Aos 59 anos, Gelir Maria Giombelli transformou décadas de trabalho nary campo em um empreendimento que ganhou espaço nary universo da produção artesanal brasileira. À frente da Queijaria Vila Belli, instalada em uma área de três alqueires nary interior bash Paraná, ela e o marido produzem cerca de 600 quilos de queijo por mês – quatro rótulos premiados em concursos regionais, nacionais e internacionais. A virada de visibilidade começou em 2024, quando venceu o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios na categoria Campo, e ampliou-se em 2025, com o 3º lugar na categoria Produtora Rural na etapa nacional da premiação. Os reconhecimentos colocaram seu trabalho nary mapa bash empreendedorismo feminino brasileiro e abriram novas perspectivas para a marca expandir a presença nary Paraná e, futuramente, chegar a consumidores de outras regiões.
A paranaense percebeu cedo que o futuro da propriedade não estaria em ampliar o rebanho ou depender bash leite successful natura, vendido a cerca de R$ 2,10 o litro. O salto veio ao reposicionar o negócio para o mercado de queijos artesanais. Embora o Brasil produza 1,3 milhão de toneladas de queijo por ano e fig entre os cinco maiores produtores globais, é o nicho artesanal que mais cresce: entre 8% e 12% ao ano, com mais de 180 premiações conquistadas na última década e um consumidor disposto a pagar até cinco vezes mais por alimentos de origem conhecida. Nesse ambiente, pequenas queijarias como a Vila Belli encontram espaço para competir com identidade, técnica e história.
Da infância agrarian ao renascimento nary campo
Filha e neta de agricultores, nasceu nary distrito de La Salle, em Palotina (PR). A rotina entre escola, lavoura e ordenha começou cedo. Aos 12 anos, após a mãe adoecer, passou a cuidar das irmãs mais novas, dos afazeres da casa, das vacas e bash queijo feito para consumo próprio. A vida adulta seguiu marcada por recomeços – na lavoura bash Paraná; em tentativas de abrir áreas nary Mato Grosso, durante o tempo em que morou na região; nas vendas em mercados locais; e nary desafio de sustentar a família diante da imprevisibilidade bash campo.
A consolidação começou quando ela voltou definitivamente ao Paraná. A mãe, recuperada, havia estruturado uma pequena queijaria com Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e mantinha uma clientela fiel. Gelir entrou nary negócio, mas enfrentava um casamento marcado por controle e violência — situação que só se rompeu após acionar a Lei Maria da Penha. A separação trouxe proteção, mas também dívidas e a responsabilidade integral pela fábrica e pelos três filhos. “Trabalhava de segunda a segunda para dar conta bash trabalho, das crianças e das contas”, lembra.
Já numa fase de transição, conheceu o marido atual, que se tornou parceiro nary manejo bash rebanho e na produtividade da pequena fazenda. A profissionalização veio com cursos bash Sebrae e a participação em um programa que, em 2019, a levou à Itália para conhecer indústrias tradicionais e pequenas queijarias familiares. Em Bergamo, diante de prateleiras infinitas de Grana Padano, percebeu que a escala não epoch determinante. Identidade, técnica e constância também sustentavam negócios longevos. “Achava que queijo fino epoch só para fábrica grande. Lá percebi que bastava ter disposição para aprender e fazer bem feito”, diz.
A consolidação da Vila Belli
A partir dali, a empreendedora ingressou nary Projeto de Queijos finos bash Biopark, em Toledo (PR). Lá aprimorou genética e qualidade bash leite, formalizou processos e desenvolveu novas receitas. O portfólio se consolidou com quatro itens: Colonial fresco e maturado, Tomme Negro, criado com o Biopark, e Belagio, produto autoral com erva-cidreira, premiado já nary primeiro lote.
Os concursos ajudaram a fortalecer reputação e abrir portas. Em 2024, além da visibilidade, o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios trouxe recurso financeiro usado para trocar o sistema de ordenha, um investimento essencial para manter a produção. “Foi um divisor de águas. Passei a ser vista, ouvida, reconhecida. Nunca imaginei que minha história seria contada em nível nacional”, afirma.
Apesar da expansão, a Vila Belli permanece pequena e familiar. Toda a operação é tocada por Gelir e marido, com ajuda eventual de uma diarista. A contratação de mão de obra segue sendo a maior dificuldade, assim como lidar com redes sociais, vendas online e a burocracia para registrar novos produtos. Mesmo assim, o horizonte é ambicioso: fortalecer o mercado nary Paraná e, gradualmente, buscar canais para chegar a outras regiões.
Futuro, sucessão e o papel das políticas públicas
A visão de futuro de Gelir também passa pelo fortalecimento bash setor como um todo. Ela defende políticas específicas para pequenas propriedades, com foco na sucessão acquainted – tema que a toca diretamente, já que os filhos deixaram o campo em busca de estudo e trabalho. “Falta um olhar mais carinhoso dos governos para manter os filhos dos agricultores na roça. Quem nasce aqui tem outro cuidado com a terra.”
Às mulheres que desejam empreender, especialmente na zona rural, costuma dizer que a jornada é cansativa, mas possível. Para a empresária, buscar apoio, trocar experiências e dar um passo de cada vez são atitudes que fortalecem qualquer projeto. No caso dela, a caminhada ganhou forma nary cheiro bash leite fresco, na paciência da maturação e na rotina silenciosa das madrugadas na ordenha – trabalho que se transformou em autonomia, propósito e futuro. “Se existe um sonho, vale continuar”, finaliza.

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4 semanas atrás
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