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Cinco concorrentes da Starlink que você precisa conhecer

SpaceSail, E-Space e Telesat são exemplos de concorrentes da Starlink. No Brasil, a empresa de Elon Musk despontou como pioneira no cenário de operadoras de Internet via satélite, graças à sua constelação massiva de satélites de órbita baixa. No entanto, ela não está sozinha nesse mercado, que tem ganhado cada vez mais players. Cada uma das empresas mencionadas tem sua própria estratégia, com diferentes planos de expansão, velocidades e tecnologias.

Enquanto companhias como HughesNet e Viasat já atuam no Brasil, nomes como SpaceSail e E-Space estão presentes apenas em mercados internacionais, mas já planejam sua chegada ao nosso país. De olho nesse cenário, o TechTudo elencou cinco concorrentes da Starlink que você precisa conhecer. Confira nas linhas a seguir.

 Divulgação/Starlink Satélite da Starlink em órbita; veja 5 concorrentes da empresa — Foto: Divulgação/Starlink

A SpaceSail é uma constelação de satélites de baixa órbita chinesa, projetada para oferecer conexão de alta velocidade nos moldes da Starlink. Diferente dos satélites geoestacionários, que orbitam a 35 mil km de altitude, a SpaceSail opera entre 500 e 1.500 km, reduzindo a latência e permitindo conexões mais rápidas. Atualmente, conta com 54 satélites, mas pretende chegar a 648 até 2025, dobrar esse número até 2027 e atingir 15 mil em 2030.

Ainda não há dados oficiais sobre velocidade, mas a expectativa é que os planos sejam competitivos com a Starlink, que alcança 150 Mbps em boas condições. Um diferencial é o acordo com a Telebras, que pode viabilizar lançamentos pela Base de Alcântara, agilizando a expansão na América Latina.

 Reprodução/China Central TV (Editada por Daniel Trefilio) Renderização da antena de recepção da SpaceSail — Foto: Reprodução/China Central TV (Editada por Daniel Trefilio)

A SpaceSail planeja entrar no Brasil em 2026, após aprovação regulatória, com o objetivo de oferecer uma alternativa à Starlink em regiões sem banda larga convencional. A chegada de um novo player pode aumentar a concorrência, fomentar regulação e ampliar a acessibilidade.

A E-Space é uma empresa francesa que recebeu autorização da Anatel para operar uma constelação de 8.640 satélites, ultrapassando a frota atual da Starlink, de cerca de quatro mil. Apesar disso, a companhia ainda não iniciou suas operações comerciais no Brasil, mas pretende ofertar serviços nos próximos dois anos, com foco inicial em aplicações de IoT (Internet das Coisas).

Registrada em Ruanda, na África Oriental, a E-Space busca atender tanto dispositivos de baixo consumo de dados quanto aplicações que exigem transmissão contínua e confiável. Embora ainda não haja detalhes sobre planos residenciais, a tecnologia promete competir com a Starlink em latência reduzida.

 Divulgação/E-Space E-space, conctando terra e espaço — Foto: Divulgação/E-Space

A E-Space pretende oferecer preços competitivos para setores industriais, logísticos e governamentais. Seu diferencial está na eficiência dos satélites e na sustentabilidade espacial. Com autorização formal da Anatel, é questão de tempo até sua chegada ao mercado brasileiro.

A HughesNet está no Brasil desde 2016, operando com satélites geoestacionários a 36 mil km de altitude. Apesar da latência mais alta, oferece cobertura em mais de cinco mil municípios, inclusive em áreas remotas.

Os planos residenciais da HughesNet alcançam velocidade de 25 Mbps, com quatro opções: Flex 30 (R$ 199/mês), Flex 50 (R$ 179), Flex 100 (R$ 209) e Flex 200 (R$ 284), todos com franquia e bônus em horários de menor uso.

Além disso, a empresa oferece planos empresariais e para o agronegócio. Seu diferencial está na infraestrutura consolidada, suporte técnico e rápida instalação. No Brasil, exige antena parabólica e modem, com variação no custo de instalação.

 Divulgação/HughesNet HughesNet — Foto: Divulgação/HughesNet

Presente no Brasil desde 2020, a Viasat atua em parceria com a Telebras para levar Internet a comunidades remotas, utilizando o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC-1). Sua cobertura abrange todo o território nacional, incluindo regiões ribeirinhas, aldeias indígenas e pequenas localidades rurais.

Os planos residenciais chegam a 35 Mbps, com a opção "Noite Livre" para navegação ilimitada na madrugada. Oferece dois pacotes: Viasat Ultra (200 GB/mês, com 35 Mbps para download e 3 Mbps para upload, por R$ 399 mensais) e Viasat Ultra+ (mesmas condições, R$ 319 mensais). Apesar da latência elevada, a empresa se destaca pela robustez da infraestrutura e confiabilidade.

 Divulgação/Viasat Viasat com mais de 30 anos de história em soluções de telecomunicações para governos, forças militares, empresas e consumidores — Foto: Divulgação/Viasat

A Telesat, empresa canadense com 55 anos de história, opera satélites geoestacionários e desenvolve a constelação Telesat Lightspeed, que promete conexão de baixa órbita e latência reduzida. Seus serviços incluem tanto a operação de satélites geoestacionários quanto a futura constelação Telesat Lightspeed, que promete oferecer conectividade de baixa órbita com latência bem reduzida.

O foco da Telesat sempre foi em soluções corporativas e governamentais de alta complexidade, para garantir banda larga estável e segurança na transmissão de dados. No Brasil, a presença da empresa ainda não é tão disseminada no mercado residencial, mas ela já estuda a possibilidade de investir nesse segmento.

 Divulgação/Telesat Satélite da Telesat em órbita — Foto: Divulgação/Telesat

Entre os diferenciais da Telesat está a ampla experiência na prestação de serviços a setores críticos, como telecomunicações de emergência, forças militares e sistemas de defesa. Isso significa que a empresa domina processos de certificação e normas de segurança avançadas, aspectos que podem se traduzir em confiabilidade para clientes civis. Com a Lightspeed, a empresa deve expandir sua atuação para novos setores, ampliando a concorrência no mercado de Internet via satélite.

A expansão do mercado de Internet via satélite pelo mundo

As cinco empresas mencionadas (SpaceSail, E-Space, HughesNet, Viasat e Telesat) representam apenas parte da nova realidade, em que a Internet via satélite deixou de ser uma curiosidade para se tornar uma solução concreta, especialmente em países de grande extensão territorial. Cada empresa traz suas particularidades em termos de velocidade, quantidade de satélites, planos de expansão e, sobretudo, disponibilidade geográfica.

O mercado brasileiro, reconhecido por seus desafios de infraestrutura e alta demanda reprimida, desponta como alvo estratégico para todas elas. O resultado é um cenário de concorrência benéfico para o consumidor, que pode ter acesso a serviços cada vez mais rápidos, confiáveis e, com o tempo, mais acessíveis em termos de preço.

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