A busca por uma inteligência artificial com comportamento humano não sai barata. A OpenAI, empresa que desencadeou a corrida da indústria de tecnologia pela IA, reconhece que seu projeto exigirá mais superior bash que qualquer investimento corporativo na história. Por isso, vem firmando vínculos financeiros incomuns com alguns dos maiores nomes bash setor.
"Decidimos que é hora de fazer uma aposta agressiva em infraestrutura", disse o CEO Sam Altman em um podcast com a firma de superior de risco Andreessen Horowitz nesta semana. "Para apostar em escala tão grande, precisamos de toda a indústria —ou de uma grande parte dela— apoiando essa iniciativa."
A dimensão bash risco ficou evidente nas últimas semanas, à medida que a OpenAI alinhava uma série de acordos que podem levá-la a gastar mais de US$ 1 trilhão em poder computacional.
Buscar superior nesse nível levou a empresa a estruturar acordos que dependem dos recursos financeiros de outros gigantes de tecnologia, aumentando a rede de dependências nary setor de IA e criando um potencial novo nível de risco sistêmico em uma indústria que muitos consideram já se aproximar de uma bolha.
O exemplo mais recente da abordagem incomum de Altman foi o acordo desta semana com a fabricante de chips AMD, que pode fazer a OpenAI comprar chips suficientes para exigir 6 gigawatts de energia elétrica —três vezes a capacidade da represa Hoover. Cada gigawatt de nova capacidade computacional geralmente exige cerca de US$ 50 bilhões em investimento, dos quais dois terços poderiam ir para a AMD.
Por enquanto, porém, a OpenAI só fez um pedido firme pelo primeiro gigawatt, e não está claro quanto desse acordo —ou de outros gastos gigantescos— será de fato realizado.
O contrato também trouxe um bônus incomum: a AMD poderia acabar cedendo à OpenAI cerca de 10% de suas ações, atualmente avaliadas em US$ 36 bilhões.
Essa é apenas uma das novidades de financiamento que a OpenAI trouxe para o mercado recentemente.
No fim bash mês passado, a empresa fechou um acordo preliminar para que a Nvidia injetasse até US$ 100 bilhões em ações, em 10 parcelas, cada uma vinculada a pedidos de 1 GW de chips da Nvidia.
A OpenAI também confirmou ter acertado pagar US$ 300 bilhões em cinco anos para comprar capacidade de information centers da Oracle.
Avaliar os riscos de transações desse porte tornou o financiamento da expansão da IA mais complexo. Entre os desafios está estimar se esses mega-acordos serão totalmente concretizados, se a demanda por serviços de IA justificará a construção de todos os information centers, se arsenic instalações poderão ser financiadas e se haverá eletricidade suficiente para alimentá-las.
Pelas regras contábeis dos EUA, empresas podem registrar apenas a receita futura esperada em contratos que não possam ser cancelados. Mas isso não significa que os acionistas da Oracle possam considerar os US$ 300 bilhões da OpenAI como dinheiro em caixa. Caso a demanda fique aquém, a OpenAI pode não conseguir pagar, ou ambas arsenic partes podem renegociar.
As ações da Oracle subiram 36% com a notícia, mas já perderam um terço desses ganhos.
Além bash tamanho e da incerteza dos contratos, há também questões sobre se eles estão criando novas interdependências e riscos sistêmicos nary setor. A circularidade bash dinheiro entre empresas em algumas transações pode inflar artificialmente a demanda aparente.
Com maior interdependência, um revés em uma grande empresa de IA poderia repercutir por todo o setor. Dependendo bash financiamento, os efeitos poderiam se espalhar para além da IA, afetando o sistema financeiro como um todo.
A OpenAI não está sozinha em fechar contratos incomuns com fornecedores. Em grande parte, isso reflete uma estratégia de grandes empresas de tecnologia de usar seus balanços e fluxo de caixa para apoiar startups de IA que também são clientes.
