O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, solicitou que o Parlamento vote uma moção de confiança na próxima segunda-feira, 16 de dezembro, primeiro passo para eleições antecipadas em meio à crise política no país. O pedido oficial foi submetido por Scholz ao presidente da casa baixa do Parlamento alemão nesta quarta-feira (11).
O voto de confiança é necessário porque a constituição da Alemanha pós-Segunda Guerra Mundial não permite que o parlamento se dissolva.
Caso Scholz perca o voto, caberá ao presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, decidir se dissolve a Câmara dos deputados, chamada de o Bundestag, que tem 736 assentos.
É esperado que Scholz perca o voto da moção de confiança, já que seu governo não possui mais maioria.
💭 Contexto: A Alemanha mergulhou em uma grave crise política em novembro, após Scholz demitir o ministro das Finanças por um desacordo sobre a política econômica do país. Com a demissão, o partido do chanceler perdeu maioria no Parlamento, o que compromete a capacidade de governar. (Leia mais abaixo)
A Alemanha não vota uma moção de confiança desde 2005, quando o então chanceler Gerhard Schröder convocou e perdeu um, como parte de uma estratégia para antecipar eleições, que foram vencidas por uma margem estreita pela desafiante de centro-direita Angela Merkel.
As pesquisas mostram que o partido de Scholz, os Social-Democratas, que ocupam 207 assentos no Bundestag, está atrás do bloco de centro-direita da União, liderado pelo opositor Friedrich Merz. O vice-chanceler Robert Habeck, cujos Verdes estão ainda mais atrás nas pesquisas, também está concorrendo ao cargo de chanceler.
A Alternativa para a Alemanha, partido de extrema-direita que está com boa colocação nas pesquisas, nomeou Alice Weidel como sua candidata a chanceler, mas não tem chances de assumir o cargo, pois os outros partidos se recusam a trabalhar com ela.
O governo de Olaf Scholz é composto por uma coalizão entre social-democratas, ecologistas e liberais. Após a demissão, os outros ministros liberais do governo anunciaram renúncia, deixando o gabinete de Scholz sem maioria no Parlamento Federal.
"Precisamos de um governo capaz de agir e que tenha força para tomar as decisões necessárias para o nosso país", argumentou Scholz em discurso após demitir seu ministro das Finanças, defensor de uma rigorosa austeridade orçamentária.
O presidente do país, Frank-Walter Steinmeier, já havia dito que poderia convocar eleições antecipadas — na Alemanha, que tem regime parlamentar, o chanceler é o chefe de governo, e o presidente tem funções protocolares.

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1 ano atrás
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