Forno elétrico: para que serve cada função? Especialista revela

Abaixo, estão os tópicos que serão retratados nesta matéria para te ajudar a dominar o forno elétrico.

Na função convencional, o aparelho utiliza calor superior e inferior de forma simultânea, o que garante distribuição estável de temperatura dentro da cavidade. Por isso, assim como os outros modelos de forno, funciona muito bem para bolos, tortas, massas estruturadas e preparos que pedem cozimento equilibrado. Quando a intenção é trabalhar com receitas que crescem e precisam manter formato, como panetones caseiros, esse modo é o ideal, já que evita diferenças grandes entre superfície e interior.

A função com ventilação forçada adiciona circulação ativa de ar quente dentro do forno, o que torna o cozimento mais rápido e uniforme. Similar com o funcionamento de uma air fryer, esse recurso se destaca no preparo de carnes maiores, pois ajuda o calor a penetrar melhor sem que a parte externa resseque antes do tempo.

Outro benefício importante é a possibilidade de cozinhar mais de uma assadeira, simultaneamente, sem prejudicar o desempenho e sem misturar aromas. De acordo com o especialista da De Bacco, é o modo mais interessante para assados típicos, como peru, pernil ou receitas que exigem controle maior de temperatura.

O grill trabalha com calor concentrado na parte superior e tem papel mais voltado à finalização. Para isso, ele cria crosta, textura dourada e acabamento mais atraente em massas, aves, legumes e pratos gratinados. Assim, é comum utilizá-lo nos minutos finais, apenas para formar camada crocante sem comprometer a estrutura interna do preparo. Em contexto de refeições especiais, funciona muito bem para lasanhas, acompanhamentos gratinados e receitas que precisam de aparência mais elaborada na apresentação.

Em alguns modelos, o grill pode atuar junto da ventilação interna. Nesse caso, o calor superior continua responsável por dourar, mas a circulação de ar garante resultado mais uniforme e agiliza o processo. Esse tipo de função é interessante quando o objetivo é obter superfície crocante e interior macio ao mesmo tempo. Dessa forma, é uma boa opção para legumes gratinados, massas recheadas e acompanhamentos típicos de ceias.

A função trabalha com fluxo controlado de ar, geralmente sem aplicação direta de calor, e ajuda a descongelar alimentos com mais segurança e regularidade. A grande vantagem é evitar que bordas comecem a cozinhar enquanto o centro permanece congelado, além de reduzir a exposição prolongada à temperatura ambiente.

Para quem precisa agilizar o preparo de carnes, sobremesas e pães congelados, esse recurso torna o processo mais prático e minimiza perda de textura. Segundo Sabedot, o descongelamento no forno é mais seguro se comparado ao tradicional sobre a bancada, no qual o alimento fica exposto à temperatura ambiente, moscas e bactérias

Alguns fornos mais completos contam com função específica para fermentação, que mantém ambiente estável e temperatura ideal para crescimento de massas. A principal vantagem é eliminar variações térmicas comuns em ambientes domésticos, acelerando o processo sem prejudicar a estrutura da mistura. Logo, a função é interessante para preparos de pães, brioches, roscas e doces típicos do período.

O turbo aquecimento auxilia no pré-aquecimento mais rápido e eficiente do forno, etapa essencial em receitas que exigem choque térmico inicial ou precisão rigorosa de temperatura. Assim, ele reduz o tempo de espera e ajuda o eletrodoméstico a atingir o nível adequado de calor com mais agilidade. Isso faz diferença principalmente em bolos, massas delicadas e assados que dependem de estabilidade logo no início do preparo.

Fornos com mais recursos permitem combinar calor superior, inferior, ventilação e grill conforme a necessidade do preparo. Essa versatilidade amplia o controle do usuário e possibilita estratégias mais técnicas, como iniciar carnes grandes com ventilação e finalizar no grill para ganho de textura. Já as sobremesas delicadas podem utilizar apenas calor inferior ou superior para evitar que queimem na superfície.

Gwilbert Sabedot também alerta para erros comuns cometidos por quem não aproveita todo o potencial do forno elétrico. Segundo o especialista, usar temperaturas muito altas para tentar ganhar tempo no preparo é um equívoco, já que, como ele explica, “o alimento acaba ressecando por fora e ficando cru por dentro”.

Outro hábito frequente é abrir a porta do forno várias vezes durante o funcionamento. De acordo com Sabedot, essa prática interfere diretamente no desempenho do aparelho, pois “cada vez que a porta é aberta, o forno precisa compensar a queda de temperatura”. Ele ainda chama atenção para o uso de papel-alumínio no interior do forno, comum na tentativa de facilitar a limpeza, mas que pode prejudicar a circulação de ar e provocar superaquecimento.