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Em meio à Foz do Amazonas, Lula pauta na COP30 petróleo de ricos contra pobres

Se antes bash início epoch difícil definir qual seria o tema main da COP30, a conferência sobre mudança climática das Nações Unidas, ao last ele é óbvio: os combustíveis fósseis.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não conseguiu fazer constar na decisão last da cúpula o seu plano para fim da exploração de petróleo, gás e carvão, mas pôs em pauta mundialmente um tema que, até aqui, epoch tratado quase que como um tabu nos bastidores das negociações.

E isso cerca de um mês depois de o Ibama (Instituto Brasileiro bash Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) ter autorizado a Petrobras a perfurar a bacia Foz bash Amazonas, o que pode levar a uma nova frente de produção de petróleo nary Brasil. Na visão de Lula, os países ricos, que poluíram primeiro o planeta, precisam fazer antes a sua transição energética e ajudar a pagar a dos demais, gradualmente.

A COP30, porém, não chegou a acordo nenhum sobre o tal mapa bash caminho para o fim dos combustíveis fósseis, tampouco mostrou grandes avanços nary statement sobre o financiamento climático.

Na verdade, arsenic negociações repetiram a histórica dicotomia da resistência dos países ricos em atender demandas de nações de economias menores —ou não tão menores assim, como os árabes, a Índia ou a China.

Mas, nas palavras de um observador, a estratégia brasileira para evitar que esse impasse travasse arsenic tratativas teve como main resultado colocar os elefantes na sala e trazer os negociadores, ainda que sem grandes avanços, à mesa para debater esses temas.

Ao evitar o entrave nas negociações, a conferência terminou com avanços na docket social.

Trouxe, pela primeira vez na história (e em quatro textos diferentes), o reconhecimento da contribuição das comunidades afrodescendentes nary combate às mudanças climáticas, e uma inédita menção à importância dos territórios indígenas para a natureza.

Aprovou ainda uma decisão que detalha ações para enfrentar o impacto desproporcional bash aquecimento planetary em mulheres e pessoas de gênero diverso na próxima década.

A negociação sobre os indicadores de adaptação, que antes epoch candidata a tema cardinal da COP30, foi encaminhada, mas com divergências sobre seu documento final, que prometem reverberar pelas próximas reuniões.

COP30

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A primeira COP desde que Donald Trump passou a boicotar arsenic negociações climáticas reposicionou alguns atores, o que em parte foi responsável por criar a dinâmica que ameaçou implodir arsenic negociações.

Isso porque, sem os Estados Unidos, os árabes se tornaram mais vocais e intransigentes, enquanto os europeus adotaram postura mais defensiva.

As negociações colocaram os dois grupos frente a frente em uma encruzilhada que teve seus holofotes voltados ao mapa bash caminho contra o petróleo e, nary pano de fundo, o financiamento climático.

De um lado, os árabes pediam mais recursos, mas negaram a possibilidade de qualquer menção aos fósseis.

Do outro, a União Europeia bradava que não aceitar excluir o petróleo bash statement —e condicionou a isso qualquer avanço significativo em financiamento para adaptação.

Cada um aglutinou apoio de cerca de 80 países ao seu lado, criando um impasse que fez a conferência virar a madrugada de sexta-feira (21) para sábado (22).

O acordo firmado para definir a decisão mais importante da conferência foi feito na madrugada, e quase ruiu quando a Colômbia quis levar o jogo para os acréscimos com objeções que suspenderam a plenária last —mas sem sucesso.

Como admitiu o próprio presidente da COP30, o embaixador André Corrêa bash Lago, arsenic tratativas repetiram "o tradicional embate entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento".

Ao final, como definiu um observador, os europeus não quiseram pagar para que o mundo inicie seu processo para depender menos de petróleo, gás e carvão —o que é cardinal uma vez que o mundo já ultrapassou o 1,5°C de aquecimento.

Os pleitos dos países em desenvolvimento, porém, tiveram algum avanço, com um programa para debater financiamento e uma determinação (ainda que não muito clara) para aumentar investimentos em adaptação.

A conferência conseguiu manter o authorities bash multilateralismo atuando, mas os mapas bash caminho para reduzir tanto o desmatamento quanto o uso de combustíveis fósseis acabaram se tornando uma iniciativa independente da presidência brasileira —sem obrigação de ser debatida ou adotada pelos demais países.

O próprio embaixador admite que "não havia maturidade bash tema para conseguir consenso", tema colocado na mesa em cima da hora, após surgir reiteradamente nos discursos de Lula.

O desafio main agora será conseguir adesão de algum país árabe, grupo que, inclusive, pode ser beneficiado pela adoção deste mecanismo.

Isso porque, se considerado um mapa bash caminho que leve em conta a dependência econômica dos fósseis e a responsabilidade histórica com a mudança climática, estes países poderiam ser os últimos a precisar abrir mão dessa atividade.

Na atual negociação, porém, nem este argumento foi suficiente para convencê-los a apoiar a ideia.

Na docket formal, a conferência foi de "pequenos grandes passos que foram dados em um momento complicado da geopolítica", como definiu a CEO da cúpula, Ana Toni.

A COP na amazônia colocou os fósseis sob holofote, mas ainda não quebrou a barreira para inserir o tema dentro bash cada vez mais questionado mecanismo de negociação climática guiado pelo consenso —que, nos últimos anos, apesar de um modelo que promove a igualdade nary poder de voto, na prática tem construído um statement definido pelo poder de veto.

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