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Brasileira e irmão da porta-voz de Trump travaram batalha judicial acirrada pela guarda do filho

A brasileira deu à luz seu filho em março de 2014. Meses depois, o casal terminou o noivado e a batalha pela guarda do filho logo se tornou acirrada. No tribunal, o ex-casal trocou acusações de abuso e negligência. Ela o acusou de ter lhe feito ameaças de deportação.

Bruna com o filho, Michael Leavitt Junior — Foto: Arquivo Pessoal

Em abril de 2015, Leavitt entrou com um pedido de guarda principal do filho em um tribunal de New Hampshire, alegando que Bruna o havia empurrado durante uma discussão quando o casal viajou para a Flórida. Contou que ela voltou para casa sem ele, buscou o filho na casa dos avós e ameaçou levá-lo para o Brasil.

A brasileira negou as acusações e, em documentos judiciais, acusou Leavitt de abuso, afirmando que, no dia do seu chá de bebê, ele a empurrou embriagado, socou paredes e quebrou portas. Michael também negou tudo.

Ainda de acordo com o jornal, em abril de 2020, Bruna Ferreira retornou ao tribunal alegando que Michael Leavitt lhe devia milhares de dólares em pensão alimentícia e se recusava a deixá-la passar tempo com o filho.

Ela também afirmou que Michael Leavitt havia usado intimidação com base em seu status imigratório para impedi-la de visitar o menino. Ele negou as alegações nos autos do processo.

Dias depois, a juíza do tribunal de família, Polly Hall, ordenou que Leavitt compartilhasse a guarda, conforme exigido pelo plano parental.

Em 2021, o casal concordou que o filho moraria com o pai durante a semana enquanto frequentava a escola em New Hampshire. Ferreira o visitaria e o levaria para casa na maioria dos fins de semana. Ela também tinha permissão para levá-lo ao Brasil durante as férias de verão e para obter a dupla cidadania brasileira para ele, conforme mostram os documentos do processo.

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Desde que a brasileira foi presa pelos agentes do ICE, o gabinete de imprensa da Casa Branca tem a retratado como uma mãe ausente que não fazia parte da vida de Karoline Leavitt há anos. Em mensagens trocadas com o "Post", o irmão dela Michael Leavitt, de 35 anos, corroborou as declarações e afirmou que Bruna nunca morou com o filho.

No entanto, em documentos judiciais que ele apresentou em New Hampshire em 2015, ele escreveu que compartilhavam uma casa e os registrou no mesmo endereço. Bruna Ferreira também mencionou o apartamento que dividiam em um artigo de jornal local de 2014.

Na reportagem, o casal sorridente, então com pouco mais de 20 anos, posou ao lado do filho recém-nascido e Bruna disse à repórter que se sentia grata:

"Não precisamos de muita coisa. Temos saúde. Temos um bom apartamento. Somos realmente abençoados".

Na entrevista que deu ao jornal americano, a brasileira contou que, antes da prisão, sua rotina consistia em trabalhar administrando suas duas empresas - de limpeza e de roupas -, frequentar aulas de ioga e passar tempo com o filho. Que o leva para a escola, torce por ele em seus jogos esportivos e mantém seu quarto cheio de ursinhos de pelúcia, videogames e luvas de boxe, “tudo o que um menino precisa”.

De acordo com os advogados de defesa de Bruna, Michael e o pai, Bob Leavitt, disseram à irmã dela nas últimas semanas que Ferreira deveria se "autodeportar" e tentar retornar legalmente, uma medida que, segundo seus advogados, seria desastrosa: de acordo com a lei federal, Ferreira ficaria proibida de retornar aos Estados Unidos por uma década.

"É uma armadilha", garante o advogado dela, Todd C. Pomerleau.
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