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Guia dos Golpes do Pix 2025: os truques mais usados e como não cair

Os golpes envolvendo Pix se tornaram ainda mais caros e sofisticados para os brasileiros em 2025. Segundo levantamento da consultoria Silverguard, divulgado pelo Valor Econômico, o prejuízo médio por vítima aumentou 21% em relação a 2024, somando cerca de R$ 2,5 mil por ocorrência. O estudo mostra que os criminosos passaram a mirar principalmente pessoas com renda mais alta e que 65% dos valores desviados foram direcionados para contas de pessoas jurídicas, o que deixa revela uma maior profissionalização das quadrilhas.

A escalada das fraudes reforça a importância de estar atento aos sinais de golpe (mensagens com urgência, links encurtados, QR Codes adulterados e perfis falsos) e de conhecer os mecanismos de proteção já disponíveis. O Banco Central, por exemplo, ampliou os recursos de rastreamento do Pix. As novas ferramentas permitem que bancos acionem o Mecanismo Especial de Devolução (MED) de forma mais ágil e que o usuário registre uma contestação diretamente no aplicativo do banco. A seguir, veja os principais golpes do Pix em 2025 e saiba como não cair.

 Mariana Saguias/TechTudo Guia dos Golpes do Pix 2025 — os truques mais usados e como não cair — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

No índice abaixo, confira os golpes que serão abordados nesta matéria do TechTudo.

  1. Compras falsas em perfis ou lojas inexistentes
  2. Falsas oportunidades de emprego ou renda extra
  3. Golpes de WhatsApp e contatos clonados
  4. QR Codes falsos e adulterados
  5. Phishing por links e mensagens falsas
  6. Falsas central de atendimento bancário
  7. Sorteios e promoções falsas

1. Compras falsas em perfis ou lojas inexistentes

Criminosos criam perfis de vendedores e lojas falsas em redes sociais e marketplaces, simulando legitimidade com fotos reais, avaliações manipuladas e ofertas irresistíveis. Em plataformas de vídeo e comércio eletrônico, como o TikTok Shop, os golpistas induzem o pagamento fora do sistema oficial, para burlar a proteção do checkout, e convencem as vítimas a transferirem o valor via Pix diretamente para contas de laranjas. O resultado é que o produto nunca chega, ou o comprador recebe algo diferente do anunciado.

Sempre pague dentro do sistema oficial da plataforma. Confira o selo de verificação, o histórico real de avaliações e a política de devolução. Desconfie de urgência artificial e de preços muito abaixo do mercado. Nunca pague via Pix para contas pessoais, quando a loja afirma ter gateway próprio (ferramenta que protege dados bancários com criptografia). Se o vendedor enviar link externo, valide a URL e recuse pagamentos fora do ambiente oficial. Nesta matéria explicamos como identificar e evitar golpes no TikTok Shop, por exemplo.

 Reprodução/Shutterstock Criminosos criam lojas falsas em marketplaces como o TikTok Shop — Foto: Reprodução/Shutterstock

2. Falsas oportunidades de emprego ou renda extra

O chamado “Golpe da Tarefa” foi um dos que mais cresceu em 2025. A partir de convites para microtarefas nas redes sociais, golpistas prometem ganhos fáceis em poucas horas. No TikTok, criminosos divulgam prêmios ou bônus por engajamento em vídeos e lives, por exemplo. Para receber a suposta recompensa, a vítima precisa pagar uma taxa via Pix ou fornecer dados pessoais, que são usados para novos golpes.

Desconfie de promessas de renda garantida e ganhos desproporcionais, exigência de pagamento antecipado e pressão por urgência. Pesquise a empresa em registros oficiais e redes profissionais. Exija contrato e recuse qualquer taxa prévia. Evite instalar aplicativos fora das lojas oficiais e não transfira valores via Pix para liberar supostos saques. No caso das recompensas em redes sociais, lembre-se: plataformas legítimas não exigem pagamento para liberar prêmios ou bônus.