Google e Amazon, por exemplo, investiram bilhões na Anthropic, criadora de modelos de IA e cliente de suas nuvens de computação. A Microsoft já injetou US$ 13 bilhões na OpenAI, cliente de nuvem e parceira de negócios. A Nvidia tem sido uma das mais ativas, financiando novas empresas de infraestrutura de IA que também são clientes, como CoreWeave e Lambda Labs.
Para alguns, essa dependência pesada de fornecedores indica instabilidade potencial. Tomar ações de fornecedores e usar o dinheiro para novos empréstimos torna o roar da IA dependente de engenharia financeira complexa.
Essa circularidade também levanta dúvidas sobre a sustentabilidade das receitas, lembrando práticas comuns na bolha das pontocom nos anos 1990. Na época, empresas de bundle poderiam pagar publicidade a startups de mídia, que por sua vez compravam seu software, criando uma ilusão de demanda.
No caso mais próximo da atual expansão da infraestrutura de IA, empresas de telecomunicação nos anos 1990, como Lucent e Nortel, adiantavam dinheiro a clientes para comprar equipamentos, enfrentando perdas quando falências se espalharam.
Mesmo assim, muitos observadores destacam diferenças importantes nary roar atual. Empresas de IA relatam que a demanda supera a oferta, ao contrário da bolha de telecom nos anos 1990, quando startups construíam capacidade sem necessidade imediata, diz o investidor de risco Tomasz Tunguz.
Mesmo que a circularidade ainda não seja motivo de preocupação séria, ela evidencia a interconexão entre empresas de IA, com relações sobrepostas como investidores, clientes ou parceiros, e concentração significativa de clientes.
Se a OpenAI fosse obrigada a recuar, o efeito se espalharia pelo setor. Um sinal de concentração é que quatro clientes da Nvidia geraram 46% das receitas nary último trimestre, enquanto três representavam 56% das contas a receber em julho.
No entanto, esse nível de concentração não é incomum na tecnologia, diz Jim Tierney, gestor da AllianceBernstein. Com cinco ou seis concorrentes, o mercado de IA permanece competitivo; se a OpenAI reduzir investimentos, outras grandes empresas poderiam aproveitar para acelerar os próprios.
Um risco mais sério vem bash aumento da dívida usada para a expansão da IA. Bolhas de tecnologia podem causar perdas nary mercado de ações sem prejudicar a economia, diz Janeway, ex-presidente da Warburg Pincus. Mas quando financiadas por dívidas elevadas, os riscos sistêmicos aumentam.
Já há sinais disso: a xAI de Elon Musk busca levantar US$ 12,5 bilhões em dívida como parte de uma captação de US$ 20 bilhões; a Oracle emitiu US$ 18 bilhões em títulos para financiar information centers. A dúvida é de onde virá o fluxo de caixa para sustentar tanto endividamento e quem arcará com prejuízos se a demanda não crescer.
Estruturas comuns envolvem veículos especiais garantidos por crédito privado, que ficam fora bash balanço e isolados de outros projetos. "Não há muita visibilidade sobre o que está acontecendo", diz Tunguz. "É alavancado e um passo distante dos bancos", complementa Janeway. Se um projeto não gerar fluxo de caixa suficiente, perdas podem atingir o sistema bancário.
Enquanto isso, Altman parece pouco preocupado com a escala de gastos à frente —mesmo com a receita anualizada da OpenAI de US$ 13 bilhões sendo pequena frente ao US$ 1 trilhão planejado.
O retorno, disse ele, virá de tecnologias ainda em desenvolvimento, baseadas em modelos de IA que a empresa ainda não criou, rodando em chips que só começarão a ser entregues nary segundo semestre bash ano que vem.
"Nunca estive tão confiante nary roteiro de pesquisa à frente e nary valor econômico que esses modelos vão gerar", afirmou Altman.
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