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Como tentativa de impedir a cassação de seu mandato, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) trouxe a Porto Alegre a Caravana Nacional Glauber Fica, que realizou um ato na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (12). Durante movimento de solidariedade ao deputado foram detalhados seus argumentos de defesa, que constituem a tese de que Braga está sendo vítima de uma perseguição política.
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Como tentativa de impedir a cassação de seu mandato, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) trouxe a Porto Alegre a Caravana Nacional Glauber Fica, que realizou um ato na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (12). Durante movimento de solidariedade ao deputado foram detalhados seus argumentos de defesa, que constituem a tese de que Braga está sendo vítima de uma perseguição política.
No início de abril, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados aprovou o pedido de cassação de Braga. O deputado foi acusado de expulsar um representante do Movimento Brasil Livre (MBL) do plenário de forma agressiva. Braga entrou com recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para reverter a decisão, mas teve seu pedido negado.
De acordo com o parlamentar, os ataques do MBL eram recorrentes e passaram a ofender sua mãe, que estava com Alzheimer avançado na época e faleceu alguns dias após o ocorrido. Para ele, a sua reação às provocações está sendo usada como pretexto para retirá-lo do Legislativo, especialmente por causa das denúncias que fez sobre o Orçamento Secreto.
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Na visão do deputado, o principal articulador de sua cassação é o ex-presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), que foi o principal alvo das críticas. Segundo Braga, a cassação do seu mandato seria duplamente exitosa a Lira: funcionaria como uma espécie de vingança contra as denúncias e um recado aos demais, para que entendam que não podem combatê-lo.
A cassação de mandato a partir da acusação feita a Braga seria um movimento sem precedentes. Segundo o Código de Ética e Decoro Parlamentar, a pena para perturbação da ordem, infração da boa conduta ou prática de ofensas morais ou físicas nas dependências da Câmara, três possíveis enquadramentos para o ocorrido, seria apenas censura verbal ou escrita. "Por que eu estou sendo cassado? Por ter defendido a honra da minha mãe? Por ter denunciado o orçamento secreto? Por ter batido de frente com o Arthur Lira?", questiona Braga.
O Rio Grande do Sul é o 20º estado a receber a Caravana Nacional, que deve passar por todas as capitais do Brasil até o dia 26 de junho, quando o movimento se encerra no Rio de Janeiro. A partir deste dia, Braga começa uma nova manifestação, se propondo a ir do Rio de Janeiro a Brasília passando por 23 municípios. A previsão é de que a cassação seja votada dia 1º de julho, dois meses após a CCJ negar o seu recurso. Esse foi o prazo mínimo estipulado pela Mesa Diretora para que o projeto possa ser pautado no plenário.
Na visão de Braga, esse momento de conversa com as lideranças locais é muito importante para que sua situação seja repercutida em todo país, assim fazendo envolvendo a população no caso. "Se me cassarem nessas circunstâncias em um mandato federal, que tem todos os holofotes, imagina o que vai acontecer com uma vereadora de um município do interior que exerça um papel contramajoritário, que faça denúncias importantes", pontuou o parlamentar.
Antes do ato em Porto Alegre, Braga se reuniu na Assembleia Legislativa com políticos gaúchos para traçar um mapa de outros parlamentares do Estado que estariam dispostos a ouvir seus argumentos, assim ampliando a rede. Estiveram presentes deputados estaduais e federais do PT e do PSOL.
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