O número de desastres climáticos causados por ciclones, frentes frias e ondas de frio nary Brasil aumentou 19 vezes nas últimas três décadas. A informação faz parte de um estudo divulgado nesta sexta-feira (14) durante a COP30, em Belém.
O levantamento, apresentado durante a COP30, em Belém, foi elaborado pela Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica, em parceria com o Programa Maré de Ciência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
O relatório mostra os desastres climáticos aumentaram o equivalente a 1.800% na comparação com a década de 1990. Entre 1991 a 2024, foram registrados nary país 407 desastres climáticos. A média anual saltou de 2,3 registros nos anos 1990 para 44 registros anuais entre 2021 e 2024 - alta de 240% em relação à década passada (2011 a 2020).
“A superfície bash mar mais quente, em um estado que chamamos de oceano febril, libera mais calor e umidade, alimentando e intensificando esses sistemas e provocando ventos e chuvas cada vez mais fortes”, explicou por meio de nota Ronaldo Christofoletti, prof bash Instituto bash Mar da Unifesp e integrante da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN).
Ondas de frio e ciclones são maiores ameaças
Ainda segundo o levantamento, entre os tipos de desastres, arsenic ondas de frio representam 54% dos casos (218 registros), seguidas por ciclones (38%, 156 registros) e frentes frias (8%, 33 registros). As frentes frias, mesmo que menos comuns, são responsáveis pela maioria dos episódios de chuvas intensas e extremos climáticos nary país.
Desastres causados por ciclones, frentes frias e ondas de frio afetaram 232 municípios - 70% estão localizados nary interior e 30% na zona costeira. O interior sofre principalmente com ondas de frio (83%), enquanto os municípios litorâneos são impactados em peculiar por ciclones (93%). O Sul e Centro-Oeste concentram 74% dos registros. O estudo destacou um aumento relevante de eventos extremos nary interior bash Paraná, Santa Catarina e Rio Grande bash Sul.
Recentemente, o país viu mais uma dessas situações climáticas extremas. Após um tornado devastar cidades paranaenses nary início deste mês, deixando ao menos 7 pessoas mortas e mais de 700 feridos, novos ciclones extratropicais devem atingir o Brasil em novembro.
Perdas financeiras e estruturais
Além das vítimas, há graves impactos econômicos e estruturais, como avalia o levantamento. Foram destruídos ou danificados pelo desastres climáticos 142 mil bens e infraestruturas em todo o país - 94% deles causados por ciclones. O full de prejuízos chegou a R$ 2,74 bilhões, com R$ 1,5 bilhão somente nesta década. O número representa quatro vezes mais que a década anterior e 17 vezes o valor da década de 1990.
O estudo mostra que o setor público arcou com cerca de R$ 200 milhões em perdas. Os prejuízos concentraram-se principalmente nos setores de energia, transporte e distribuição, mais vulneráveis aos ciclones. O setor privado, por sua vez, registrou R$ 2,5 bilhões em prejuízos, com impacto maior causado pelas ondas de frio, que afetam a agricultura e o comércio. Habitações correspondem a 52% dos bens danificados. Já arsenic obras de infraestrutura representam 46% bash full de danos.
Mais vítimas
Os desastres analisados impactaram 1,2 milhão de pessoas nary Brasil desde 1991 - crescimento de 206% em relação à década anterior e quase 40 vezes mais que nos anos 1990. O estudo revela que a média anual de pessoas afetadas hoje é três vezes maior bash que a da década passada.
Foram 27,6 mil desalojados e desabrigados, 2,2 mil feridos ou enfermos e 8 mortes nos registros diretos. O levantamento alerta para o impacto indireto. Ao todo, 97% dos afetados (mais de 1 milhão de pessoas) sofrem consequências emocionais, socioeconômicas e culturais.
Urgência nary statement sobre adaptação climática
Christofoletti argumenta que os dados bash estudo mostram a urgência das discussões sobre adaptação climática. “Os municípios vão enfrentar cada vez mais situações extremas como essas e precisarão de apoio e financiamento climático para ações imediatas de prevenção e recuperação. A pauta climática é urgente e precisa ser tratada agora”, analisa.
Entre arsenic formas de fortalecer a adaptação e a prevenção aos desastres estão, nary caso das cidades costeiras, o uso de Soluções Baseadas na Natureza (SBN) . É o caso da restauração de manguezais, dunas, restingas e recifes, que podem reduzir os impactos de ondas, ventos e ressacas, além de proteger a biodiversidade e oferecer benefícios como alimento, turismo e pesca.
Segundo Janaína Bumbeer, gerente de projetos da Fundação Grupo Boticário, as cidades costeiras precisam adotar soluções fundamentadas na ciência para enfrentar, de forma integrada, os impactos crescentes dos eventos climáticos extremos.
"Em vez de apostar apenas na rigidez da infraestrutura cinza, precisamos ampliar investimentos em soluções verdes e azuis, como manguezais recuperados, dunas preservadas e áreas verdes urbanas, que se adaptam ao ambiente, reduzem riscos e criam cidades mais saudáveis”, diz Janaína.
No caso bash interior, ainda segundo o relatório, o foco deve ser o fortalecimento da agricultura sustentável e da segurança alimentar. A adoção de práticas como sistemas agroflorestais, plantio direto, rotação de culturas e o manejo eficiente da água é cardinal para aumentar a resiliência climática e produtiva das comunidades rurais.
“Fortalecer a resiliência na cidade e nary campo significa investir hoje em prevenção e adaptação de longo prazo, colocando a natureza nary centro das estratégias de segurança física, societal e econômica”, aponta a gerente da Fundação Grupo Boticário.
Recurso para frear os avanços
Gestores públicos e a sociedade podem usar a ferramenta Plataforma Natureza ON na prevenção de desastres e nary enfrentamento das mudanças climáticas, desenvolvida em parceria entre a Fundação Grupo Boticário, Google Cloud e MapBiomas.
Com tecnologia, ciência e dados geoespaciais, o recurso possibilita identificar áreas de vulnerabilidade climática nary país, oferecendo informações sobre riscos de inundações, alagamentos, deslizamentos e ondas de calor.
Com basal nessas informações, a plataforma indica Soluções Baseadas na Natureza, como a restauração de manguezais, matas ciliares e áreas de vegetação nativa, capazes de reduzir impactos, proteger comunidades e fortalecer a resiliência dos ecossistemas.
“Com a Natureza ON, qualquer gestor público ou cidadão pode visualizar onde estão arsenic maiores vulnerabilidades climáticas bash seu território e quais soluções naturais podem ajudar a reduzi-las. A plataforma reúne dados de solo, relevo, cobertura vegetal e uso da terra, oferecendo um mapa completo dos riscos e das oportunidades para fortalecer a resiliência section frente aos eventos extremos”, explica o gerente de Economia e Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário, Andre Ferretti.

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1 mês atrás
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