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Alarme em picanha chama atenção em SC: carne bovina ficou mais cara?

A alta nos preços da carne foi um dos principais fatores que pressionaram a inflação no ano passado. Segundo André Almeida, economista do IBGE, o preço da carne bovina subiu 20,8%, marcando a maior alta desde 2019.

Esse aumento foi atribuído a fatores como a seca, que prejudicou pastagens; o ciclo pecuário, que reduziu a oferta de bois para abate; e à desvalorização do real frente ao dólar. "A seca intensa e as ondas de calor agravaram as condições das pastagens, reduzindo a oferta e pressionando os preços no mercado interno. A entressafra contribuiu para tornar o cenário ainda mais desfavorável", explicou Almeida à Agência Brasil.

Tcharla Bragantin, economista, destacou que a estiagem que atingiu grande parte do país em 2024 forçou os produtores a suplementar a alimentação do gado, aumentando o custo de produção. Ela também observou que, apesar de uma maior disponibilidade de gado pronto para abate, o aumento das exportações e o crescimento da renda dos brasileiros contribuíram para a redução da oferta interna e elevação dos preços ao consumidor final.

Exportações em alta também contribuíram para a elevação dos preços internos. Em 2024, o Brasil exportou 2,87 milhões de toneladas de carne bovina, um aumento de 25,5% em relação ao ano anterior, conforme relatório do Deral (Departamento de Economia Rural), vinculado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná.

A preferência de produtores por exportar devido ao dólar valorizado limitou a oferta no mercado interno, influenciando o preço da carne. Os consumidores também sentiram o impacto no bolso. Cortes como o acém e o patinho tiveram aumentos superiores a 20%, enquanto os custos gerais com alimentos e bebidas subiram 7,69%, segundo o IBGE.

A economista ressaltou que a tendência de alta nos preços da carne bovina deve levar ao aumento do consumo de bens substitutos, como carne de frango e porco. Para aliviar a pressão sobre essas famílias, ela recomenda "menor taxação e fomento à produção como formas de reduzir o preço dos alimentos e garantir acesso a proteínas essenciais".

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