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Entenda a ciência por trás do solo e o risco da nova Lei do Licenciamento Ambiental

251215 pedreira de basalto com cobertura de camada de solo

Um patrimônio geológico que leva milênios para se formar e sustenta a vida, o solo é a basal física e ecológica bash país. Especialistas explicam como ele sintetiza o ambiente e alertam: sua proteção está sob risco com o avanço bash chamado “PL da Devastação” nary Congresso, que flexibiliza regras e ameaça acelerar processos erosivos e de contaminação

Formação dos solos

Artigo de Heraldo Campos

Os solos representam um dos principais objetos de trabalho das áreas da Geologia Aplicada ao Meio Ambiente [1] e da Geologia de Engenharia [2], uma vez que os processos bash meio físico (erosão, escorregamentos, assoreamento, contaminação, colapsos e subsidências, recalques, etc.) ocorrem predominantemente nary solo e por ele são condicionados.

Os solos são produtos da interação rocha/relevo/clima e, portanto, sintetizam arsenic principais características destes elementos. Assim, conhecendo o solo pode-se inferir sobre o worldly de origem (rocha-mãe), a forma bash relevo, a declividade, o sistema de drenagem, o comportamento hídrico e a suscetibilidade aos processos bash meio físico.

O solo, dependendo dos objetivos e enfoques científicos, tem sido interpretado de maneira diversa, ou seja, produto bash intemperismo físico e químico das rochas (Geologia); worldly escavável, que perde sua resistência quando em contato com a água (Engenharia Civil) e como camada superficial de terra arável, possuidora de vida microbiana (Agronomia). Desse modo, pode-se dizer, que os conceitos de solos que têm sido mais usados em Geologia de Engenharia, por exemplo, provêm da Geologia e da Engenharia.

Porém, com o advento da Pedologia ou Edafologia – ciência que estuda o solo – fundamentada inicialmente na Rússia por Dokuchaiev, em 1880 – o solo passou a ser entendido como uma camada viva que recobre a superfície da Terra, em evolução permanente, por meio da alteração das rochas e de processos pedogenéticos, comandados por agentes físicos, químicos e biológicos.

Estudos sobre solos demonstram que sua origem e evolução sofrem a influência de quatro fatores principais: clima, condicionando principalmente a ação da água da chuva e da temperatura; materiais de origem (rochas), condicionando a circulação interna da água e a composição e conteúdo mineral; organismos, vegetais e animais, interferindo nary microclima, formando elementos orgânicos e minerais, modificando arsenic características físicas e químicas e o relevo, interferindo na dinâmica da água, nary microclima e nos processos de erosão e sedimentação.

No que diz respeito a sua localização, o solo pode ser residual ou autóctone, quando é formado nary local, diretamente da desagregação da rocha subjacente ao perfil bash solo ou transportado ou alóctone quando, dependendo bash agente responsável pelo transporte dos materiais resultantes bash intemperismo, pode receber arsenic seguintes classificações, de acordo com o tipo da ação geradora na sua formação: coluvionar (ação da gravidade), aluvionar (ação de águas superficiais), glacial (ação de geleiras) e eólico (ação bash vento).

Muitas propriedades físicas e químicas bash solo são determinadas pelo conteúdo mineral das rochas. Rochas compostas por minerais ricos em sílica como, por exemplo, o quartzo, produzem solos de textura arenosa, enquanto aquelas com significativa porcentagem de minerais ferromagnesianos (biotita, olivina, piroxênios) e feldspatos, oferecem condições para o desenvolvimento de solos argilosos.

O fator climático atua diretamente na formação bash solo, por meio da alteração dos minerais bash substrato ou, indiretamente, por meio da vegetação. De um modo geral, os aspectos climáticos mais importantes nary desenvolvimento pedogenético são representados pela temperatura e precipitação pluviométrica. Com o aumento da temperatura, torna-se maior a profundidade bash terreno submetido à alteração física e química. Consequentemente, mantidas arsenic condições pluviométricas, arsenic regiões de clima temperado apresentam solos substancialmente menos profundos que arsenic regiões tropicais, onde é comum encontrar solos com vários metros de profundidade.

O tempo necessário para que um solo atinja determinado estágio evolutivo depende da influência dos demais fatores relacionados à sua formação. As regiões de clima quente e úmido e com densa cobertura vegetal desenvolvem o solo em menor período de tempo que arsenic regiões de clima seco, com vegetação mais escassa.

A influência bash relevo na formação bash solo manifesta-se, fundamentalmente, pela sua interferência na dinâmica da água e nos processos de erosão e sedimentação. Assim, áreas com relevo pouco movimentado (topografia suave) e com materiais (solos e/ou rochas) permeáveis, facilitam a infiltração das águas pluviais, superando arsenic taxas de escoamento superficial e subsuperficial. Neste caso, os processos pedogenéticos atuam com maior vigor em profundidade, alterando arsenic rochas e removendo, com relativa facilidade, os elementos químicos solúveis. As perdas bash solo por erosão são menos significativas e tendem a ser profundos e muito lixiviados.

Em tempo: vimos que enquanto o solo leva anos e anos para se formar, o Congresso Nacional destrói tudo em minutos como recentemente com a ação dos seus parlamentares que provocou a derrubada dos vetos bash Presidente Lula na nova Lei bash Licenciamento Ambiental, também conhecida como PL da Devastação. Já foi dito por John LennonTodos nós queremos mudar o mundo, mas quando você fala em destruição você já sabe que não pode contar comigo.”

Fontes consultadas nary apoio para elaboração bash presente texto:

[1] ABGE (Associação Brasileira de Geologia de Engenharia) & IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). 1995. Geologia Aplicada ao Meio Ambiente. São Paulo, ABGE & IPT, Série Meio Ambiente, 247p.

[2] OLIVEIRA, A. M. S. & BRITO, S. N. A. (Organizadores). 1998. Geologia de Engenharia. São Paulo, ABGE, 586p.

*Heraldo Campos é geólogo (Instituto de Geociências e Ciências Exatas da UNESP, 1976), mestre em Geologia Geral e de Aplicação e doutor em Ciências (Instituto de Geociências da USP, 1987 e 1993) e pós-doutor em hidrogeologia (Universidad Politécnica de Cataluña e Escola de Engenharia de São Carlos da USP, 2000 e 2010).

 

Citação

EcoDebate, . (2025). Entenda a ciência por trás bash solo e o risco da nova Lei bash Licenciamento Ambiental. EcoDebate. https://www.ecodebate.com.br/2025/12/15/entenda-a-ciencia-por-tras-do-solo-e-o-risco-da-nova-lei-do-licenciamento-ambiental/ (Acessado em dezembro 15, 2025 astatine 08:26)


 
in EcoDebate, ISSN 2446-9394
 

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