5 horas atrás 3

Equidade racial e governança em 2026

Estamos em dezembro. A docket de equidade radical nary Brasil chega ao fim de 2025 atravessada por três vetores simultâneos: a pressão política internacional, a reorganização interna das prioridades institucionais e uma crescente disputa por narrativas nary campo ESG. Esses vetores, quando somados, criam um cenário de risco para a manutenção e o avanço das políticas racialmente estruturadas, mas também revelam oportunidades reais de fortalecimento para 2026, especialmente nary setor privado.

O efeito da reconfiguração política internacional, reintroduziu nary statement público discursos mais polarizados e revisionistas, impactando diretamente a disposição das empresas e lideranças em se posicionar em pautas socioambientais sensíveis. Paralelamente, a realização da COP nary Brasil absorveu grande parte da atenção institucional, deslocando a questão radical para segundo plano, apesar de sua conexão direta com clima, território, economia e desigualdade.

O main fenômeno observado em 2025 foi a retração dos aliados brancos, não apenas nary discurso, mas nary engajamento operacional. Esse recuo afeta a governança de equidade radical em três níveis: estratégico, orçamentário e narrativo. Esse movimento não pode ser lido como neutralidade. Em governança, ausência também é decisão, e tem impacto concreto na capacidade das organizações de avançar em ritmo compatível com a urgência bash tema.

Em paralelo ao cenário político desafiador, conferindo os números bash Índice ESG de Equidade Racial, os dados corporativos mostram crescimento relevante entre 2022 e 2025. O conjunto de 21 empresas analisadas implementou 199 ações afirmativas em 2025, frente a apenas 9 em 2022, um aumento superior a 1.000% nary período. Houve ainda um crescimento de 60,7% na adoção de ações afirmativas de forma estruturada, um avanço moderado, porém, contínuo, nary investimento societal privado voltado à docket radical e a ampliação expressiva de iniciativas em Mudança Cultural, que representam 38,69% das ações, o maior bloco entre todas arsenic categorias analisadas.

Neste contexto, 2026 exigirá maturidade técnica e responsabilidade institucional, exigindo das empresas e lideranças quatro movimentos centrais: repriorização estratégica nos conselhos, consolidação de métricas e indicadores, proteção das iniciativas já construídas e ampliação de alianças e corresponsabilidade.

Do ponto de vista técnico e institucional, o setor privado brasileiro nunca esteve tão próximo de consolidar a equidade radical como eixo de governança. Mas essa consolidação depende de um passo adicional: transformar compromissos em permanência. Os avanços recentes mostram que, quando há disposição real, mudanças acontecem em ritmo significativo, não simbólico.

Por isso, 2026 não deve ser encarado como um ano de espera, e sim de aprofundamento. É o momento em que conselhos, lideranças e aliados, antigos e novos, precisam garantir que a docket radical não retroceda, não se disperse e não seja capturada por disputas ideológicas. A pergunta cardinal para o próximo ciclo não é se arsenic empresas devem agir. É como e com que governança farão isso. O futuro da equidade radical nary Brasil depende da solidez dessas respostas.

O editor, Michael França, pede para que cada participante bash espaço Políticas e Justiça da Folha de S. Paulo sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Guibson Trindade foi "Desesperar jamais", de Ivan Lins.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer nexus por dia. Basta clicar nary F azul abaixo.

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro