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Documentário sobre enchentes é iniciativa para o governo, e não para o governador, diz Secom

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Após deputados de oposição ao governo Eduardo Leite (PSD) acionarem o Ministério Público denunciando uma suposta autopromoção política do governador no documentário “Todos Nós Por Todos Nós”, que aborda as cheias de maio de 2024, o titular da Secretaria de Comunicação (Secom) - pasta responsável pela elaboração do vídeo -, Caio Tomazeli, compareceu nesta quinta-feira (12) à Comissão de Segurança, Serviços Públicos e Modernização da Assembleia Legislativa para prestar esclarecimentos. A reunião foi conduzida pelo presidente do grupo, Leonel Radde (PT), e o convite ao secretário foi requerido por Miguel Rossetto (PT).

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Após deputados de oposição ao governo Eduardo Leite (PSD) acionarem o Ministério Público denunciando uma suposta autopromoção política do governador no documentário “Todos Nós Por Todos Nós”, que aborda as cheias de maio de 2024, o titular da Secretaria de Comunicação (Secom) - pasta responsável pela elaboração do vídeo -, Caio Tomazeli, compareceu nesta quinta-feira (12) à Comissão de Segurança, Serviços Públicos e Modernização da Assembleia Legislativa para prestar esclarecimentos. A reunião foi conduzida pelo presidente do grupo, Leonel Radde (PT), e o convite ao secretário foi requerido por Miguel Rossetto (PT).

“O documentário é uma iniciativa da Secom para o governo, e não para o governador. O documentário tem a presença de mais de 60 pessoas fazendo depoimento direto. Sem contar imagens de pessoas que não falam, mas estão lá, inclusive o presidente Lula, que está lá em imagens assinando documentos com o governador “, afirmou Caio Tomazeli aos deputados.

Em fala de abertura da Comissão, Rossetto, que também é líder da oposição no Parlamento, citou um artigo da Constituição Estadual que veda a utilização de “símbolos, expressões, nomes, ‘slogans’ ideológicos político-partidários ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridade ou de servidores públicos” na publicidade de atos da administração pública.

“Aqui é um recurso republicano absolutamente claro: não pode, o agente público, promover ou se autopromover utilizando recursos públicos”, argumentou o deputado. Rossetto referiu-se a uma camiseta utilizada por Eduardo Leite quando compareceu à urna eletrônica no segundo turno das eleições de 2022 e que constava a frase “agora somos todos nós por todos nós”, semelhante ao título do documentário.

Tomazeli respondeu à acusação dizendo que, apesar da camiseta, aquele não era o slogan oficial do então candidato Eduardo Leite. “Eu fui o coordenador da campanha de reeleição do governador Leite. Aquela camiseta que o governador usa, usou uma vez, quando foi votar. Não era o slogan da campanha, e nunca foi o slogan da campanha”, afirmou.

A manifestação do secretário foi corroborada por uma decisão do Tribunal de Justiça do RS (TJRS), em 20 de maio, em que negou um pedido do deputado estadual Matheus Gomes (PSOL) de suspensão da veiculação do documentário. Na justificativa, o desembargador responsável, Francesco Conti, pontuou que o slogan utilizado na campanha eleitoral de Leite em 2022 era "O Rio Grande fala mais alto", e não “Todos Nós Por Todos Nós”.

Apesar de negar a suspensão do vídeo, o magistrado determinou a intimação do Estado para apresentação de contrarrazões e, posteriormente, a remessa ao Ministério Público.

Além do slogan, o deputado Miguel Rossetto citou as manifestações públicas de Eduardo Leite em que se coloca como pré-candidato à Presidência da República em 2026, e para uma suposta construção de um “herói”, na figura de Eduardo Leite, na peça audiovisual.

“Este documentário, de 42 minutos, um terço é dedicado a este personagem. O trailer exibido, de dois minutos, também um terço é dedicado a este personagem. Aqui não há nada sobre enchente que organize este documentário, o esforço do povo gaúcho. Este é um documentário é dedicado a este personagem e, portanto, claramente usando recursos públicos para alguém que publicamente é pré-candidato”, disse o parlamentar. Do total do vídeo, por cerca de 9 minutos o governador aparece na tela.

Tomazeli argumentou que uma das iniciativas do documentário era a divulgação do Plano Rio Grande, elaborado pelo governo do Estado para a reconstrução após a catástrofe, e que a presença de Leite se fazia necessária por ser ele o agente público que conduziu este processo.

“Convidamos o governador para apresentar este documentário. Por quê? Primeiro, não teria como a gente fazer um documentário contando a construção do Plano Rio Grande e as suas realizações sem incluir o governador, que é o agente político escolhido democraticamente pelo povo do Rio Grande e que tinha conduzido aquele momento”, disse o titular da Secom.

Além de Rossetto, diversos outros parlamentares tiveram a oportunidade de realizar questionamentos e comentários a Tomazeli sobre a peça. O deputado Capitão Martim (Republicanos) elaborou uma sequência de perguntas técnicas relacionadas aos recursos utilizados na produção do documentário e as suas origens, bem como questões relacionadas ao tempo trabalho dos servidores na elaboração do vídeo. Conforme o secretário, a pasta irá responder, posteriormente, às dúvidas apresentadas pelo parlamentar.

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