 Mariana Saguias/TechTudo Fique atento às ofertas tentadoras de dinheiro fácil nas redes sociais — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

3. Golpes de WhatsApp e contatos clonados

Em 2025, o WhatsApp foi um dos principais ambientes de fraudes com Pix, grande parte envolve mensagens que imitam familiares pedindo ajuda imediata. A irregularidade combina dados públicos, linguagem personalizada — para fazer a vítima acreditar que está falando com um parente — e urgência emocional, a fim de induzir o envio voluntário de dinheiro via Pix ou o compartilhamento de códigos de verificação, que possibilitam o sequestro da conta.

Confirme pedidos de dinheiro por uma segunda via (ligação, vídeo, pergunta-chave) antes de qualquer transferência. Ative a verificação em duas etapas do WhatsApp, nunca compartilhe códigos de SMS e desconfie de mudanças súbitas de número “novo”. Observe erros de português, urgência, pressão emocional e anexos desconhecidos; não clique em links sem validar o remetente e o destino. Aqui falamos sobre um desses golpes, o “Bença, tia”, e explicamos como não cair.

 Mariana Saguias/TechTudo WhatsApp é um dos principais vetores de golpes do Pix — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

4. QR Codes falsos e adulterados

Fraudadores substituem ou sobrepõem QR Codes legítimos em faturas, mesas de restaurantes e cartazes, redirecionando o pagamento para contas de terceiros via Pix. Em boletos e contas de serviços, o símbolo QR pode parecer idêntico, mas o destino é alterado.

Confira sempre o nome do recebedor e o CNPJ no app bancário após escanear. Prefira QR Codes fixos fornecidos pelo estabelecimento e evite adesivos avulsos. Em faturas digitais, baixe diretamente do portal oficial e valide domínios e certificados. Se possível, pague pelo código de barras ou Pix Copia e Cola, checando os dados do recebedor.

 Reprodução/Freepik Veja como identificar um QR Code falso — Foto: Reprodução/Freepik

5. Phishing por links e mensagens falsas

Links encurtados, páginas falsas de Pix e sites clonados capturam credenciais, enganam o usuário na etapa de pagamento ou instalam malware que rouba dados bancários. A isca pode ser “regularização de conta Pix”, “taxa obrigatória”, “promoção exclusiva” ou uma atualização de segurança.

Não clique em links recebidos por mensagens sem validar o domínio; no computador, passe o mouse para ver o destino, prefira digitar a URL no navegador e só insira dados em sites com HTTPS e certificado válido. Evite Pix Copia e Cola vindo de terceiros; gere o pagamento dentro do app oficial e confirme o beneficiário. Além disso, rejeite qualquer “taxa” para manter o Pix ativo.

 Arte/TechTudo Evite clicar em links desconhecidos — Foto: Arte/TechTudo

6. Falsas centrais de atendimento bancário

Golpistas se passam por atendentes do banco em ligações, mensagens ou chats, usando dados públicos para criar credibilidade e pedir “verificação urgente”, induzindo a vítima a fazer um “Pix de teste”, fornecer senhas ou instalar apps de acesso remoto. O método se apoia no imediatismo do Pix e em táticas de engenharia social para burlar a prudência.

Jamais compartilhe senhas ou códigos por telefone; se receber uma ligação, desligue e retorne usando o canal oficial do banco. Não faça “Pix de teste” nem transfira para supostas “contas seguras” fornecidas em atendimento; nenhum banco legítimo pede esse procedimento. Prefira os aplicativos oficiais e verifique alertas diretamente neles. Se houver transação indevida, acione de imediato o MED e registre boletim de ocorrência; a resposta rápida é crítica para qualquer chance de reversão.

 Mariana Saguias/TechTudo Bancos não fazem contato solicitando pagamento de qualquer taxa via Pix — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

7. Sorteios e promoções falsas

Desconfie de sorteios que exigem pagamento, instalação de apps fora das lojas oficiais ou envio de dados sensíveis. Verifique a autenticidade do perfil, as regras publicadas e a existência de landing pages no domínio oficial. Não pague taxas de “liberação de prêmio” via Pix; esse é um marcador clássico de fraude. Se a oferta vier por mensagem, busque a promoção no site oficial da marca e evite clicar em links não verificados.

 Mariana Saguias/TechTudo Outra forma de golpe do Pix envolve supostas promoções e sorteios nas redes sociais — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

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