10 meses atrás 155

Como usar VPN no computador? Confira guia completo com passo a passo

A maioria das tarefas cotidianas são online e, com tantos dados, cada vez mais usuários estão buscando serviços de VPN para proteger essas informações. Isto porque, ao acessar um site ou aplicativo, os intermediários entre o usuário e o serviço, como a provedora de internet, têm acesso aos dados trafegados. Além disso, as VPNs desviam essa comunicação para redes privadas criptografadas, evitando que elas sejam lidas por terceiros, mesmo que elas sejam interceptadas em alguma etapa do processo.

No entanto, justamente por acrescentar um novo intermediário na navegação, é importante estar atento para garantir que utilizar uma VPN não vá criar mais problemas que soluções de segurança. Pensando nisso, o TechTudo preparou um guia explicando o que são VPNs, como escolher um bom serviço, além de um passo a passo para configurá-las.

 Reprodução/Freepik Veja o tutorial de como usar VPN no computador — Foto: Reprodução/Freepik

Pelo próprio conceito da internet, todas as informações online não transitam diretamente entre nossos dispositivos e os servidores acessados, e a quantidade varia conforme a distância (física) entre o usuário e o servidor de destino, camadas de segurança e até o tipo de servidor. As VPNs — ou Redes Virtuais Privadas — são justamente redes seguras que garantem que todo dado que transitar entre essas pontas de comunicação estará criptografado por meio de uma chave única de acesso que, ao menos em teoria, apenas o usuário terá acesso, sendo o único que conseguirá “ler” essas informações.

Ou seja, muito superficialmente, sempre que um aparelho conectado a uma VPN envia um pacote solicitando informações de um serviço online, em vez de seguir seu caminho em malhas públicas na internet, o programa de VPN codifica o pacote localmente no sistema do usuário e o direciona para servidores seguros. Desta forma, nem a provedora de internet consegue saber o que está “escrito” naquele pacote, para qual serviço ele está sendo enviado e quais informações serão recebidas no final, com toda essa operação ocorrendo nas redes privadas, já que ela não tem a chave para decodificar aquelas informações.

 Luciana Maline/TechTudo VPN direciona a conexão dos dispositivos para servidores seguros e com encriptação de dados — Foto: Luciana Maline/TechTudo

Cada vez que um usuário se conecta a uma VPN, o software gera uma chave criptográfica aleatória que apenas o cliente na máquina do usuário e o servidor da VPN têm acesso. Essa chave serve como um operador matemático de uma equação complexa de codificação que embaralha as informações de tráfego, impedindo sua leitura. A única forma de desembaralhar esses dados é tendo tanto a chave criptográfica, quanto o algoritmo de codificação utilizado, fazendo das VPNs um ambiente seguro.

Resumidamente, não, nem toda VPN é segura. As VPNs são serviços complexos com redes de servidores intermediando o tráfego de dados e com sistemas robustos de codificação de informações, e, naturalmente, existe um custo para se manter um serviço deste porte operando. Sendo assim, VPNs gratuitas geralmente se mantêm com monetização de parcerias externas, seja de anunciantes, investidores ou doações, e o bem mais precioso que elas dispõem para conseguir essas permutas são, justamente, os dados dos usuários.

Isso não quer dizer, obrigatoriamente, que toda VPN gratuita irá comercializar ou dar acesso às informações transitadas em seus servidores. No entanto, elas podem direcionar mais anúncios de um serviço específico, por exemplo. Por essa razão, o ideal é evitar ao máximo VPNs gratuitas, mesmo as embarcadas em navegadores como Brave Browser, Opera, ou no próprio Microsoft Edge, preferindo sempre serviços pagos.

Quando o uso de VPN é recomendado?

A principal indicação de uso de VPNs é quando o usuário utiliza a internet frequentemente em redes públicas, como aeroportos, shoppings e assim por diante. Mesmo quando elas têm senhas, o alto volume de usuários simultâneos faz dessas redes alvos em potencial para ataques maliciosos, visando, justamente, obter dados sigilosos, como senhas de redes sociais e até serviços bancários. Outro uso bastante comum e recomendado para as VPNs é para usuários em viagens internacionais para países com alto controle de informação.

Um jornalista em cobertura internacional, por exemplo, pode perder acesso a redes e serviços como Facebook, Instagram e assim por diante, caso esteja em algum país no qual essas plataformas são banidas, dificultando seu trabalho. Contar com uma VPN nessas situações permite que ele continue trabalhando normalmente, acessando as redes de seu país, além de garantir que suas informações não fiquem expostas. Algumas VPNs também permitem acessar serviços de streaming indisponíveis oficialmente ou com catálogos diferentes em suas regiões.

 Reprodução/Daniel Trefilio Kaspersky VPN tem servidores próprios para acessar streamings de outras regiões — Foto: Reprodução/Daniel Trefilio

No entanto, mesmo não identificando a localização real do usuário, muitos serviços já implementaram medidas para reconhecer se há uma VPN ativa naquela conexão, bloqueando geralmente o acesso, principalmente no caso de VPNs gratuitas, justamente pela falta de garantia de privacidade nesses casos. Operadoras grandes, como Kaspersky e NordVPN, tem servidores específicos que as empresas de streaming entendem como seguros, liberando o acesso. Contudo, apesar de não ser proibido acessar o catálogo de outras regiões, o uso geral é recomendado apenas quando os usuários estão em viagem e gostariam de acessar o conteúdo de sua região de origem.

