As declarações foram dadas pelo Departamento de Estado dos EUA, que se opôs "veementemente" a uma decisão anunciada pelo governo chinês mais cedo, impondo sanções contra empresas americanas.
Pequim sancionou 10 indivíduos e 20 empresas de Defesa devido à venda de armas para Taiwan, que reivindica como seu território.
As medidas congelam qualquer ativo que eles possuam na China e impedem que organizações e indivíduos nacionais façam negócios com eles, disse o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado oficial.
O anúncio da aprovação dos Estados Unidos para a venda de US$ 11,1 bilhões em armas para Taiwan aconteceu há uma semana.
O ministério ainda instou os EUA a "cessarem imediatamente a venda de armas a Taiwan" e a "cumprirem concretamente o seu compromisso de não apoiar forças 'independentistas da ilha.
O anúncio da venda de armas para Taiwan é o segundo sob a atual administração do presidente dos EUA, Donald Trump, e ocorre no momento em que Pequim aumenta sua pressão militar e diplomática contra a ilha, cujo governo rejeita as reivindicações de soberania de Pequim.
A proposta abrange oito itens, incluindo sistemas de foguetes Himars, obuseiros, mísseis antitanque Javelin, drones de munição vagante Altius e peças para outros equipamentos, informou o Ministério da Defesa de Taiwan em um comunicado.
EUA criticou recente treinamento chinês em Taiwan
Porta-aviões da China nas águas de Taiwan — Foto: Taiwan Ministry of National Defense via AP
À agência Reuters, um alto funcionário da segurança de Taiwan afirmou que mais de 10 navios de guerra chineses foram avistados. Além disso, segundo ele, a Guarda Costeira da China estava participando de exercícios de "assédio".
Para a China, Taiwan é uma província rebelde que ainda faz parte de seu território. Já para o governo taiwanês, a ilha é um Estado independente, com sua própria Constituição e, por décadas, se considerou o legítimo governo da China no exílio.
Os Estados Unidos declararam apoio a Taiwan e afirmaram que estavam monitorando a atividade militar na região. Durante a noite desta terça, o Departamento de Estado divulgou um comunicado afirmando que "as atividades militares agressivas e a retórica da China em relação a Taiwan apenas servem para exacerbar as tensões".
"Diante das táticas de intimidação e do comportamento desestabilizador da China, o compromisso duradouro dos Estados Unidos com nossos aliados e parceiros, incluindo Taiwan, continua", afirmou o governo americano.
A disputa entre China e Taiwan tem raízes na queda da dinastia imperial chinesa e na fundação da República da China, em 1912. O país mergulhou em guerra civil entre nacionalistas do Kuomintang (KMT) e comunistas liderados por Mao Tsé-Tung.
Após a Segunda Guerra Mundial, os conflitos entre os dois grupos se intensificaram, culminando na vitória comunista em 1949 e na fundação da República Popular da China. Os derrotados do KMT fugiram para Taiwan fundando sua "própria China".
A partir de então, passaram a existir duas Chinas: a República Popular da China, governada pelos comunistas em Pequim, e a República da China, sob liderança nacionalista em Taipé, onde o KMT estabeleceu seu governo provisório.
Durante décadas, Taiwan foi governada pelo KMT sob lei marcial, até a transição para a democracia nos anos 1980. Hoje, a ilha tem governo próprio, eleições livres e forças armadas, mas não é reconhecida como Estado soberano pela maioria dos países.
O "Consenso de 1992" estabelece que há apenas uma China, mas cada lado interpreta esse conceito de forma diferente. Enquanto o KTM acredita que Taiwan é esse único território, o governo chinês acredita que a ilha precisa ser reintegrada ao continente.
A crescente pressão militar e diplomática da China sobre Taiwan aumentou os temores de um conflito. Pequim não descarta uma ação militar, especialmente se o status político da ilha mudar.
Nos últimos anos, a tensão entre China e Taiwan aumentou. A aproximação da ilha com os Estados Unidos durante o governo de Joe Biden fez com que o Exército Chinês fizesse vários exercícios militares como forma de alerta.

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