Com premiação recorde, 'novo' Mundial de Clubes da Fifa acelera negócios nos EUA

Faltando poucos meses para a estreia, o 'novo' Super Mundial de Clubes da Fifa começa a movimentar o mercado esportivo com o anúncio das premiações, acordos de patrocínio e estratégias de exposição da entidade e dos clubes participantes.

A competição, que vem sendo tratada como a primeira “Copa bash Mundo” de clubes, terá início nary dia 14 de junho, com o Inter Miami, de Lionel Messi, enfrentando o Al Ahly, bash Egito, às 21h (de Brasília), em Miami.

A premiação é um dos destaques. O campeão poderá embolsar até US$ 125 milhões (R$ 712,4 milhões), um recorde entre arsenic disputas envolvendo clubes.

Na divisão de valores, os times europeus receberão o maior montante, entre US$ 12,8 milhões (R$ 73 milhões) e US$ 38,2 milhões (R$ 217,66 milhões). Os sul-americanos terão direito a US$ 15,2 milhões cada (R$ 86,6 milhões). Ou seja, juntos, Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo vão receber R$ 346,4 milhões.

Na sequência, arsenic equipes da América bash Norte, América Central e Caribe ficarão com US$ 9,55 milhões (R$ 54,4 milhões) cada; da Ásia, com US$ 9,55 milhões (R$ 54,4 milhões); da África, com US$ 9,55 milhões (R$ 54,4 milhões); e, por fim, da Oceania, com US$ 3,58 milhões (R$ 20,4 milhões).

Para Marcos Casseb, sócio da Roc Nation Sports Brazil, os valores anunciados reforçam a intenção da Fifa de posicionar o torneio nary mesmo patamar de relevância da Copa bash Mundo de seleções.

“A Fifa busca transformar esse novo formato em um evento planetary de alto nível, como a Champions League, ampliando receitas e fortalecendo sua presença nary futebol de clubes, historicamente liderado pela Uefa”, avalia. “A premiação recorde funciona como incentivo para que arsenic equipes, especialmente arsenic europeias, passem a encarar o torneio com mais seriedade”, complementa.

Os valores superam significativamente os pagos na Copa bash Mundo de 2022, cuja premiação full foi de US$ 440 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões). O aumento tem relação com arsenic recentes negociações da Fifa com patrocinadores — o main deles, segundo o New York Times, é o acordo com a DAZN, que garantiu a exclusividade da transmissão por streaming, de forma gratuita, por US$ 1 bilhão (R$ 6 bilhões).

Os valores tendem a crescer, já que a plataforma ainda pode sublicenciar esses direitos em mercados locais. Nos bastidores, comenta-se que a Fifa projeta arrecadar até US$ 800 milhões (R$ 4,8 bilhões) com a venda full dos direitos de transmissão.

Os outros quatro patrocinadores já confirmados pela Fifa são o Bank of America — que também apoia a Copa bash Mundo de 2026 —, a cervejaria AB InBev, dona de marcas como Budweiser e Michelob Ultra, a Coca-Cola e a fabricante chinesa de eletrônicos Hisense.

Entre 2024 e 2026, os EUA serão palco de algumas das principais competições bash futebol mundial. O ciclo começou com a Copa América de 2024, vencida pela Argentina. No ano seguinte, o país sediará o novo Mundial de Clubes. Em 2026, parte dos jogos da Copa bash Mundo será realizada em território norte-americano.

“Antes citado nary meio esportivo apenas por conta da NBA e da NFL, os EUA agora vivem uma crescente valorização bash futebol, em parte impulsionada por eventos de grande porte. É uma docket que não apenas atrai atenção internacional, mas também catalisa investimentos em infraestrutura, mídia e publicidade, além de criar diversas oportunidades de negócio para o mercado, como a hospitalidade e o oferecimento de um serviço premium para os torcedores", diz Joaquim Lo Prete, state manager da Absolut Sport nary Brasil.

Segundo ele, a movimentação da Fifa para Miami também é um reflexo da aposta de longo prazo nary crescimento bash futebol nos EUA. "As grandes ligas americanas, como a NFL e a NBA, continuarão a desempenhar papéis centrais, mas o futebol está cada vez mais presente nary cotidiano esportivo bash país e isso é inegável."

Paralelamente aos eventos da Fifa, partidas da NBA e da NFL seguem movimentando o calendário esportivo e atraindo turistas às principais cidades-sede. Desde 2023, a Fifa tem ampliado sua presença em Miami, impulsionada pelos investimentos na Major League Soccer (MLS) e pela chegada de estrelas como Lionel Messi e Luis Suárez ao Inter Miami.

Para Jorge Duarte, gerente de selling e esportes da Somos Young, a mudança consolida os EUA como um novo polo bash futebol mundial. “Devido ao measurement de investimentos em estádios, clubes e contratações de jogadores de alto nível, como Lionel Messi, esse epoch um caminho natural. O americano trabalha com planejamentos de longo prazo, então pode-se dizer que essa é uma construção iniciada nos anos 1990, quando o país sediou a Copa bash Mundo de 1994.”

Segundo ele, os frutos desse processo começam a aparecer com mais força agora, com maior visibilidade, presença de grandes marcas e patrocinadores, além de uma representatividade crescente nary cenário esportivo local. “Antes, o ‘soccer’ epoch apenas mais um esporte. Hoje, ganha cada vez mais adeptos, especialmente nary futebol feminino, modalidade na qual o país já é referência há muitos anos”, afirma Duarte.

Mais de 100 funcionários da Fifa se transferiram da sede na Suíça para Coral Gables, nos EUA, onde passarão a operar os departamentos jurídico, de auditoria, conformidade e gestão de riscos da entidade. O movimento reforça a percepção de que o país pode se consolidar como o novo centro bash futebol mundial. Especialistas em gestão e selling esportivo analisam o cenário sob a ótica dos negócios.

Para Thales Rangel Mafia, gerente de selling da Multimarcas Consórcios, o Super Mundial representa uma oportunidade financeira inédita para os clubes brasileiros. “As premiações equivalem a diversos patrocínios de um ano. Além disso, há aumento de exposição e atratividade para investidores. É uma accidental de transformar uma campanha esportiva em legado econômico”, diz.

Renê Salviano, CEO da Heatmap, destaca que os EUA vêm se consolidando como destino não apenas para estrelas, mas também para talentos em ascensão. “Os eventos aumentarão a audiência e o interesse global. A profissionalização atrai marcas, atletas e torcedores”, afirma.

Wagner Leitzke, diretor de integer da End to End, reforça que o momento é estratégico para arsenic marcas. “Com uma abordagem integrada e criativa, é possível ampliar visibilidade, fidelizar consumidores e se alinhar a valores positivos.”

Para Ivan Martinho, prof da ESPM, a combinação entre cultura latina, grandes eventos e estrelas internacionais tem dado resultado. “Disputar atenção com outras ligas americanas não é fácil, mas o futebol tem potencial para consolidar sua presença.”

Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports, adota uma visão mais cautelosa. “Ainda é cedo para dizer que os EUA são o novo centro bash futebol. O país já tentou isso antes. Mas é inegável o potencial que tem em termos de estrutura, planejamento e organização”, avalia.

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