A assinatura em definitivo do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) foi adiada para janeiro. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, informou a líderes do bloco nesta quinta-feira (18), já noite na Europa, que o tratado não seria mais fechado no sábado (20), no Brasil, na cúpula do bloco sul-americano na cidade paranaense de Foz do Iguaçu. Foi decisivo para o adiamento uma conversa telefônica entre os governos do Brasil e da Itália. Horas antes de Von der Leyen se pronunciar, o governo italiano afirmou ser favorável ao acordo, porém precisaria de um período de tempo para negociar com o setor agrícola do país.
O acordo, que começou a ser negociado em 1999, tem o potencial de criar um mercado comum cujos PIBs somados chegariam a US$ 22 trilhões. Petróleo e derivados são os produtos mais exportados pelo Mercosul à União Europeia, que por sua vez vende principalmente produtos medicinais e farmacêuticos para o Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai.
Histórico
A União Europeia e o bloco formado pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai completaram as negociações sobre o acordo em dezembro, cerca de 25 anos após o início das conversações. Serão firmados dois textos: o primeiro de natureza econômica-comercial, que é de vigência provisória, e um acordo completo. Em setembro, eles foram submetidos formalmente pela Comissão Europeia ao Parlamento Europeu e aos estados-membros do bloco europeu. O Parlamento Europeu precisa aprovar com votos favoráveis de 50% dos deputados mais um, o que pode ter resistências de países como a França, que questionam termos do acordo.
Além disso, pelo menos 15 dos 27 países precisam ratificar o texto, representando pelo menos 65% da população total da União Europeia, o que pode levar vários anos. Quando o acordo completo entrar em vigor, ele substituirá o acordo comercial provisório. Os países do Mercosul precisam fazer o mesmo e submeter o documento final aos seus parlamentares, mas a entrada em vigor é individual, ou seja, não é preciso esperar a aprovação dos parlamentos dos quatro estados-membros.

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