e Handoff, para continuar com a execução de tarefas em outros dispositivos da marca.

O navegador do Google, por sua vez, não tem essa mesma profundidade de integração com o ecossistema da Maçã. Arthur ainda dá exemplos: existe um componente chamado SFViewController, usado pelos desenvolvedores de aplicativos para embutir um “mini-Safari” dentro de um app, com o intuito de realizar chamadas a links externos. Assim, ocorre uma integração plena do navegador ao nível de sistema operacional, algo que, segundo ele, a Apple jamais vai liberar para navegadores terceiros — ainda que atualmente o iOS permita que você escolha qual será o browser padrão para a abertura de links. Desse modo, “mesmo que a Apple tenha que se sujeitar a decisões judiciais que favorecem o Google e outros terceiros que desejam paridade de armas dentro de seu ecossistema, eles jamais poderão concorrer em termos de infraestrutura hardware-software".