De maneira geral, VPNs configuram conexões de rede na máquina cliente com parâmetros especiais, definindo que as informações vão seguir uma rota por servidores seguros, com protocolos de segurança e autenticação diferentes dos embarcados nos roteadores de operadoras. Tanto as VPNs pessoais quanto as corporativas costumam trazer programas próprios ou recomendar aplicativos como o OpenVPN e GlobalProtect, facilitando a configuração e garantindo mais segurança no processo de conexão. Os tipos mais comuns de VPNs são:

  • VPN de acesso remoto: é o tipo mais comum para uso pessoal, estabelecendo redes privadas para proteger os dados e localização dos usuários. Ela também pode ser usada em ambientes corporativos para rotear conexões para servidores privados contratados por uma empresa, permitindo que funcionários acessem serviços como se estivessem na rede interna da empresa.
  • VPN site-a-site: conecta diferentes redes privadas, como escritórios de uma multinacional com sedes em diferentes países, criando uma rede unificada, servindo como uma grande intranet. Dependendo do escopo da empresa, é possível que ela combine VPNs site-a-site e de acesso remoto, justamente para que funcionários consigam trabalhar em trânsito ou em regime remoto, sem depender de estar fisicamente em uma das sedes da empresa.
  • VPN em nuvem: permite que usuários acessem dados, aplicativos e recursos de uma empresa de forma segura, na nuvem, mas com uma interface web ou software dedicados. Com ela, o tráfego geral do dispositivo do usuário continua aberto, filtrando apenas a conexão do programa de interface.
  • VPN SSL (Secure Sockets Layer/Camada de Soquetes Seguros): é um tipo de VPN que estabelece uma conexão privada utilizando apenas um navegador, sem a necessidade de um programa separado ou configurações profundas, filtrando apenas as interações dentro daquela sessão de navegação.

Para uso pessoal, o ideal é buscar VPNs pagas e oferecidas por empresas especializadas de segurança de dados, como Kaspersky, NordVPN ou ProtonVPN, lembrando sempre que, quando um serviço de segurança de dados é gratuito, os produtos são geralmente os próprios dados. A NordVPN, por exemplo, tem mais de 7 mil servidores em 118 países, permite conexão simultânea em até 10 dispositivos e conta com software de configuração simples para Windows, Android, AndroidTV, iOS, tvOS e até extensões para navegadores. Além disso, ela conta com planos custando a partir de R$ 13 mensais pelos primeiros dois anos.

A Kaspersky também oferece planos bem baratos, a partir de R$ 65 para o primeiro ano, com uso em até cinco dispositivos diferentes, e chegou a ser premiada em 2023 como uma das VPNs mais rápidas do mercado, ideal para quem quer proteger sua conexão sem perder desempenho em jogos, por exemplo. Assim como a NordVPN, a Kaspersky traz um software de fácil conexão para PCs e smartphones, mas a configuração em algumas TVs pode ser mais confusa, precisando passar por apps de terceiros, como o OpenVPN.

 Reprodução/NordVPN e ExpressVPN Mesmo boas VPNs pagas oferecem planos de acesso relativamente baratos — Foto: Reprodução/NordVPN e ExpressVPN

Outras empresas como ExpressVPN, CyberGhost e TotalVPN também trazem boas opções de planos e facilidade de configuração, inclusive com alguns deles oferecendo antivírus, bloqueador de rastreadores e outros recursos embarcados, sendo importante compará-los um a um para decidir qual atende melhor sua demanda.

Como configurar uma VPN no computador

Passo 1. Escolha a operadora de VPN de sua preferência (NordVPN, Kaspersky, ExpressVPN, etc) e contrate o plano desejado, criando uma conta quando solicitado;

 Reprodução/Kasperksy Escolha operadora de VPN e contrate o plano que melhor atende suas demandas reais de uso — Foto: Reprodução/Kasperksy

Passo 2. Caso não seja direcionado automaticamente para o download do aplicativo, busque pela opção “Baixar VPN”, na página da operadora, e escolha a plataforma desejada;

 Reprodução/Kasperksy e NordVPN Caso não seja direcionado automaticamente para tela de download, busque opção na barra de navegação das operadoras de VPN — Foto: Reprodução/Kasperksy e NordVPN

Passo 3. Instale e execute o software dedicado, realizando o login com as credenciais de acesso quando solicitado;

Passo 4. Escolha um servidor e comece a usar;

 Reprodução/Daniel Trefilio Após executar programa da VPN e realizar login, basta selecionar a localização do servidor e começar a navegar com segurança — Foto: Reprodução/Daniel Trefilio

Veja também: Intel revela Core Ultra 200HX na CES 2025; conheça todos os detalhes

Intel revela Core Ultra 200HX na CES 2025; conheça todos os detalhes

Intel revela Core Ultra 200HX na CES 2025; conheça todos os detalhes

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro