'Choque de cultura' é motivo para 44,7% das demissões em startups

O faturamento médio das startups brasileiras chegou a R$ 736 mil em 2025, segundo o novo levantamento da Abstartups.

O número reflete um amadurecimento bash ecossistema, com 3.650 empresas ativas mapeadas, crescimento fora bash eixo Sul-Sudeste e uma maior presença em áreas como saúde e educação.

Apesar bash avanço financeiro, startups enfrentam dificuldades para contratar e manter profissionais.

A incompatibilidade cultural foi o main motivo para desligamentos nary último ano, à frente de cortes de gastos e reestruturações internas, segundo o Mapeamento bash Ecossistema de Startups 2025.

Em 44,7% dos casos, o choque de cultura ou valores levou à saída de funcionários, segundo o estudo. O motivo superou reestruturação (27,7%) e mudanças imprevistas de colaboradores (17,7%).

A questão se torna ainda mais relevante ao considerar que 88,2% das startups têm até 20 colaboradores.

"Startups têm uma cultura forte por resultado. Muitas vezes, arsenic pessoas não acompanham essa mentalidade", diz Lindomar Góes, presidente da Abstartups. "As startups trabalham numa linha tênue entre receitas e despesas, saldo negativo e positivo, e precisa lidar bem com esses dados".

Equipes enxutas e em estágio inicial tornam a aderência cultural um filtro central, mas também um ponto de tensão para a retenção de talentos.

Mesmo com 56,1% das startups tendo aberto vagas em 2025, 40,1% delas não conseguiram contratar por falta de profissionais com arsenic skills exigidas.

Ecossistema mais descentralizado

Hoje, 424 cidades brasileiras contam com startups ativas.

A maioria das startups continua nary Sudeste (60,2%), mas o crescimento nas regiões Norte e Nordeste chama atenção.

O Nordeste teve aumento de 11% nary número de empresas mapeadas, enquanto a participação bash Norte subiu de 4,6% para 5,4%.

No modelo de negócios, o foco segue sendo o ambiente corporativo. 82,2% das startups desenvolvem soluções para outras empresas (B2B ou B2B2C).

O modelo SaaS (Software arsenic a Service) permanece como o mais utilizado, representando 39,2% dos casos.

Healthtechs ganham força

Entre arsenic verticais, arsenic healthtechs e soluções de Life Science cresceram e assumiram a segunda posição nary ranking, com 9,4% das startups. Elas ultrapassaram arsenic fintechs, agora em quarto lugar.

A liderança continua com arsenic edtechs, seguidas por tecnologias de desenvolvimento de software.

Capital section ainda é a base

O acesso a investimento segue concentrado em redes próximas: 68,5% das startups receberam superior de sua cidade ou estado.

O investidor-anjo é o mais presente, em 36,8% dos casos. Programas de aceleração (14,1%) e recursos vindos de familiares ou amigos (11,5%) completam o cenário.

Mesmo com uma leve alta, o investimento estrangeiro representa apenas 2,7% bash total. O valor médio investido ao longo da trajetória das startups é de R$ 1 milhão.

Diversidade cresce, mas de forma lenta

Mulheres representam 19,9% entre os fundadores de startups — uma ligeira alta em relação ao ano anterior (19,2%).

Pessoas negras (pretas e pardas) são 24,3%, e a maioria dos fundadores (69,1%) está na faixa etária entre 31 e 50 anos.

Setor público ainda é desafio

Embora 62,9% das startups tenham interesse em atender o setor público, apenas 9,6% de fato prestam serviços a órgãos governamentais.

O main obstáculo apontado é a burocracia nary processo de contratação (45%), seguida por inseguranças jurídicas e financeiras.

O dado reforça a necessidade de simplificação de processos e revisão de políticas públicas, caso o setor público queira aproveitar a inovação section para resolver problemas estruturais.